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Brasil

Animais especiais resgatados em Brumadinho aguardam adoção responsável

Cerca de 40 cães e 5 gatos considerados especiais aguardam um novo lar

Foto: Rayra Paiva Franco/Arquivo

Cerca de 40 cães e 5 gatos considerados especiais aguardam um novo lar. Esses animais foram resgatados nas áreas atingidas após o rompimento de barragem, em Brumadinho. Outros 160 animais considerados “saudáveis” também estão disponíveis e podem ser adotados de forma online pelo site Me Leva pra Casa mantido pela mineradora Vale. 

Segundo a mineradora, esses animais foram impactados direta ou indiretamente pelo rompimento da barragem B1, em Brumadinho. A maioria foi resgatada nas áreas atingidas, em residências nas comunidades, deixados por doação voluntária de seus tutores ou, em muitos casos, abandonados na entrada da Fazenda ou do Hospital Veterinário.

Pets especiais

São considerados especiais não somente os pets com problemas físicos, mas todos aqueles que necessitarão de cuidados especiais. Um gato ou cachorro idoso, por mais saudável que esteja, vai precisar de cuidados extras que, por vezes, afugentam os futuros adotantes.

Entre as deficiências mais comuns são sequelas de atropelamentos e de maus-tratos, como cegueira, paralisia e amputação de algum membro. Há também casos em que o animal já nasce com algum tipo de deficiência e em outras situações, a deficiência é desenvolvida por um problema de saúde, como a diabetes e a Leishmaniose.

“O adotante precisa ter esse amor e cuidado com animal de qualquer forma. No caso do pet especial realmente requer um pouco mais de atenção. Mas tendo essa consciência, não se torna um problema. A atenção, o carinho, a gratidão do animal super compensa essa atenção maior de que ele precisa. Normalmente, quem adota um animal especial tem vários momentos felizes. Pois medicado, cuidado, ele pode ter uma vida ‘normal’. Os pets velhinhos, em geral, são animais mais tranquilos, menos agitado que terão vários momentos de alegria”, afirmou a analista ambiental e gestora da Fazenda Abrigo de Fauna, Magda Castro.

Segundo a gestora, a preferência no momento de adoção é por filhotes e a procura aumentou durante o período de isolamento social em virtude da pandemia de covid-19. Os animais são monitorados por seis meses pela equipe da Fazenda Abrigo de Fauna, que faz uma pesquisa para avaliar se o perfil do adotante é compatível com o animal procurado.

“Também registramos devolução, mas não é comum. Tivemos casos em que um casal se separou, teve uma tutora que adoeceu e não teve mais condições de cuidar. Também já teve caso em que a gente recolheu o animal – nesse caso específico, o animal era mantido preso em uma guia e isso fere uma das liberdades do animal. Foram realizadas três visitas e, apesar dos avisos, o tutor manteve a condição e então recolhemos o animal. Mas não é comum a devolução, a grande maioria [das adoções] é bem sucedida”, explicou a Magda.

A cadela Hanna é um dos animais disponíveis para adoção em Brumadinho e Região.
A cadela Hanna é um dos animais disponíveis para adoção em Brumadinho e região metropolitana de Belo Horizonte – Divulgação/Vale

Processo de adoção

De acordo com a Vale, 135 pets “saudáveis” foram adotados ao longo do último ano através de processo conduzido de forma online. Pelo site, é possível ver fotos e informações sobre porte, sexo, saúde e comportamento dos bichinhos.

A equipe de veterinários da Vale foi treinada para realizar entrevistas virtuais e todo o processo de adoção pode ser realizado também à distância. Em caso de sucesso, os veterinários realizam uma visita técnica na casa do interessado, uma vez que um pet especial precisa de um ambiente que seja passível de adaptação. A equipe faz a entrega do animal na residência do adotante em uma área de até 150 quilômetros de Belo Horizonte.

“Em outros estados temos a restrição de entregar o animal. De toda forma, não é um impedimento. São considerados caso a caso. Neste momento, há três interessados em adoção no estado de São Paulo. Nestes casos, o interessado tem que vir buscar o animal”, explicou.

Conheça aqui os animais que aguardam por adoção responsável. 

Por: Agência Brasil

Economia

Tóquio adota semana de trabalho de quatro dias para combater crise de natalidade

Medida visa estimular a formação de famílias e criar um ambiente de trabalho mais equilibrado, com início previsto para abril de 2025

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Imagem de Tóquio - Japão

O governo de Tóquio anunciou uma nova iniciativa para combater a queda na natalidade do Japão. A partir de abril de 2025, a cidade implementará uma semana de quatro dias de trabalho para os funcionários públicos, com o objetivo de ajudar casais a conciliar a vida profissional e a criação de filhos. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, explicou que a medida visa criar condições para que tanto homens quanto mulheres possam prosperar, sem que as mulheres precisem abrir mão de suas carreiras em função da maternidade.

