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Distrito Federal

3,8% da população do DF se identifica como LGBTQIA+

De acordo com estudo do IPEDF, percentual representa 87.920 moradores da capital federal com 18 anos ou mais

Arquivo Agência Saúde-DF

Nesta quinta-feira (8), o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) apresentou os sumários executivos de dois estudos relacionados à população LGBTQIA+ no Distrito Federal: Perfil Sociodemográfico da População LGBTQIA+ e Identidade de Gênero e Orientação Sexual no DF: um olhar inclusivo.

O primeiro traz o perfil sociodemográfico desse grupo e aspectos sobre educação, mercado de trabalho, renda e dedicação aos afazeres domésticos. A publicação integra a segunda edição da série Retratos Sociais DF, que apresenta análises sociodemográficas e socioeconômicas dos seguintes recortes da população a partir de dados da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) 2021: crianças, jovens, idosos, mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.

A pesquisa Identidade de Gênero e Orientação Sexual no DF: um olhar inclusivo revela as vivências dessas pessoas em relação à família e à comunidade, participação social e conhecimento dos serviços públicos específicos e a percepção e experiência de violência e discriminação. Organizações da sociedade civil ligadas à causa LGBTQIA+, especialistas no tema e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA Brasil) colaboraram na elaboração do questionário aplicado.

Na apresentação dos sumários, estiveram presentes a subsecretária de Políticas e Direitos Humanos e de Igualdade Racial da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), Sueli Vieira; o coordenador de Políticas de Proteção e Promoção de Direitos e Cidadania LGBT da Sejus, Ronaldo Fiuza, e o coordenador de Proteção Social Especial da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), Felipe Areda.

O levantamento é inédito no país, o que faz do DF a primeira e única unidade federativa a incluir e contabilizar oficialmente em uma amostragem realizada por um órgão governamental, a Pdad 2021, dados sobre orientação sexual e identidade de gênero das pessoas com 18 anos ou mais, subsidiando a elaboração e ampliação de políticas públicas voltadas para as necessidades específicas dessa população.

Perfil sociodemográfico

No DF, 87.920 moradores com 18 anos ou mais se identificaram como LGBTQIA+ em 2021, o que corresponde a 3,8% da população nessa faixa etária, sendo 1% transgêneros e 3% lésbicas, gays, bissexuais e outros. As regiões administrativas (RAs) de Águas Claras, Plano Piloto, Varjão e Sobradinho II destacam-se com as maiores proporções de LGBTQIA+ entre seus habitantes.

Em relação à faixa etária, a população LGBTQIA+ é mais nova que a população cis/hétero: 39% têm entre 18 e 29 anos, frente a 25%. A média de idade das pessoas LGBTQIA+ é de 35 anos, a mesma dos gays e trans, enquanto lésbicas (36 anos) apresentam média superior e bissexuais e outros (30 anos) inferior. Entre as lésbicas, está a maior proporção de pessoas mais velhas (17%), enquanto entre os bissexuais e outros, de jovens (50%).

Os LGBTQIA+ figuram nos dois extremos da escolaridade quando comparados aos cis/héteros: possuem maior proporção de pessoas com ensino superior completo, 42% frente a 37%, e de pessoas sem instrução, 8% ante 5%. Os gays são o grupo com maior (67% com ensino superior completo) e menor escolaridade (7% sem instrução), enquanto os bissexuais e outros são o grupo que apresenta a maior proporção entre as pessoas com ensino médio completo.

A proporção de ocupados entre as pessoas LGBTQIA+ (68%) é superior à observada entre as pessoas cis/hétero (58%). Entre os LGBTQIA+, os gays são o grupo com maior percentual de ocupação (78% deles trabalham), enquanto nos outros grupos esse percentual está em cerca de 63%. Entre as pessoas trans, está a maior proporção de desempregados (38%).

Em relação ao emprego formal, a proporção de ambos são próximas (72% entre LGBTQIA+ e 73% entre cis/hétero). Entretanto, o percentual de informalidade entre os bissexuais e outros chega a 48%, assim como possuem a menor renda média, possivelmente em razão da faixa etária, já que possui a maior proporção de jovens entre os grupos. A renda média da população LGBTQIA+ é menor do que a da população cis/hétero.

Um olhar inclusivo

O questionário sobre identidade de gênero e orientação sexual no DF foi respondido por 1.843 pessoas. Portanto, os resultados dessa pesquisa não representam a população da capital federal, apenas esses respondentes. As análises são comparativas entre a população cisgênero não heterossexual e a população transgênero e, eventualmente, incluem a população cis/hétero.

