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Brasil

Covid-19 suspende aulas de 99,3% das escolas de educação básica

É o que revela pesquisa do IBGE feita em todo o país

Reuters/Amanda Perobelli

A pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS): uma análise das condições de vida da população brasileira, divulgada hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, revela que o tempo médio de suspensão das atividades presenciais de ensino e aprendizagem em 2020, em função da pandemia, somou 279,4 dias no Brasil.

Na rede pública, a média de atividades suspensas presencialmente foi de 287,5 dias, e, na rede privada, de 247,7 dias. No geral, 99,3% das escolas da educação básica suspenderam as atividades presenciais e 90,1% não retornaram no ano letivo de 2020.

O maior tempo médio total de suspensão das aulas presenciais foi identificado na Região Nordeste do país (299,2 dias), com destaque para a rede pública (307,1 dias). Na rede privada de ensino, o maior tempo médio de suspensão de aulas presenciais foi observado na Região Sudeste (250,8 dias).

O IBGE informou que o Brasil está entre os países que tiveram o maior período de suspensão das aulas presenciais, de acordo com o monitoramento global da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Em novembro do ano passado, o IBGE apurou que 2,4% dos estudantes de seis a 17 anos de idade frequentavam aulas presenciais normalmente e 5,4% de forma parcial, enquanto 92,2% não tinham aulas presenciais. Desse total, não foram disponibilizadas atividades escolares para 10,8%.

Na educação básica, 42,6% das escolas promoveram aulas pela internet, sendo 35,5% na rede pública e 69,8% na rede privada. Os menores percentuais de adoção dessa estratégia de ensino foram identificados no Acre, Amazonas, Pará e Roraima: 8,1%, 9,9%, 13,2% e 13,3%, respectivamente. Em contrapartida, os maiores percentuais foram vistos no Ceará (61,8%) e no Distrito Federal (82,9%).

Diferenças
Em 2019, 54% dos estudantes de 15 a 17 anos tinham internet e computador ou notebook em casa, sendo 48,6% na rede pública e 90,5% na rede privada. Entre os estudantes brancos dessa faixa etária, o total atingiu 67,3%, contra 46,8% para estudantes pretos ou pardos, mostrando diferença de 20,5 pontos percentuais.

Ao mesmo tempo, 9,2% das escolas públicas disponibilizaram equipamentos (computador, notebook, smartphones) para uso dos alunos durante o ano letivo de 2020 (8,7% das escolas públicas e 11,2% das escolas privadas). Os menores percentuais na rede pública foram apurados no Amapá, Rondônia e Ceará (entre 3,2% e 3,5%), enquanto os maiores percentuais foram anotados em Mato Grosso do Sul, São Paulo e no Distrito Federal (18,1%, 18,6% e 21,9%, respectivamente).

Os maiores percentuais de estudantes de seis a 17 anos de idade que frequentavam escolas sem atividades presenciais e sem oferta de atividades escolares foram constatados, em novembro do ano passado, na Região Norte (25,4%) e o menor na Região Sul (2,3%), sendo maiores também na área rural (15,9%) e na rede pública (12,4%), o que é 4,3 vezes superior ao da rede privada.

Para o grupo de 15 a 17 anos, com idade oficial de frequência ao ensino médio, 35,6% dos estudantes dedicaram menos de duas horas diárias às atividades escolares em novembro de 2020, ante 43,9% dos estudantes de seis a 14 anos de idade. Segundo o levantamento, a incidência de menor dedicação aos estudos é maior entre os que frequentavam a rede pública (39,2%) e entre os que tinham menos rendimentos.

Habitação
De acordo com a pesquisa do IBGE, a maioria da população aponta problemas no domicílio, em especial entre pretos ou pardos. A identificação de problemas é mais comum entre os mais jovens e entre aqueles com menor rendimento.

Em relação ao deslocamento ao trabalho nas capitais e regiões metropolitanas, observou-se que os pretos ou pardos realizavam a maior proporção de deslocamentos longos em 2017 e 2018 (18,1% contra 14,6% entre os brancos). Entre os empregados domésticos, 28,5% fizeram deslocamentos de mais de uma hora.

Os empregados com carteira apresentaram deslocamentos mais longos (22,5%) do que os empregados sem carteira (14,7%) e aqueles por conta própria (7,9%).

As maiores proporções de pessoas ocupadas com tempo de deslocamento ao trabalho principal, em 2017 e 2018, superior a uma hora, foram percebidas nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro (26,2%), São Paulo (22,8%) e Belo Horizonte (16,5%).

