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Cinema

53º edição do Festival de Brasília do Cinema anuncia vencedores

Na ocasião, secretario de cultura, Bartolomeu Rodrigues, respondeu as críticas apontadas para o evento online

Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

De forma diferente, neste ano, a 53º do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ocorreu totalmente online e manteve o compromisso de fomentar a indústria cultural brasileira mesmo com as dificuldades enfrentadas pelo evento por causa dos impactos da Covid-19. Promovida pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) do Distrito Federal, nesta segunda-feira (21), a mostra anunciou os vencedores do Troféu Candango em cerimônia honrosa exibida pelo youtube.

Segundo a Secretaria, o evento online em um ano atípico como 2020 é um marco para a produção cultural. Em concordância, na ocasião, o secretário de cultura, Bartolomeu Rodrigues, tomou a fala e frisou a determinação posta para seguir com o Festival em formato online. Ja que, em setembro, a Cultura anunciou o cancelamento do edital do evento.

“Fizemos um festival não só para cumprir um calendario de eventos de Brasília. Nós fizemos o festival porque disseram que não ia dar certo. Nós fizemos e tornamos o festival possível com pandemia e tudo”, ressaltou.

“Viva a vaia. Eu não estou buscando aplauso”, afirmou o secretario em resposta às críticas sobre o Festival.

Os premiados

Na categoria Mostra Oficial de Longa-Metragem, com júri de Ana Maria Magalhães, Joel Zito Araújo e Ilda Santiago, o título Por Onde Anda Makunaíma? (RR), de Rodrigo Séllos, ganhou como melhor filme. Já na Mostra Oficial de Curta-Metragem, com análise de Carlos Marcelo, Graciela Guarani e Liloye Boubli, República, de Grace Passô, levou a melhor.

Na Mostra Brasília, comandada por Catarina Accioly, Sérgio de Sá e Débora Torres, Candango: Memórias do Festival, de Lino Meireles, ganhou destaque como Melhor Longa-metragem e Do Outro Lado, de David Murad, como melhor curta-metragem.

O prêmio

Segundo informações da Secretaria de Cultura, o Troféu Candango é um símbolo de reconhecimento, já que todas as produções inscritas para esta edição da Mostra Competitiva Oficial do Festival de Brasília já receberam cachês em dinheiro. “Totalizando R$ 400 mil em recursos para fomento da produção audiovisual e aceleração da cadeia produtiva da economia criativa nacional”, contou.

Lista dos títulos premiados

Júri popular

Melhor Longa-Metragem Mostra Competitiva Oficial:
Longe do Paraíso (Orlando Senna, Ficção, BA, 103min) – (38,4%)

Melhor Curta-Metragem Mostra Competitiva Oficial:
Noite de Seresta (Muniz Filho, Sávio Fernandes, Documentário, CE, 19min) – (60,7%)

Melhor Longa-Metragem Mostra Brasília:
Candango: Memórias do Festival (Lino Meireles, Documentário, 119min) – (44,8%)

Melhor Curta-Metragem Mostra Brasília:
Eric (Letícia Castanheira, Documentário, 13min) – (19,3%)

Mostra Oficial de Longa-Metragem

Melhor Filme:
Por Onde Anda Makunaíma? (RR) (Rodrigo Séllos, Documentário, RR, 84 min)

Prêmio Especial do Júri:
Ivan, O TerrirVel (RJ) (Mario Abbade, Documentário, RJ, 103min)

Prêmio Especial pela Montagem:
A Luz de Mario Carneiro (RJ) (Betse de Paula, Documentário, RJ, 73 min)

Mostra Oficial de Curta-Metragem

Melhor Filme:
República (Grace Passô, Ficção, SP, 15m30s)

Melhor Direção:
Rodrigo Ribeiro, A Morte Branca do Feiticeiro Negro (Rodrigo Ribeiro, Documentário, SC, 11mim)

Prêmio Especial do Júri:
A Tradicional Família Brasileira KATU (Rodrigo Sena, Documentário, RN, 25mim)

Melhores atuações:
Maya e Rosana Stavis, Pausa Para o Café

Melhor Fotografia:
Gustavo Pessoa, Inabitável (Matheus Faria e Enock Carvalho, Ficção, PE, 19m57s)

Melhor Roteiro:
Tamiris Tertuliano e William de Oliveira, Pausa Para o Café

Melhor Direção de Arte:
Cris Quaresma, Quanto Pesa (Breno Nina, Ficção, MA, 23min)

