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Brasil

Maioria das universidades federais retoma aulas remotas após suspensão

Universidades têm autonomia para avaliar as melhores decisões

Foto: Divulgação/Universidade Federal do Rio de Janeiro

Após um período com a maior parte das aulas suspensas por conta da pandemia do novo coronavírus, a maioria das universidades federais chega a outubro oferecendo aulas remotas na graduação. De acordo com o portal Coronavírus – Monitoramento das Instituições de Ensino, criado pelo Ministério da Educação (MEC), 66 das 69 universidades federais brasileiras estão oferecendo aulas a distância para os estudantes. Outras duas estão funcionando parcialmente. 

“Temos universidades que estão com calendários absolutamente distintos umas das outras. Temos unidades que conseguiram superar seus problemas de calendário e vão conseguir iniciar 2021 naquilo que seria o período normal, no início do próximo ano. Temos universidades que vão precisar de um período maior para regularizar a situação”, disse o vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Marcus Vinicius David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora, em seminário online para discutir os desafios da educação pública na pandemia.

As universidades federais são vinculadas ao Ministério da Educação (MEC), mas têm autonomia para avaliar, entre outras questões, as melhores decisões de acordo com o local onde estão inseridas. 

A Universidade de Brasília (UnB), por exemplo, retomou as atividades de ensino do primeiro semestre de 2020 apenas no segundo semestre deste ano, no dia 17 de agosto, de forma não presencial. O semestre deve seguir até o dia 18 de dezembro. Não há, na instituição, previsão de retomada das atividades presenciais. 

“A decisão, quando houver, vai considerar o cenário da pandemia no Distrito Federal e no Brasil. No momento, a prioridade é manter o isolamento social e, assim, salvar vidas. O semestre 1/2020 [primeiro semestre de 2021] é atípico, com as adaptações exigidas pelo momento, mas igualmente válido”, informou a universidade, em nota. 

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) também optou pelas aulas remotas. Antes de iniciá-las, anunciou, em junho, o programa Auxílio Inclusão Digital. A intenção era ofertar até 13 mil kits de internet, que incluíam chip ou chip mais modem, em ambos os casos com franquia de internet móvel a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica. As aulas remotas deverão seguir até o final do ano. De acordo com a  instituição, as aulas presenciais serão retomadas apenas quando houver vacina para o novo coronavírus (covid-19). 

De acordo com a plataforma do MEC, há previsões para o encerramento do ano letivo de 2020 nas instituições até maio de 2021. A plataforma, que pode ser acessada pela internet, é atualizada, segundo o MEC, pelas próprias instituições.

Brasília - Incluída no rodízio de abastecimento do DF, a Universidade de Brasília (UnB) está tomando medidas para reduzir o consumo de água, como adiar o início das aulas no principal campus da instituição em função do racionamento (Fabio
Universidade de Brasília (UnB) | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Impactos no Enem 

Segundo David, esse descompasso pode significar “um problema real pela frente”. O calendário impactará o ingresso de novos estudantes, principalmente, pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, cuja versão impressa será aplicada nos dias 17 e 24 de janeiro de 2021, e a versão digital, nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro. 

O exame é hoje uma das principais formas de ingresso nas instituições federais de ensino superior, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 5,8 milhões de estudantes estão inscritos para fazer o Enem 2020.

Também no seminário online, veiculado na última quinta-feira (1º), o presidente do Inep, Alexandre Lopes, disse que o MEC está atento a essas questões e que uma solução poderá ser um terceiro Sisu. O processo seletivo é feito duas vezes por ano, no entanto, por conta da pandemia, poderá ser feita uma terceira edição entre o primeiro e o segundo semestre de 2021. Com isso, as instituições que não conseguirem concluir o semestre letivo a tempo da primeira edição do Sisu, poderão participar da edição seguinte. “Aquele aluno que fez a prova, então  teria três oportunidades de Sisu para o ano que vem”, disse. 

A questão ainda está sendo discutida. 

O ensino remoto foi uma alternativa encontrada tanto na educação básica, que vai do ensino infantil até o ensino médio, quanto no ensino superior para que as aulas seguissem de alguma forma ainda em 2020. Um dos desafios encontrados foi o acesso à internet. Um a cada quatro brasileiros não têm acesso à internet, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mesmo entre aqueles que acessam a rede, há desigualdades, nem todos os estudantes possuem um computador ou um local adequado aos estudos.

Combate à pandemia 

Apesar de estarem com a maior parte das atividades presenciais suspensas, as universidades federais têm, desde o início do ano, um importante papel no combate à pandemia no Brasil. Também de acordo com o portal de monitoramento do MEC, são cerca de 1,7 mil ações realizadas, que beneficiam quase 25 milhões de pessoas em todo o país. As ações vão desde a produção de álcool em gel e equipamentos de proteção até o desenvolvimento de vacinas.

Edição: Fernando Fraga

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Brasil

Funcionário esfaqueia e mata patrão após anúncio de demissão em festa de fim de ano

Desentendimento começou após o empresário informar o funcionário sobre sua demissão durante a confraternização; crime ocorreu em Cláudio, Minas Gerais

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Empresário, identificado como Kerli Fabrício e seu funcionário, Eliandro Bastos

Um desentendimento entre um empresário, identificado como Kerli Fabrício, de 37 anos, e seu funcionário, Eliandro Bastos, de 36, terminou de forma trágica durante a confraternização de fim de ano da empresa, no último sábado (21), em Cláudio, Minas Gerais.