A pesquisa Síntese mostrou, ainda, que, no Brasil, em 2017/2018, 51,4% dos locatários tinham apenas contrato verbal ou de boca. Esse grupo representava 8,6% da população do país. A situação está relacionada com rendimentos da pessoa e cor ou raça.

Entre os pretos ou pardos, a taxa de informalidade nos contratos de aluguel atingia 58,7% contra 42,7% entre os brancos. Com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), 10,3% da população do país viviam em domicílios sujeitos a uma inundação. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, 28,2% da população estavam nessa situação, constituindo o maior percentual entre as áreas urbanas das capitais brasileiras.

Saúde
No período de 2010 a 2017, as maiores despesas de consumo final em saúde como percentual no Produto Interno Bruto (PIB) foram observadas em 2015 (9,1%), 2016 (9,3%) e 2017 (9,2%). Nesses mesmos anos ocorreram as maiores despesas com saúde das famílias (5,2%, 5,3% e 5,4% do PIB), bem como do governo (3,9%, 4% e 3,9% do PIB, respectivamente).

A despesa média mensal per capita com saúde no Brasil em 2017/2018 foi de R$ 133,24, equivalendo a 9,7% dos gastos. Na área urbana, esse valor subiu para R$ 142,59, contra R$ 79,14 na área rural. A despesa mensal por indivíduo foi de R$ 168,54 entre os homens brancos e R$ 91,29 entre homens pretos ou pardos.

Entre as mulheres, os gastos com saúde subiram para R$ 188,05 para as de cor ou raça branca, e para R$ 98,99 para as de cor ou raça preta ou parda. A despesa média mensal com saúde aumenta ao mesmo tempo que avança a idade da pessoa. Para a faixa etária de 60 anos ou mais, atingiu R$ 268,65, o mesmo ocorrendo em relação ao ensino superior completo (R$ 290,88). Os gastos com saúde são maiores também para indivíduos com maior renda.

As restrições de acesso a medicamentos e serviços de saúde, no período 2017/2018, foram maiores para famílias monoparentais femininas, apurando-se mais restrições em mulher de cor ou raça preta ou parda, com filhos com 14 anos no domicílio (35,6% em serviços de saúde e 22,5% em medicamentos). As pessoas sem plano de saúde enfrentam o dobro de restrições, informou o IBGE.

Nos estabelecimentos com atendimento público pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a internação hospitalar cresceu 4,38% de 2019 para 2020, enquanto a urgência evoluiu 3,23% no mesmo período. Já nos estabelecimentos com atendimento privado (particular e plano de saúde), houve retração.

A pesquisa constatou, também, que o total de brasileiros, em 2019, sem realizar consulta médica há mais de dois anos alcançou 11,7% da população com 18 anos de idade ou mais. Desse total, 20,3% eram homens pretos ou pardos e 14,5% eram homens brancos.

Os serviços de saúde foram usados em internações para tratamento clínico por 39,5% dos brasileiros, sendo a máxima utilização com essa finalidade vista no Maranhão (54,2%) e a mínima (32,5%), em São Paulo. As internações cirúrgicas tiveram média de 38,6% no país, com máxima de 46,3% no Rio de Janeiro e mínima de 25,6% no Amapá.

Os atendimentos com plano de saúde mostraram média de 30,2% no Brasil, com máxima de 50,1% no Distrito Federal e mínima de 6,6% no Maranhão. No Sistema Único de Saúde (SUS), a média no Brasil ficou em 63,3%, com atendimento máximo de 89,3% no Maranhão e mínimo de 42,9% no Distrito Federal.

Óbitos
Em 2020, houve 1,6 milhão de mortes, revelando crescimento de 15%, em relação a 2019. De acordo com o Ministério da Saúde, de 2010 até 2019 o crescimento médio anual do total de óbitos no país foi de 1%.

Em 2019, para o grupo de 60 a 69 anos de idade, a mortalidade registrada por alguma doença infecciosa ou parasitária atingiu nove mil pessoas e nenhum caso pelo novo coronavírus; no ano seguinte, foram 56 mil mortes, das quais 47 mil por coronavírus.

Levando em conta a infecção pelo novo coronavírus de localização não especificada, a população branca apresentou percentual mais elevado no grupo com 70 anos ou mais (30,1%). Já os pretos ou pardos nessa faixa etária registraram 24,3%. Em contrapartida, nos demais grupos de idade, pretos ou pardos tiveram percentuais mais elevados que brancos (24,9% contra 20,7%, respectivamente).

