conecte-se conosco

Publicado

on

Após Troco em DobroEsquadrão 6 e The Old Guard, a Netflix agora insere em seu catálogo original mais um longa-metragem de ação. Só que, apesar de flertar com a fantasia dentro do gênero de super-heróis, Power não se trata apenas de uma história sobre poderes e sequências de embates físicos. Há mais elementos dramáticos contidos nesta trama que, caso se baseasse apenas no objetivo dos vilões, talvez não fosse tão instigante.

O filme dirigido pela dupla Ariel Schulman e Henry Joost (de Atividade Paranormal e Nerve) surpreende positivamente por dar uma atenção maior ao trio de personagens principais, que são tão interessantes quanto a misteriosa pílula que traz poderes momentâneos a quem a experimenta. Trata-se do plano sigiloso de uma corporação que pretende testar o maior número de pessoas de forma sorrateira, pulando de cidade a cidade sem deixar vestígios. 

A história de Power funciona muito por conta de apresentar o trio principal sem se alongar por demais em suas motivações – o que abre mais espaço para o espectador descobrir informações úteis, que adicionam emoção à jornada. Art (Jamie Foxx), Frank (Joseph Gordon-Levitt) e Robin (Dominique Fishback) são personagens distintos, mas como o roteiro foca bastante sua atenção nas particularidades que os unem, é possível comprar a ideia de que eles precisam se unir especificamente para esta missão contra quem está por trás da poderosa pílula.

Em especial, o destaque vai para Art e Robin, que encontram um no outro a melhor forma de lidar com o principal objetivo de Power. Enquanto Art procura sua filha que tornou-se uma cobaia poderosa, Robin acaba por encontrar em Art a primeira pessoa que parou para lhe dar um conselho importante relacionado a seguir sua própria voz na vida. E é neste ponto que o título Power entrega um duplo sentido, pois a jovem precisava estar no meio de uma missão perigosa ao lado de um estranho para valorizar seu poder pessoal – no caso, o talento nato para o rap.

Por intercalar os poderes da pílula com os poderes de seres-humanos comuns, o filme ganha uma identidade ao invés de seguir somente o caminho da procura por impacto visual. As cenas de ação são bem realizadas e, sem dúvidas, o talento de Jamie Foxx auxilia na efetividade das mesmas (destaque para a sequência que divide com Rodrigo Santoro – confortável no papel de vilão – próximo ao terceiro ato. Porém, o espírito de Power recai nas relações construídas entre os personagens, pois os diálogos são bem construídos e possuem o mínimo de exposição para embasar as motivações.

Apesar de não entregar uma narrativa completamente inovadora, o fato de termos uma jovem protagonista negra transforma Power em uma produção relevante. Ao adicionarmos a relação de Robin com Art e sua filha, assim como a participação importante – porém menos chamativa – de Joseph Gordon Levitt, é inegável perceber a intenção da produção em dar voz a personagens que poderiam ser os sidekicks (ajudantes) dos protagonistas. Por isso, observar a inversão de papéis entre Frank, o policial branco, e Robin, uma jovem com problemas financeiros que sente a falta do pai, faz com que Power cresça aos olhos do público por sair um pouco do óbvio.

Por Barbara Demerov – AdoroCinema

Clique para comentar

Faça seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cinema

Aposta Brasileira para o Oscar 2025: ‘Ainda Estou Aqui’ e Fernanda Torres ganham destaque internacional

Fernanda Torres se destaca como uma das principais apostas para a categoria de Melhor Atriz, enquanto o filme brasileiro ganha destaque nas listas para Melhor Filme Internacional

Publicado

on

Foto:Reprodução

O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, segue conquistando o público brasileiro e ganhando atenção internacional. O longa, que foi um sucesso de bilheteira no Brasil, aparece como uma das apostas fortes para o Oscar 2025, especialmente na categoria de Melhor Filme Internacional. No entanto, é a atuação de Fernanda Torres que tem se destacado em várias listas de possíveis indicadas ao prêmio de Melhor Atriz.

A personagem Eunice Paiva, interpretada por Torres, tem atraído a atenção da crítica especializada. O site Deadline, um dos mais influentes na cobertura de cinema e televisão, mencionou o filme brasileiro como um dos favoritos na categoria de protagonismo feminino, destacando a competição com a atriz Karla Sofía Gascón, protagonista do filme francês Emilia Pérez, que também figura nas previsões de indicações.

O texto do Deadline sugere que a disputa pelo prêmio de Melhor Atriz será acirrada, apontando que Gascón terá um forte concorrente em Fernanda Torres. “Gascón tem chances de integrar o seleto grupo de mulheres vencedoras do prêmio de Melhor Atriz em língua não inglesa, mas ela encontrará forte competição de Fernanda Torres, que interpreta a protagonista de Ainda Estou Aqui,” destacou o site.

