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Mulheres têm participação tímida, embora crescente, no setor musical

Relatório foi divulgado pela União Brasileira de Compositores

Para garantir a diversão em tempos de COVID-19, a R2 Produções preparou evento intimista com direito a show de Marília Mendonça em Brasília.
Foto: Reprodução Instagram

O relatório “Por Elas Que Fazem a Música”, relativo a 2020 e divulgado hoje (8), no Dia Internacional da Mulher, pela União Brasileira de Compositores (UBC), mostra que embora a participação das mulheres na entidade tenha se mantido no mesmo patamar de 2019, com 15%, quando se consideram somente os novos associados no ano passado, as representantes do sexo feminino participaram com 17%. “O crescimento está vindo devagar, mas está chegando”, disse à Agência Brasil a gerente de Comunicação da UBC, Vanessa Schutt.

O levantamento da participação da mulher na música tem como referência a base de dados da UBC, que é a entidade responsável por 56% da distribuição de direitos autorais no país. No primeiro relatório, lançado em 2018, com base em dados de 2017, eram associadas à UBC 14% de mulheres. Atualmente, a entidade tem 40 mil titulares, entre homens e mulheres.

Vanessa Schutt destacou que desde o primeiro relatório até a virada para 2021, o crescimento do número de mulheres associadas atingiu 68%. A ideia é continuar trabalhando para garantir a elevação das mulheres entre os associados. “O que a gente pretende é fazer com que o assunto seja mais discutido e as mulheres comecem a ter mais referências uma das outras, para ter cada vez mais compositoras e intérpretes na UBC. Falando sobre o assunto, a gente acredita que pode fazer a cena ir mudando aos poucos”.

Mais jovens

As mulheres na faixa etária de 18 anos a 40 anos de idade são maioria entre as associadas da UBC, dividindo-se 27% entre 18 e 30 anos e 29%, entre 31 e 40 anos de idade. Para a gerente de Comunicação, esse dado confirma que está havendo uma renovação na música, não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Culturalmente, era diferente. Quando meninas, as mulheres iam fazer balé e os meninos, bateria. A idade da maioria das associadas demonstra que esse quadro está mudando e o pessoal mais jovem está investindo na música desde pequeno. É um dado muito bom, na minha opinião”.

Vanessa relatou que na edição 2021/2020 do levantamento, os percentuais de mulheres por região se mantiveram similares aos do ano anterior, com exceção do Centro-Oeste, que cresceu de 7% para 8%. A Região Sudeste concentrou 64% das mulheres associadas; o Nordeste, 14%; o Sul, 9%, e o Norte, 2%. A gerente observou que o fato de o Sudeste concentrar a maior parte de mulheres associadas se justifica porque a sede da UBC fica no Rio de Janeiro e a maior filial está em São Paulo. “É um reflexo da sociedade como um todo”, acrescentou.

Em comparação à edição anterior 2020/2019, houve expansão de 12% no cadastro de obras feito por autoras e versionistas. Já em relação aos fonogramas, o cadastro com participação de intérpretes femininas aumentou 9%, de músicas executantes cresceu 8% e de produtoras fonográficas, 21%. “Isso demonstra que as mulheres estão produzindo, pagando os custos de sua própria gravação”. Vanessa explicou que hoje em dia, intérpretes independentes que não têm uma gravadora por trás delas, uma grande maioria, são suas próprias produtoras fonográficas. “Elas pagam o estúdio, os custos daquela gravação, sem depender do homem para fazer isso por elas”.

Entre os 40 mil titulares associados à UBC atualmente, as mulheres representam 29% dos versionistas, 15% dos intérpretes, 8% de autores, 7% de produtores fonográficos e 6% de músicos executantes. “Antigamente, elas eram mais intérpretes e cantavam músicas de homens. Hoje, elas estão compondo também”.

Valores

Pelo lado do valor recebido, as mulheres continuam representando 9% do total, o que significa que a cada R$ 100 distribuídos, as mulheres recebem R$ 9. Por categoria, os rendimentos das mulheres em 2020 foram distribuídos 69% para autoras, 25% para intérpretes, 4% para produtoras fonográficas, 2% para música acompanhante e 1% para versionista.

Vanessa Schutt lembrou que levando em conta os maiores arrecadadores da UBC no exterior, 12 são mulheres. Foi a primeira vez que foram medidos os rendimentos vindos do exterior. “Nós temos contratos com as sociedades pelo resto do mundo. Então, se as músicas nossas tocam lá fora, elas recolhem e pagam para a gente”. Vanessa não tinha disponível, contudo, qual foi o valor total distribuído a essas 12 mulheres.

Em termos de renda, o cenário no ano passado se manteve equivalente ao de 2019, com destaque para a rubrica digital, em que as mulheres tiveram aumento de 3%, alcançando 7%. Nas demais rubricas, o cenário se manteve estável, com 20% da renda advinda do rádio, 15% da TV aberta, 14% de shows e 12% da TV fechada. “A gente percebeu que houve um crescimento no digital”. A conclusão veio do fato de que, com a pandemia de covid-19, não foram realizados eventos presenciais. “Então, acabam sendo feitos no meio digital mesmo”.

Analisando a participação por gênero nas rubricas, observamos que o cenário relativo ao total distribuído em 2020 ainda é desfavorável às mulheres, que detiveram 10% contra 90% dos homens, na rubrica digital; 14% contra 86% no rádio; 8% contra 92% em shows; 6% contra 94% na TV aberta; 7% contra 93% na TV fechada; e 13% contra 87% em outras rubricas.