Por: Agência Brasil

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Polícia investiga agente suspeito de extorquir artistas e influenciadores por rifas ilegais

Agente teria exigido pagamentos para não investigar artistas e empresários por rifas ilegais promovidas nas redes sociais

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Um agente da Polícia Civil de São Paulo foi preso preventivamente nesta quinta-feira (12/12), sob a suspeita de extorquir empresários, cantores de funk e influenciadores digitais. A acusação aponta que ele exigia pagamentos para evitar investigações sobre rifas promovidas e divulgadas em redes sociais, prática considerada ilegal pelo Ministério da Fazenda.

A prisão aconteceu durante a segunda etapa da Operação Latus Actio, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado (Ficco). Além da prisão, foram realizados seis mandados de busca em várias cidades da Grande São Paulo, incluindo São Caetano do Sul, Mauá e São José dos Campos. Um dos alvos foi o funkeiro MC Davi Paiva.

As investigações foram ampliadas após a primeira fase da operação, em março deste ano. Novas evidências encontradas nos materiais apreendidos indicaram que policiais civis estariam cobrando propina para interromper apurações relacionadas às rifas, que não são autorizadas pelo Ministério da Fazenda e configuram contravenção penal.

Influenciadores e artistas, temendo bloqueios judiciais de suas contas e redes sociais, teriam concordado em pagar os valores exigidos para evitar perdas financeiras e danos à imagem.

As autoridades seguem investigando o caso para identificar outros envolvidos e dimensionar a extensão das irregularidades.

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Brasil

Homem de 35 anos agride menina de 11 anos em motel de Contagem e foge

Suspeito levou a filha da namorada ao local sob pretexto de ir a um shopping; vítima foi socorrida por funcionários e está fora de perigo

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A Polícia Civil está em busca de um homem de 35 anos suspeito de ter agredido uma menina de 11 anos, filha de sua namorada, dentro de um motel localizado no bairro Arvoredo, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte. O incidente ocorreu na manhã desta quarta-feira (11).

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe e a criança, residentes em Divinópolis, foram levadas pelo suspeito até Contagem. O homem teria informado à namorada que visitaria a casa da ex-companheira e iria a um shopping, pedindo que a menina o acompanhasse.

Ao invés disso, ele levou a criança a um motel, onde, dentro de um dos quartos, a agrediu repetidamente com estrangulamentos e chutes, a ponto de fazê-la perder a consciência.

Quando recuperou os sentidos, a menina aproveitou a ausência do agressor no quarto para gritar por socorro. Funcionários do estabelecimento a ajudaram e a levaram para uma unidade de saúde. Apesar das múltiplas escoriações confirmadas pelos médicos, não houve registro de violência sexual.

O caso segue sob investigação das autoridades, e o suspeito permanece foragido.

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Ciência e Tecnologia

Erasmo da Silva Nunes lança primeiro livro internacional em Orlando

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Erasmo Nunes durante o lançamento de seu primeiro livro, 'Os Segredos do Desenho', em Orlando, EUA

No dia 15 de agosto de 2024, o artista brasileiro Erasmo da Silva Nunes deu um importante passo em sua carreira com o lançamento de seu primeiro livro, “Os Segredos do Desenho: A Ciência por Trás do Traço”. O evento ocorreu durante o Primeiro Lançamento de Escritos Internacional Plataforma, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos.

A obra explora técnicas e fundamentos do desenho com uma abordagem científica, funcionando como um guia prático e inspirador para artistas e entusiastas das artes visuais. Em suas páginas, Erasmo compartilha sua vasta experiência como desenhista, escultor e instrutor, revelando os segredos que transformam traços simples em expressivas obras de arte.

A noite de lançamento reuniu artistas, críticos e admiradores da arte. Além disso, contou com uma palestra do autor, que ressaltou a relevância do estudo e da prática no desenvolvimento artístico.

Este é mais do que um sonho realizado; é uma oportunidade de compartilhar minha visão sobre o desenho com o mundo e inspirar outros a descobrirem seu potencial criativo”, disse Erasmo.


O evento marcou a entrada de Erasmo no mercado literário internacional, reafirmando seu compromisso com a arte e a educação. Após o lançamento, o livro estará disponível em plataformas digitais e em livrarias nos Estados Unidos e no Brasil.

Com essa estreia, Erasmo Nunes demonstra sua capacidade de inspirar novas gerações de artistas, ampliando sua atuação no cenário cultural global.

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