Quanto à identidade de gênero, 7% se identificam como transgênero. Desses, 5% se identificam como lésbicas, gays, bissexuais e outros e 2% como heterossexuais. Em relação às identidades que compõem o grupo de pessoas trans, 44,3% são masculinas, 32,8% femininas e 18% não-binárias e outras.

Quanto à orientação sexual, 89% das pessoas cisgênero se identificam como lésbicas, gays, bissexuais e outros, sendo 38,7% lésbicas, 33,2% pansexuais/bissexuais, 12,6% assexuais e 7,4% gays. Em relação às identidades que compõem o grupo de pessoas trans, 44,3% são masculinas, 32,8% femininas e 18% não-binárias e outras. As pessoas cisgênero heterrossexuais correspondiam a 4%.

No que se refere ao perfil dos respondentes, 25% deles residiam no Plano Piloto. Sobre raça/cor, 35% das pessoas trans e 40% das pessoas cis não hétero se declaram negras. Um percentual considerável das pessoas cis não hétero (90%) tinham ao menos ensino superior completo, frente a 57% das pessoas trans. Com relação à renda, 41% das pessoas cis não hétero recebem acima de cinco salários mínimos e 46% das pessoas trans recebem entre um e quatro salários mínimos.

Conheça as respostas sobre nome social e intervenções corporais, relação com a família e comunidade, participação social e conhecimento de serviços públicos, percepção da discriminação e violência no sumário executivo do estudo. Acesse o sumário executivo sobre a população LGBTQIA+ da série Retratos Sociais DF.

Por: Agência Brasília

Meio Ambiente

Secretaria de Meio Ambiente realiza Fórum sobre Prevenção e Combate a Incêndios Florestais no DF

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Evento reunirá gestores, técnicos, educadores e sociedade civil para debater ações de 2024 e traçar planos para 2025

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (SEMA/DF) realizará no dia 28 de novembro de 2024 o “Fórum de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais no DF 2024”. O evento, que acontecerá no auditório da Escola de Governo (EGOV), tem como objetivo promover um espaço de diálogo aberto à comunidade e instituições públicas e privadas sobre as ações desenvolvidas em 2024 no âmbito do Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (SPCIF).

De acordo com o Secretário de Estado do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes, o Fórum é uma oportunidade de “democratizar e compartilhar informações sobre as ações dos órgãos que integram o Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais”. Ele destaca que “esse diálogo com a sociedade é fundamental para subsidiar o planejamento de atividades para o próximo ano, alinhado com as demandas reais da comunidade”.

Durante o evento, serão apresentados os relatórios sobre os registros e ocorrências de incêndios, bem como as atividades preventivas e de combate desenvolvidas em 2024 pelos órgãos executores do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do DF (PPCIF), como o Corpo de Bombeiros Militar do DF, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e o Jardim Botânico de Brasília.

Segundo a Coordenadora de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Carolina Schubart, “esse momento de apresentação e discussão dos resultados é fundamental para que possamos aprimorar constantemente nossas ações, buscando cada vez mais eficiência no combate aos incêndios florestais no Distrito Federal”.

Após as apresentações, haverá espaço para perguntas, comentários e recomendações da comunidade e das instituições presentes. As conclusões desse fórum servirão de subsídio para a elaboração do programa de trabalho do Grupo Executivo do Sistema Distrital de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais para o ano de 2025.

De acordo com o Chefe da Assessoria de Educação Ambiental e Cidadania, Hugo de Carvalho Sobrinho, “a participação da sociedade civil é essencial para que possamos aprimorar constantemente nossas ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no DF, alinhadas com as demandas e realidades locais”.

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Meio Ambiente

Curso de Sistema de Comando de Incidentes teve início nesta segunda-feira no DF

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Treinamento busca capacitar órgãos integrados no combate aos incêndios florestais

Teve início nessa segunda-feira (18/11), o Curso Intermediário do Sistema de Comando de Incidentes (SCI), uma das ações do Plano de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (PPCIF/DF). Realizado no Grupamento de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), o treinamento segue até o dia 22, das 8h às 17h, e tem como objetivo capacitar servidores de órgãos que integram o PPCIF.

Coordenado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema/DF), o curso tem carga horária de 40 horas, com aulas teóricas e um simulado prático na Floresta Nacional de Brasília, em Brazlândia. Entre os participantes estão representantes do ICMBio, Ibram, Sema, PREVFOGO, JBB, CBMDF, Instituto Cerrado e Instituto Cafuringa.