Atualmente, os funcionários públicos de Tóquio já têm um dia extra de folga a cada quatro semanas, mas a nova política garantirá uma folga fixa toda semana. Além disso, outra medida prevê que pais de crianças do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental possam trocar parte de seus salários para sair mais cedo do trabalho.

Essa iniciativa surge em um contexto de preocupante queda nos nascimentos no Japão, que atingiu seu nível mais baixo em 2023, com um declínio de 5,1% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de casamentos caiu 5,9%, o que representa a primeira vez em quase 90 anos que o número de casamentos no país fica abaixo de 500 mil.

A crise demográfica é vista como uma ameaça crescente para o Japão, cujas projeções indicam uma possível redução populacional de 30% até 2070, com uma proporção crescente de idosos. Essa crise também desperta discussões sobre mudanças nas leis trabalhistas, como a adoção de uma jornada de trabalho de quatro dias, uma proposta que já tem sido discutida em alguns países e também no Brasil. Especialistas afirmam que a medida pode aliviar o estresse e aumentar o bem-estar dos trabalhadores.

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Brasil

Esmeralda de R$ 1 bilhão é arrematada por R$ 50 milhões em Salvador por falta de lances

A pedra preciosa de 69 kg foi vendida por um valor bem abaixo da sua avaliação devido à ausência de propostas durante o leilão realizado nesta quarta-feira (11)

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Imagem - divulgação

Uma esmeralda de 69 kg, avaliada em R$ 1 bilhão, foi arrematada por apenas R$ 50 milhões nesta quarta-feira (11) em Salvador, devido à falta de lances durante o leilão. Inicialmente, a pedra estava com o preço mínimo de R$ 100 milhões, mas nenhum lance condizente foi feito. Diante disso, um grupo árabe fez uma proposta abaixo do valor estipulado, o que permitiu a venda por 5% do valor estimado.

Apesar da venda, o grupo comprador ainda pode desistir da compra, uma vez que impôs duas exigências: a visita pessoal à esmeralda e uma avaliação adicional por um gemólogo indicado por eles. A data para a verificação ainda não foi revelada.

Em comparação com outras esmeraldas vendidas em Pindobaçu, no norte da Bahia, a venda desta pedra ficou muito aquém dos valores de mercado. Recentemente, uma esmeralda de 137 kg foi vendida por R$ 175 milhões em um leilão da Receita Federal.

A pedra leiloada possui uma coloração verde-musgo e dimensões de 60 cm de altura, 20 cm de largura e 20 cm de profundidade, e ainda está em seu estado bruto, sem lapidação. A lapidação transforma a pedra em joia, processo ainda não realizado.

Além disso, em Pindobaçu, um garimpeiro baiano, Uilson Diego, possui uma esmeralda ainda maior, de 147 kg, que ele encontrou em 2018. A pedra, considerada rara, ainda não tem valor estipulado, pois Uilson aguarda boas oportunidades para sua venda.

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Economia

Carrefour anuncia corte de 2.200 empregos antes das festas de fim de ano

A redução no quadro de funcionários, equivalente a 1,5% da equipe, ocorre em um momento crítico para o varejo, tradicionalmente marcado por aumento de contratações temporárias

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O Grupo Carrefour, dono das marcas Atacadão e Sam’s Club, informou a demissão de 2.200 funcionários, representando 1,5% de seu total de 130 mil colaboradores. A medida é tomada justamente em um período de alta demanda no varejo, próximo ao Natal, quando muitas empresas costumam ampliar suas equipes com contratações temporárias.

Em comunicado à Folha de S.Paulo, o Carrefour justificou as demissões como parte de um “movimento natural do setor”, afirmando que isso não afetará suas operações ou o atendimento aos clientes durante as festas de fim de ano. A empresa também destacou que, em outubro, abriu novas vagas em diversas áreas, como açougueiros, padeiros, operadores de caixa e repositores, com contratações em andamento em 20 estados e no Distrito Federal.

Variação no mercado varejista

Enquanto o Carrefour realiza demissões, outros varejistas adotam o caminho oposto, ampliando suas equipes temporárias para lidar com o aumento das vendas no fim de ano. Relatório da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) aponta que essa é uma prática comum no setor.

Crise recente com o Brasil

Em novembro, o Carrefour também viveu um episódio de crise diplomática com o Brasil, quando seu CEO global, Alexandre Bompard, anunciou a suspensão das compras de carne de países do Mercosul, incluindo o Brasil, como apoio aos agricultores franceses. A decisão gerou boicotes organizados por frigoríficos brasileiros e repercussão entre políticos. Após seis dias de controvérsia, Bompard enviou uma carta ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, pedindo desculpas e buscando resolver o impasse.

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