De acordo com informações da Polícia Militar, testemunhas relataram que a discussão começou quando o empresário comunicou a Eliandro que aquele seria seu último dia de trabalho na empresa, alegando que o custo de mantê-lo como funcionário era elevado.

Irritado com a situação, Eliandro pegou uma faca e desferiu golpes no abdômen, pescoço e ombro esquerdo do patrão. Apesar de tentativas de outras pessoas para contê-lo, o agressor fugiu do local e se escondeu em um terreno baldio.

Após buscas, a polícia conseguiu localizar familiares do suspeito, que o convenceram a se entregar. Eliandro foi capturado em um ponto combinado com os policiais, e a faca usada no crime foi apreendida. Ele foi encaminhado à Delegacia de Plantão Digital da Polícia Civil.

Em seu depoimento, o suspeito alegou que agiu em legítima defesa, afirmando que o patrão teria uma arma e o teria mantido preso em um galpão, versão que não foi confirmada pelas autoridades.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu Eliandro em flagrante pelo homicídio, classificado como qualificado por motivo fútil. O corpo da vítima passou por exames no Instituto Médico-Legal antes de ser liberado para a família.

As investigações estão sob responsabilidade da 5ª Delegacia de Polícia Civil do município, e novos detalhes deverão ser apurados nos próximos dias.

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Pai de jovem baleada durante abordagem da PRF em rodovia do RJ: ‘Achei que fosse bandido atirando’

Família seguia para passar o Natal em Niterói quando o carro foi alvejado por disparos na BR-040. A vítima, de 26 anos, está em estado gravíssimo, e os agentes envolvidos foram afastados

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Juliana Leite Rangel está internada em estado gravíssimo

Uma jovem de 26 anos foi baleada na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, na noite de terça-feira (24). Juliana Leite Rangel está internada em estado gravíssimo no Hospital Adão Pereira Nunes, após passar por uma cirurgia.

A família seguia para passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, quando o carro em que estavam foi alvo de disparos. O pai de Juliana, Alexandre Rangel, que dirigia o veículo, afirmou que não houve ordem de parada antes dos tiros. “Achei que era bandido com o carro da polícia. Pensei que um policial jamais faria isso”, desabafou Alexandre, que também foi atingido na mão esquerda.

Investigação e afastamento dos agentes

Em nota, a PRF informou que a Corregedoria-Geral já abriu uma investigação interna e afastou preventivamente os agentes envolvidos. O superintendente da PRF no RJ, Vitor Almada, declarou que os policiais alegaram ter ouvido disparos próximos ao carro e agiram por engano.

A Polícia Federal instaurou um inquérito para apurar o caso. Os carros da família e da PRF foram recolhidos para perícia, e as armas dos agentes estão sendo analisadas pela perícia técnica criminal.

Relato da família

De acordo com Alexandre, ele tentou sinalizar com a seta ao ouvir a sirene da viatura, mas os tiros começaram antes que pudesse encostar o veículo. “Gritei para minha filha: ‘Abaixa!’. Infelizmente, um dos tiros atingiu a cabeça dela.”

Deyse Rangel, mãe de Juliana, também estava no carro e relatou que, ao perceberem a presença da polícia, tentaram dar passagem. “Achamos que eles queriam ultrapassar, mas começaram a atirar. Foram muitos tiros”, afirmou.

Situação da vítima

Juliana está internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), entubada e em estado crítico. A Secretaria Municipal de Saúde classificou seu quadro como gravíssimo.

A PRF lamentou o ocorrido e informou que está prestando assistência à família por meio da Coordenação-Geral de Direitos Humanos. A Polícia Federal segue com as investigações para esclarecer o episódio.

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Mulher cai de ponte ao tirar foto e é salva por cadarço improvisado pelo namorado em SC

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Uma jovem de 27 anos sofreu uma queda de aproximadamente 5 metros no Rio Paraty, em Araquari, no Norte de Santa Catarina, enquanto tentava tirar uma foto em uma ponte de ferro com trilhos de trem. O acidente ocorreu na tarde de Natal, quarta-feira (25).

O namorado da vítima agiu rapidamente e usou o cadarço do tênis para amarrar o braço dela, evitando que fosse levada pela correnteza ou submergisse. A mulher também conseguiu se segurar em um dos pilares da estrutura até a chegada do resgate.


Resgate desafiador

O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou dificuldades para chegar ao local, acessível apenas pela linha férrea. Sem o apoio do helicóptero regional, um dos socorristas precisou correr cerca de 3 quilômetros pelos trilhos para alcançar a vítima, enquanto os outros transportavam os equipamentos necessários para o resgate.

Um militar entrou no rio e retirou a mulher, que apresentava ferimentos no braço e na perna, causados pelo atrito com o concreto da ponte.

“Achei que ia morrer”

No momento do resgate, registrado em vídeo, a mulher expressou alívio, dizendo: “Achei que ia morrer”. O socorrista respondeu prontamente: “Não, não no meu serviço”.

Após os primeiros socorros no local, ela foi encaminhada ao Pronto Atendimento de Araquari. Apesar de ter ingerido um pouco de água e do susto, a vítima estava consciente e relatou estar bem.

O episódio reforça a importância de precauções ao visitar locais de risco, especialmente em áreas não destinadas à circulação de pedestres.

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