O Sistema de Comando de Incidentes, criado na Califórnia na década de 1970, é amplamente adotado no Brasil para organizar ações de resposta em situações emergenciais, como incêndios florestais. A ferramenta, que também é utilizada no sistema de Segurança Pública do Distrito Federal, promove a integração de esforços e pode ser aplicada em diferentes cenários.

O secretário de Estado do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, destacou a importância do curso para o aprimoramento da estratégia de combate aos incêndios florestais, reforçando o papel do PPCIF na prevenção de desastres. “O SCI é uma ferramenta essencial para garantir a organização e a eficácia das ações de resposta. Capacitar nossos servidores é fortalecer a proteção ao meio ambiente e à população do Distrito Federal”, afirmou.

Na mesma linha, Carolina Schubart, coordenadora do PPCIF, reforçou o impacto positivo da capacitação. “O curso visa à capacitação de diversos órgãos que integram o PPCIF, com objetivo de preparar o corpo técnico dos servidores que atuam na temática de incêndios florestais para aprimorar ainda mais a eficácia no combate aos incêndios florestais de grande proporção”, destacou.

Com essa iniciativa, o Distrito Federal reforça sua preparação para enfrentar os desafios impostos pelos incêndios florestais, fortalecendo a atuação integrada e a proteção ambiental na região.

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Meio Ambiente

Plantio de Mudas Nativas: Seminário da Sema/DF reúne comunidade em prol do Cerrado

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Evento destaca desafios e ações para o reflorestamento com espécies nativas

Na manhã desta segunda-feira (18/11), o Auditório do Sesi, no Edifício Central Park (Setor Comercial Norte), foi palco do II Seminário Dia de Plantar, uma iniciativa do Governo do Distrito Federal (GDF) para debater e promover ações de preservação e restauração do Cerrado, com foco no plantio de mudas nativas.

Organizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) em parceria com entidades como Novacap, Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Secretaria de Governo e o programa Tempo de Plantar, o evento proporcionou um espaço de conscientização e mobilização para a recuperação ambiental e o engajamento da sociedade.

O secretário de Meio Ambiente, Gutemberg Gomes, enfatizou a relevância de iniciativas que conectam planejamento e ação no campo ambiental. “O Cerrado é o bioma mais ameaçado do Brasil e sua preservação transcende gerações. O plantio de mudas nativas não é apenas uma medida ambiental, mas um ato de resistência e esperança”.

Reconhecido como o segundo maior bioma brasileiro e uma das regiões com maior biodiversidade do país, o Cerrado enfrenta constantes desafios, como queimadas, desmatamento e a expansão urbana desordenada. Sua preservação é crucial para garantir a sustentabilidade, a proteção dos recursos hídricos e a manutenção de serviços ecossistêmicos essenciais.

O presidente do Ibram, Rôney Nemer, destacou a importância de ações planejadas para garantir a eficácia dos plantios. “Recebemos frequentemente demandas para plantio em larga escala, como três mil mudas de ipês em uma única unidade de conservação. Sem um planejamento adequado, essas iniciativas podem gerar mais problemas do que soluções”, alertou.

Programação diversa e metas para o futuro

Ao longo do seminário, os participantes puderam acompanhar palestras e painéis abordando temas como:

• A importância das espécies nativas do Cerrado para a conservação ambiental;

• Ações de reflorestamento e recuperação de áreas degradadas;

• Desafios para a produção e o plantio de mudas nativas;

• Engajamento comunitário em ações coletivas de plantio.

O encerramento oficial do seminário será marcado pelo plantio simbólico no dia 1º de dezembro, no Parque Ecológico do Riacho Fundo. Contudo, ações de plantio ocorrerão simultaneamente em outras áreas, reforçando o compromisso com a recuperação e manutenção do bioma.

O II Seminário Dia de Plantar consolidou-se como um espaço de diálogo e ação em prol da sustentabilidade, envolvendo autoridades, especialistas e a comunidade para enfrentar os desafios do Cerrado e assegurar sua preservação para as futuras gerações.

A solenidade contou com a participação do secretário do Meio Ambiente, Guttemberg Gomes; do presidente do Instituto Brasília Ambiental, Rôney Nemer; do presidente do Movimento Regenerativo Tempo de Plantar, Paulo Araújo; da representante da Secretaria de Governo, Odete M Oliveira; do assessor do Departamento de Parques e Jardins, Matheus Fuente e do administrador da Candangolândia, Marcos Paulo.

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