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Brasil

AGU reverte decisão judicial que poderia prejudicar atividade essencial da Anatel em todo o Brasil

Atuação célere da Advocacia-Geral permitiu que agência reguladora demonstrasse regularidade de edital

Foto: Gov

A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu na Justiça a regularidade de um pregão eletrônico de compra de equipamentos essenciais ao trabalho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A agência reguladora lançou um edital no ano passado para a contratação de empresa fornecedora de equipamentos de monitoramento remoto dos sinais de telecomunicações.

Após o resultado da licitação, a empresa que ficou em segundo lugar entrou com recurso administrativo questionando o ato, que foi negado pela Anatel. Inconformada, a companhia entrou com mandado de segurança alegando que a proposta vencedora seria inexequível e que a primeira colocada teria descumprido exigências. Como a autora da ação havia apresentado um lance mais caro na concorrência, ela buscou desqualificar a estrutura ofertada pela vencedora, afirmando que o preço vitorioso teria sido alcançado devido a irregularidades no cumprimento de obrigações técnicas.

Como em decisão liminar a Justiça Federal do Distrito Federal havia determinado que a Anatel não contratasse a primeira colocada, a AGU apresentou agravo de instrumento no último dia 12 de janeiro para contestar a decisão. Em defesa da legalidade e da lisura do procedimento, a Advocacia-Geral apresentou uma série de argumentos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, mas devido à urgência do caso, despachou com o juízo de primeira instância na tentativa de demonstrar os prejuízos da decisão.

Atividade essencial

A AGU sustentou que os equipamentos a serem adquiridos são importantes para a atividade de fiscalização da agência, na sua missão de controlar o espectro radioelétrico e analisar os serviços prestados pelas empresas de telecomunicações e radiodifusão. A Rede de Monitoramento Remoto é composta por 184 estações fixas distribuídas de forma estratégica por todo o país, mas 54 delas, ou seja, cerca de 30%, estão comprometidas por furtos ou falhas.

Dentre as atividades de monitoramento da Anatel estão aeroportos, estações rádio e meteorológicas da Marinha, órgãos públicos de segurança e defesa nacional; resultando em impacto direto na “proteção de serviços essenciais cuja indisponibilidade pode trazer risco à vida de cidadãos”, explicou a AGU, com base em informações da unidade técnica da Anatel.

Além da dificuldade de equacionar os equipamentos entre os 5.570 municípios brasileiros, disse a Advocacia-Geral, qualquer atraso na entrega dos novos itens poderia causar danos à fiscalização. “Em não havendo a contratação do objeto em tela, a Anatel se encontrará em condição ainda mais limitada para o atendimento às demandas de garantia dos serviços essenciais de telecomunicações, incluindo a proteção dos 128 aeroportos em operação no país”, escreveu a agência.

Interesse público

Ainda segundo a AGU, a disputa representa uma desproporção entre dois valores tutelados: privilegiando o interesse particular de uma empresa que buscava paralisar o processo, o relevante interesse público foi colocado em segundo plano. O Procurador Federal Lauro Lenza explica que os argumentos da autora do processo foram minuciosamente avaliados e refutados pela Anatel.

“Para cada módulo, item, conjunto ou peça operacional, existia uma análise específica comprovando que a proposta vencedora cumpria o Edital e, portanto, ofertava equipamentos válidos e eficazes para os fins a que se destinam”, detalha.

Nessa segunda-feira (1), o juízo de primeira instância revogou a decisão liminar, pondo fim ao processo. Lauro Lenza destaca que a célere atuação dos membros da AGU fez com que, em menos de 20 dias, os prejuízos fossem evitados e o conflito, pacificado.

“A eventual vitória da impetrante representaria atraso na instalação dos novos equipamentos, poderia ensejar o dever de reparar eventuais danos à vencedora, que já havia celebrado o contrato e, de forma indesejável, constituiria a desqualificação do menor preço. Isso violaria, por vias transversas, princípios fundamentais do processo licitatório, descritos na Lei 8.666/93, segundo a qual ‘a licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia’ e ‘a seleção da proposta mais vantajosa para a administração’”, avalia.

Além da Procurarodia-Regional Federal da 1ª Região, por meio da Equipe Regional de Matéria Regulatória, a Procuradoria Federal Especializada junto à Anatel também atuou no caso. Ambas as unidades fazem parte da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU responsável pela representação e defesa das políticas públicas desenvolvidas pelas autarquias e fundações públicas federais.

Por: Advocacia-Geral da União

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Brasil

Casal armado tenta homicídio após marido rejeitar proposta de trisal para esposa

Discussão ocorreu em um bar de Palmas (TO) e terminou com uma mulher ferida; casal fugiu, mas foi capturado meses depois

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Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio

Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.

De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.

Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.

A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.

Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.

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Educação

Professora é demitida por vender bolos com maconha em escola no RS

Prefeitura de Estância Velha publicou a decisão após laudo pericial confirmar a presença da droga nos produtos vendidos pela servidora pública

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Imagem - Rede Social

Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.

“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.

A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.

A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.

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Política

Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano

Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais

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Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde

Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.

O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.


O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.

“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.

O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.

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