Melhor Montagem:
Tamiris Tertuliano, Pausa Para o Café

Melhor Som:
Anna Luísa Penna, Emilio Le Roux e Fredshon Araújo, Distopia (Lilih Curi, Ficção, BA, 10m38s)

Menção honrosa:
Elenco de Inabitável
Luciana Souza, Sophia William, Erlene Melo, Laís Vieira, Val Júnior, Carlos Eduardo Ferraz e Eduarda Lemos

Mostra Brasília

Melhor Filme (longa-metragem):
Candango: Memórias do Festival (Lino Meireles, Documentário, DF, 119min)

Melhor Filme (curta-metragem)
Do Outro Lado (David Murad, Ficção, DF, 15min)

Prêmio Especial do Júri (longa-metragem):
Utopia Distopia (Jorge Bodanzky, Documentário, DF, 74min)

Prêmio Especial do Júri (curta-metragem):
Rosas do Asfalto (Daiane Cortes, Documentário, DF, 19min)

Melhor Direção:
Letícia Castanheira, Eric

Melhor Direção de Arte e Edição:
William Jungmann e Daniel Sena, Algoritmo

Confira as honrarias do 53º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro clicando aqui.





Cinema

Roteirista revela quanto Suzane Von Richthofen recebeu por novo filme

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Foto: Reprodução

O escritor e roteirista Raphael Montes, responsável pelos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, que retratam o caso Suzane Von Richthofen, compartilhou algumas curiosidades sobre a produção em seu perfil no Instagram. Em uma série de imagens, ele esclareceu dúvidas e mitos sobre o filme, que estreou recentemente nos cinemas.

Montes afirmou que o filme não teve nenhuma colaboração ou pagamento dos envolvidos no crime, que chocou o país em 2002. “As pessoas retratadas no filme nunca receberam nem irão receber nenhum valor ou pagamento. Eles não possuem nenhum direito sobre a obra. Não houve contato entre a produção e Suzane Von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos nem seus familiares”, disse.

Ele também explicou que o filme se baseou exclusivamente nos depoimentos dados à Justiça, que são de domínio público. “O filme é uma adaptação de uma história real baseada exclusivamente nos depoimentos transcritos nos autos do processo. Esses autos são públicos”, informou.

O roteirista ainda negou que o filme tenha a intenção de romantizar ou enaltecer o assassinato dos pais de Suzane, cometido por ela e pelos irmãos Cravinhos. “A interpretação dos fatos e das versões é facultada ao público. Os filmes não apontam inocentes ou culpados, tampouco romantizam ou enaltecem os assassinatos”, declarou.

Por fim, Montes ressaltou que o filme foi feito com recursos privados, sem uso de verba pública. “Não há verba pública na produção: Os filmes são produções feitas com investimento privado. Não há nenhum uso de verba pública em suas realizações”, finalizou.

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Cinema

Vida da influenciadora e advogada Deolane Bezerra vai virar filme

Em vídeo publicado no Instagram, a influenciadora refletiu sobre sua própria trajetória, sobre maternidade e sobre sua relação com as redes sociais

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A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra surpreendeu seus fãs ao revelar que sua vida será retratada em um filme. Em um vídeo publicado em seu Instagram no domingo (22/10), ela mostrou uma prévia da produção, que abordará sua trajetória pessoal e profissional, sua experiência como mãe e sua relação com seus seguidores. “Os meus seguidores são o meu combustível diário. Existem coisas que eu tento não levar para a internet, mas parece que eles adivinham”, afirmou ela em uma parte do vídeo.

No final da prévia, Deolane apareceu dirigindo um carro de luxo roxo, uma Lamborghini Urus 2023. Na legenda, ela questionou se estava feliz ou apenas ostentando. “Será que estou feliz ou estou só ostentando? Às vezes, não é ostentar, é inspirar”, escreveu.

O filme ainda não tem data de lançamento nem plataforma definida. A direção é de Luciano Marques, que já trabalhou com outros artistas famosos. Deolane Bezerra ganhou notoriedade nas redes sociais após o falecimento de seu noivo, o cantor MC Kevin, em maio deste ano.

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Cinema

‘O Som da Liberdade’ lidera bilheteria no Brasil

O filme é uma adaptação da história real de um agente especial do governo dos EUA que vive o dilema de prender pedófilos e não conseguir trazer as crianças de volta aos seus lares

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Foto: Reprodução

Nesta semana, finalmente ocorreu a estreia do filme “O Som da Liberdade” no Brasil. É um filme sobre exploração sexual de crianças e tráfico humano, baseado em fatos reais, e sucesso de bilheteria nos EUA. E desde a estreia vem sendo considerado o filme mais polêmico do ano.