Em entrevista ao Metrópoles, Fernanda Torres comentou sobre as expectativas em relação à possível indicação e ao impacto do filme. Embora não queira criar expectativas excessivas, ela reconhece a importância do filme ser considerado, principalmente por ser uma produção brasileira, falada em português, com chances de estar entre os nomeados a Melhor Filme Internacional. Para ela, já estar na short list de previsões de veículos especializados é um grande feito.

“Estar entre as previsões é algo muito relevante. O Walter Salles é um diretor brasileiro com um diálogo muito forte com o cinema mundial, e isso por si só já é significativo. Mas o Oscar é uma medida de muitas coisas, e ganhá-lo é uma categoria à parte. Estamos em um ano com produções muito fortes, e a chance de Ainda Estou Aqui ser indicado como Melhor Filme Internacional é grande, mas há muitos concorrentes de peso, como o Emilia Pérez e filmes iranianos”, disse Fernanda Torres.

Ela também ressaltou a importância de não criar uma expectativa que possa resultar em frustração, lembrando que o caminho até a premiação é árduo e repleto de outras performances brilhantes. “Eu evito pensar no ‘vai ganhar’ porque isso pode gerar uma sensação de derrota caso o filme não seja indicado. Nosso objetivo é mostrar o trabalho feito com tanto carinho, e estar nessa disputa já é um grande reconhecimento”, concluiu a atriz.

Continue lendo

Cinema

Roteirista revela quanto Suzane Von Richthofen recebeu por novo filme

Publicado

on

Foto: Reprodução

O escritor e roteirista Raphael Montes, responsável pelos filmes A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, que retratam o caso Suzane Von Richthofen, compartilhou algumas curiosidades sobre a produção em seu perfil no Instagram. Em uma série de imagens, ele esclareceu dúvidas e mitos sobre o filme, que estreou recentemente nos cinemas.

Montes afirmou que o filme não teve nenhuma colaboração ou pagamento dos envolvidos no crime, que chocou o país em 2002. “As pessoas retratadas no filme nunca receberam nem irão receber nenhum valor ou pagamento. Eles não possuem nenhum direito sobre a obra. Não houve contato entre a produção e Suzane Von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos nem seus familiares”, disse.

Ele também explicou que o filme se baseou exclusivamente nos depoimentos dados à Justiça, que são de domínio público. “O filme é uma adaptação de uma história real baseada exclusivamente nos depoimentos transcritos nos autos do processo. Esses autos são públicos”, informou.

O roteirista ainda negou que o filme tenha a intenção de romantizar ou enaltecer o assassinato dos pais de Suzane, cometido por ela e pelos irmãos Cravinhos. “A interpretação dos fatos e das versões é facultada ao público. Os filmes não apontam inocentes ou culpados, tampouco romantizam ou enaltecem os assassinatos”, declarou.

Por fim, Montes ressaltou que o filme foi feito com recursos privados, sem uso de verba pública. “Não há verba pública na produção: Os filmes são produções feitas com investimento privado. Não há nenhum uso de verba pública em suas realizações”, finalizou.

Continue lendo

Cinema

Vida da influenciadora e advogada Deolane Bezerra vai virar filme

Em vídeo publicado no Instagram, a influenciadora refletiu sobre sua própria trajetória, sobre maternidade e sobre sua relação com as redes sociais

Publicado

on

Foto: Reprodução

A advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra surpreendeu seus fãs ao revelar que sua vida será retratada em um filme. Em um vídeo publicado em seu Instagram no domingo (22/10), ela mostrou uma prévia da produção, que abordará sua trajetória pessoal e profissional, sua experiência como mãe e sua relação com seus seguidores. “Os meus seguidores são o meu combustível diário. Existem coisas que eu tento não levar para a internet, mas parece que eles adivinham”, afirmou ela em uma parte do vídeo.

No final da prévia, Deolane apareceu dirigindo um carro de luxo roxo, uma Lamborghini Urus 2023. Na legenda, ela questionou se estava feliz ou apenas ostentando. “Será que estou feliz ou estou só ostentando? Às vezes, não é ostentar, é inspirar”, escreveu.

O filme ainda não tem data de lançamento nem plataforma definida. A direção é de Luciano Marques, que já trabalhou com outros artistas famosos. Deolane Bezerra ganhou notoriedade nas redes sociais após o falecimento de seu noivo, o cantor MC Kevin, em maio deste ano.

Continue lendo

Popular

Copyright © 2020 O Panorama