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Ciência e Tecnologia

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia começa hoje em Brasília

Evento tradicional desperta curiosidades e instiga saber científico

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Começa hoje (3) e vai até o dia 10 de dezembro a 18ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT 2021). Criada em 2004, a tradicional feira ocorre em Brasília, no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, e apresenta uma programação repleta de palestras, exposições e brincadeiras para instigar a curiosidade científica.

Voltada especialmente para os jovens e suas famílias, a exposição traz temas da atualidade e discussões relevantes no meio científico. Entre as apresentações no palco principal do evento, estão o futuro e a tecnologia dos satélites nacionais, o mapeamento de tecnologias sociais na Amazônia, plataformas de dados para doenças do espectro autista, mapeamento geográfico de bacias hidrográficas por satélite e desenvolvimento de testes de diagnóstico para covid-19 no Brasil.

“A semana acontece com todas as precauções existentes e recomendadas. Temos exposições de todas as nossas unidades de pesquisa, temos exposições do Ministério da Educação também, além de inspiração e – talvez – financiamento para quem quer empreender nas áreas de ciência e tecnologia”, afirmou em entrevista à TV Brasil o ministro da Ciência, Telecomunicação e Inovações Marcos Pontes.

Museu de rádio
A Empresa Brasil de Comunicação (EBC) também estará presente no evento. Em um espaço especial que simula um estúdio de rádio antigo, o Museu da Rádio Nacional – que normalmente é exposto nos corredores da empresa – convida os visitantes a conhecerem uma estação analógica de ondas de radiofrequência.

Palco de diversas inovações do século passado, como as novelas e os boletins informativos, o museu traz equipamentos e informações sobre uma era onde televisão e internet sequer eram imaginadas, e o único meio de comunicação – o rádio – instigava a imaginação dos ouvintes.

Sobre o evento, o presidente da EBC, Glen Valente, afirmou que a participação da Empresa Brasil de Comunicação na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia “é muito importante para mostrar o jornalismo factual com cobertura e transmissões ao vivo. Além disso, iremos levar um pouco da história da comunicação pública com peças do nosso acervo.”

5G e conectividade
Em contraste com a história distante do rádio, A SNCT 2021 também apresenta pequenas amostras de um futuro que não está mais distante. Stands montados pelo Ministério das Comunicações apresentam para o público as inovações da quinta geração de conectividade móvel, o 5G.

Leiloado em 5 de novembro, o 5G trará ao Brasil várias inovações tecnológicas, já que permite conexão de altíssima velocidade entre uma série de dispositivos simultâneos. A chamada Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), que permite cirurgias remotas, máquinas inteligentes e veículos autônomos estão entre as possibilidades que devem passar a fazer parte da realidade dos brasileiros nos próximos anos.

No stand, o Ministério das Comunicações apresenta vídeos e faz demonstrações da tecnologia, que será usada também para democratizar o alcance da internet em todo o território nacional.

Para o ministro Marcos Pontes, a chegada do 5G deve se aliar à instigação de possibilidades científicas nas mentes dos jovens, que serão líderes e inovadores da próxima geração de brasileiros. “A economia será uma economia de conhecimento. Países que não detêm uma área de ciência e tecnologia forte ficarão para trás no mercado internacional. O Brasil tem tudo para ser um dos protagonistas nessa área”, disse Pontes.

O ministro frisou, ainda, que a tecnologia é historicamente a base para a melhora das condições de trabalho e de produtividade, além de ser um medidor preciso da capacidade econômica da sociedade. “Ela [a tecnologia] traz melhores soluções para todas as áreas. Um país que tem a expectativa de ser protagonista, ou que quer gerar empregos, precisa investir em ciência e tecnologia. Isso reforça todos os outros setores”, concluiu.

Brasil em órbita
Entre as curiosidades, a SNCT 2021 traz satélites brasileiros que foram lançados ao espaço e que compõem a constelação de monitoramento e transmissão de dados do Brasil em órbita, como o Cbers 4-A e o Amazonia 1.

Os equipamentos, que foram construídos no Brasil por engenheiros brasileiros por meio de anos de projetos de intercâmbio tecnológico, mostram a capacidade de desenvolvimento e de capacidade da indústria aeroespacial brasileira, que “avança a passos largos”, conforme Pontes.

A SNCT 2021 é organizada e projetada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) em parceria com agências de fomento, espaços científico-culturais, instituições de ensino e pesquisa, sociedades científicas, escolas, órgãos governamentais, empresas de base tecnológica e entidades da sociedade civil. No total, 167 instituições de todo o país participam do evento, que terá 6.168 atividades ao longo da semana.

A feira pode ser visitada de 8h30 às 18h em dias de semana, e de 10h às 19h nos finais de semana.

Por: Agência Brasil

Ciência e Tecnologia

Senado aprova novas regulamentações para o uso de inteligência artificial no Brasil

Projeto de lei, que aguarda votação na Câmara, estabelece normas rigorosas para o uso de IA em segurança pública e direitos autorais, com multas de até R$ 50 milhões para empresas que descumprirem as regras

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Em 10 de dezembro de 2024, o Senado brasileiro aprovou um projeto que regula o uso da inteligência artificial (IA) no país, com foco em sua aplicação comercial. O texto agora segue para análise na Câmara dos Deputados antes de se tornar lei. A proposta estabelece diretrizes sobre o uso de IA em diversas áreas, incluindo segurança pública, saúde e direitos autorais.