O filme é uma adaptação da história real de um agente especial do governo dos EUA que vive o dilema de prender pedófilos e não conseguir trazer as crianças de volta aos seus lares. Cansado disso, o personagem principal parte para uma missão de resgate de crianças e combate ao tráfico sexual infantil. Um filme poderoso e impactante que precisa ser exibido ao mundo inteiro para que possamos refletir e falar sobre tudo isso.

A cada 24 horas 320 crianças são exploradas sexualmente no Brasil que ocupa o 2º lugar no ranking mundial de exploração infanto-juvenil, sendo que apenas 7 casos em 100 são denunciados. Mais de 70% das pessoas que assistem a exploração sexual se calam e uma menina de até 13 anos de idade é estuprada a cada 15 minutos no Brasil. Os números são assustadores, pois contabilizamos mais de 500 mil vítimas de exploração sexual por ano e apenas nas rodovias federais brasileiras existem 3.651 pontos de exploração sexual infantil, sendo o Brasil apontado como um dos piores países do mundo para ser menina. O Brasil é ainda o maior exportador de crianças e mulheres para prostituição das Américas, servindo também de trânsito para as aliciadas no continente a caminho dos Estados Unidos e da Europa.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer a diferença entre os crimes de abuso sexual e de exploração sexual, sendo o primeiro praticado através de atos abusivos, e o segundo com a finalidade estritamente comercial, visando o lucro, seja através da prostituição, pornografia, turismo sexual ou o tráfico de pessoas, que serve de enredo ao filme. O tráfico de pessoas movimenta mais de 30 bilhões de dólares anualmente segundo a ONU, sendo que a forma mais frequente é a exploração sexual (79%) sobressaindo sobre as outras, que são a exploração do trabalho e o tráfico para o comércio de órgãos. É a fonte de renda ilegal que mais cresce no mundo, sendo que o número de crianças vítimas de tráfico sexual triplicou últimos 15 anos.

Sempre que se fala em pedofilia, penso que existe ainda muito a ser feito. Em primeiro lugar é preciso estabelecer um vínculo forte e conversar com nossos filhos, pois uma criança informada (inclusive sobre o uso da internet) tem bem menos chance de ser abusada, sendo que o silêncio é o maior aliado dos predadores sexuais. Mas não apenas isso, precisamos investir em campanhas e políticas públicas sérias sobre o crucial tema. O enfrentamento a esse tipo de crime também passa por investimento nas polícias, por fortalecimento das fronteiras, pela criação de legislação específica, em especial, sobre crimes de internet, bem como, precisamos ter um grande banco de dados nacional desses criminosos sexuais, entre outras medidas.

Confesso que não consigo entender o real motivo de tanta polêmica sobre o filme, que vai desde associar com a extrema-direita estadunidense, questionar se os fatos são reais, repudiar o fato dos traficantes e pedófilos estarem na América Latina, e outras muitas “teorias da conspiração”. Não tenho dúvida alguma de que a importância do longa para a sociedade deve estar muito acima de toda essa polêmica, pois após 05 anos sendo rejeitado na tela grande, o filme tem hoje o potencial para se tornar um forte movimento de combate ao tráfico sexual humano a se espalhar pelo mundo.

E desde já adianto que é impossível assistir esse filme sem correr o risco das lágrimas derramarem dos seus olhos, por mais de uma vez. Porém, o tráfico sexual de crianças e adolescentes é um tema que precisa ser debatido e o filme ajuda nisso. Esse tipo de crime é tão horrível que a sociedade teima em fechar os olhos, sendo que o primeiro passo é justamente falar sobre isso, e falar muito. É preciso retirar esse assunto da invisibilidade, fortalecer a rede de proteção e incentivar a denúncia, pois cuidar dessas crianças deve ser um compromisso de todos nós.

Se ao menos desconfiar, não se cale, denuncie, disque 100.

Veja o trailer do filme abaixo:

Charles Bicca é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança Adolescente e Juventude da OAB/DF e Especialista em Garantia dos Direitos e Política de Cuidados à Criança e ao Adolescente pela Universidade de Brasília- UnB.
Autor dos livros: Abandono afetivo: O dever de cuidado e a responsabilidade civil por abandono de filhos (2015); Pedofilia: Repressão aos crimes de violência sexual contra crianças e adolescentes (2017 – coautor) e Mãe, cadê meu pai? (2019).

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