UBC

A União Brasileira de Compositores é uma associação sem fins lucrativos, dirigida por autores, que tem como objetivo principal a defesa e a promoção dos interesses dos titulares de direitos autorais de músicas e a distribuição dos rendimentos gerados pela utilização das composições, bem como o desenvolvimento cultural. Fundada em 1942 por grandes nomes da música nacional, a UBC é a mais antiga das sociedades brasileiras e representa no Brasil e no exterior mais de 25 mil associados.

Os rendimentos citados são oriundos da distribuição de direitos autorais de execução pública feita pela UBC aos seus associados.


Por: Agência Brasil

Brasil

Polícia investiga agente suspeito de extorquir artistas e influenciadores por rifas ilegais

Agente teria exigido pagamentos para não investigar artistas e empresários por rifas ilegais promovidas nas redes sociais

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Imagem - reprodução

Um agente da Polícia Civil de São Paulo foi preso preventivamente nesta quinta-feira (12/12), sob a suspeita de extorquir empresários, cantores de funk e influenciadores digitais. A acusação aponta que ele exigia pagamentos para evitar investigações sobre rifas promovidas e divulgadas em redes sociais, prática considerada ilegal pelo Ministério da Fazenda.

A prisão aconteceu durante a segunda etapa da Operação Latus Actio, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco). Além da prisão, foram realizados seis mandados de busca em várias cidades da Grande São Paulo, incluindo São Caetano do Sul, Mauá e São José dos Campos. Um dos alvos foi o funkeiro MC Davi Paiva.

As investigações foram ampliadas após a primeira fase da operação, em março deste ano. Novas evidências encontradas nos materiais apreendidos indicaram que policiais civis estariam cobrando propina para interromper apurações relacionadas às rifas, que não são autorizadas pelo Ministério da Fazenda e configuram contravenção penal.

Influenciadores e artistas, temendo bloqueios judiciais de suas contas e redes sociais, teriam concordado em pagar os valores exigidos para evitar perdas financeiras e danos à imagem.

As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros envolvidos e dimensionar a extensão das irregularidades.

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Cultura

Erasmo da Silva Nunes: o escultor que transforma isopor e resina em obras de arte duradouras

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Erasmo da Silva Nunes, artista brasileiro natural de Ibotirama, Bahia, vem se destacando como escultor por sua habilidade única de transformar materiais como isopor e resina em peças impressionantes e duradouras. Suas esculturas, conhecidas pelo acabamento impecável e pela criatividade, têm conquistado admiradores no Brasil e nos Estados Unidos.

Utilizando técnicas que combinam precisão, talento artístico e inovação, Erasmo cria obras que variam de figuras decorativas a peças personalizadas para eventos e espaços artísticos. O uso de isopor como base, combinado com revestimentos em resina de alta qualidade, garante não apenas a leveza e a sustentabilidade das peças, mas também a sua resistência e longevidade, tornando-as ideais tanto para ambientes internos quanto externos.


Erasmo explica que sua inspiração vem de sua paixão pelas artes e pela capacidade de dar vida a materiais inusitados:

Cada escultura é uma história que ganha forma. O isopor e a resina me permitem explorar formas e texturas que muitas vezes surpreendem pela riqueza de detalhes e acabamento.

Além de suas criações artísticas, Erasmo também compartilha seu conhecimento, oferecendo cursos e oficinas de desenho e escultura, inspirando novos artistas a desenvolverem suas habilidades. Seu trabalho como escultor complementa sua carreira como escritor e palestrante, consolidando-o como uma figura multifacetada no mundo artístico.

As esculturas de Erasmo têm atraído encomendas para projetos especiais, decoração e exposições, e ele planeja expandir ainda mais sua atuação internacional, levando sua arte única para novos públicos.

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Cultura

Erasmo da Silva Nunes lança segundo livro em evento Internacional nos EUA

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Escritor e artista brasileiro Erasmo da Silva Nunes

No dia 12 de novembro de 2024, o escritor e artista brasileiro Erasmo da Silva Nunes lançou seu segundo livro, “FRONTE: Assuma Sua Posição”, durante o Segundo Lançamento de Escritores Internacional Plataforma, em Orlando, Flórida, EUA.

O livro, que aborda temas de liderança, propósito e superação, é uma obra reflexiva e inspiradora, voltada para pessoas que buscam assumir um papel de protagonismo em suas vidas pessoais e profissionais.

No evento, Erasmo falou sobre o significado do título:

FRONTE representa a coragem de estar à frente, de enfrentar desafios e de ocupar o lugar que nos foi destinado. Quero incentivar os leitores a entenderem que todos têm um propósito e que assumir essa posição é o primeiro passo para transformações extraordinárias.”

A cerimônia reuniu um público diverso, incluindo líderes comunitários, artistas e leitores que acompanharam o trabalho do autor desde o lançamento de seu primeiro livro, “Os Segredos do Desenho: A Ciência por Trás do Traço”. A receptividade ao novo título reforçou o impacto das mensagens de Erasmo, que agora também inicia sua jornada como palestrante.


Com “FRONTE: Assuma Sua Posição”, Erasmo consolida seu lugar no mercado literário internacional, prometendo continuar inspirando leitores com sua visão de liderança e propósito. O livro já está disponível em plataformas digitais e livrarias selecionadas nos Estados Unidos e no Brasil.

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