A nova legislação propõe a utilização de identificação biométrica à distância para prisões e captura de criminosos em locais públicos, permitindo ainda o reconhecimento facial em tempo real, mas com restrições rigorosas para evitar discriminação, especialmente contra a população negra. As grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, não estarão sujeitas às mesmas regras restritivas impostas a outros tipos de sistemas de IA considerados de “alto risco.”

Além disso, a proposta inclui medidas de proteção aos direitos autorais, garantindo que artistas e criadores de conteúdo sejam remunerados quando suas obras forem utilizadas para treinar sistemas de IA. As empresas de tecnologia serão obrigadas a informar o uso de conteúdos protegidos, e os autores poderão proibir o uso de suas obras.

Caso as regras sejam desrespeitadas, as empresas de tecnologia poderão ser punidas com multas de até R$ 50 milhões ou até 2% do seu faturamento, além de outras sanções como a suspensão de seus sistemas de IA e restrições no uso de bancos de dados.

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Erasmo da Silva Nunes lança primeiro livro internacional em Orlando

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Erasmo Nunes durante o lançamento de seu primeiro livro, 'Os Segredos do Desenho', em Orlando, EUA

No dia 15 de agosto de 2024, o artista brasileiro Erasmo da Silva Nunes deu um importante passo em sua carreira com o lançamento de seu primeiro livro, “Os Segredos do Desenho: A Ciência por Trás do Traço”. O evento ocorreu durante o Primeiro Lançamento de Escritos Internacional Plataforma, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos.

A obra explora técnicas e fundamentos do desenho com uma abordagem científica, funcionando como um guia prático e inspirador para artistas e entusiastas das artes visuais. Em suas páginas, Erasmo compartilha sua vasta experiência como desenhista, escultor e instrutor, revelando os segredos que transformam traços simples em expressivas obras de arte.

A noite de lançamento reuniu artistas, críticos e admiradores da arte. Além disso, contou com uma palestra do autor, que ressaltou a relevância do estudo e da prática no desenvolvimento artístico.

Este é mais do que um sonho realizado; é uma oportunidade de compartilhar minha visão sobre o desenho com o mundo e inspirar outros a descobrirem seu potencial criativo”, disse Erasmo.


O evento marcou a entrada de Erasmo no mercado literário internacional, reafirmando seu compromisso com a arte e a educação. Após o lançamento, o livro estará disponível em plataformas digitais e em livrarias nos Estados Unidos e no Brasil.

Com essa estreia, Erasmo Nunes demonstra sua capacidade de inspirar novas gerações de artistas, ampliando sua atuação no cenário cultural global.

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Brasil avança em índice global de tecnologia, ocupando 44ª posição mundial

Ranking de Prontidão Digital 2024 avalia o uso e acesso a tecnologias em 133 economias, com destaque para desenvolvimento moderado do país

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O Brasil conquistou o 44º lugar no Índice de Prontidão Digital 2024 (NRI, na sigla em inglês), que mede o acesso e uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) em 133 países. Publicado pelo Portulans Institute em parceria com a Universidade de Oxford, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Amazon Web Services (AWS), o índice avalia 54 indicadores agrupados em quatro pilares: tecnologia, pessoas, governança e impacto.

Embora ocupe a 3ª posição entre as nações das Américas, o Brasil mantém um desempenho estável em relação ao ranking anterior, destacando-se em áreas como escala de mercado doméstico (8º) e E-participação (11º). Porém, desafios ainda persistem em setores como habilidades em TIC no sistema educacional (106º) e promoção de tecnologias emergentes (82º).

Cenário global e destaques do Brasil

Liderado pelos Estados Unidos, Singapura e Finlândia, o ranking evidenciou a predominância de países desenvolvidos no topo, enquanto a China, única economia de renda média no top 20, alcançou a 17ª colocação. Desde 2019, o Brasil subiu 15 posições no índice, refletindo avanços na transformação digital.

No pilar de “Pessoas”, o país se saiu melhor na adoção de tecnologia por governos (47º) e empresas (37º), mas apresenta desempenho inferior na adesão por indivíduos (83º). Outros pontos fortes incluem a inclusão digital (21º), com esforços significativos na redução do gap de gênero no uso da internet (8º) e na utilização de pagamentos digitais em áreas rurais (25º).

Entretanto, limitações como a baixa qualidade regulatória (84º) e a infraestrutura digital insuficiente (57º) ainda dificultam o avanço. A cobertura móvel 3G também é uma preocupação, ocupando apenas o 102º lugar no índice.

Parcerias estratégicas e desafios futuros

Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou a importância de parcerias público-privadas para impulsionar a digitalização. “A transformação digital só será possível com colaboração entre governos, empresas e sociedade civil”, afirmou, citando o programa Brasil Mais Produtivo como um exemplo de iniciativa de sucesso.

O professor Soumitra Dutta, do Portulans Institute, reforçou a relevância de estratégias colaborativas para fortalecer a governança digital e a inclusão tecnológica. Já Bruno Lanvin, coeditor do NRI, descreveu dados como “o novo ar” e ressaltou a necessidade de ferramentas confiáveis para orientar decisões no ambiente digital em constante evolução.

Panorama regional e global

A Europa domina o índice, com 17 países entre os 25 melhores, enquanto América do Norte, Oceania e Ásia-Pacífico também possuem representantes de destaque. Economias emergentes como Ucrânia, Vietnã e Quênia vêm superando barreiras estruturais, assim como o Brasil, demonstrando que nações de renda média podem avançar significativamente em competitividade digital.

Jeffrey B. Kratz, da AWS, concluiu que o futuro digital exige mais do que inovação tecnológica: “É necessária uma visão compartilhada e comprometida para garantir que os benefícios da transformação digital sejam acessíveis a todos.”

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