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Mundo

Kiev afirma que tropas russas preparam nova ofensiva no Leste

Slovyansk seria o próximo objetivo estratégico

Reuters/Alexander Ermochenko

O Estado-Maior da Ucrânia disse hoje (5) que a Rússia está reagrupando suas tropas para ofensiva em Donbass, no Leste do país. O Instituto para o Estudo da Guerra destaca que Slovyansk é o próximo objetivo estratégico dos russos, enquanto no Sul se espera o reforço dos ataques na região para tentar fechar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro.

“O objetivo é estabelecer controle total sobre o território das regiões de Donetsk e Luhansk”, diz atualização publicada na página do Estado-Maior da Ucrânia no Facebook.

A retirada das tropas russas foi concluída e os militares se dirigem para a cidade russa de Valuiki, na província de Belgorado, segundo o Estado-Maior.

A atualização confirma que é notório “o movimento de colunas de armas e equipamentos militares no território da República da Bielorrússia” e que “grande parte” dos aviões e helicópteros russos foi transferida de aeródromos da Bielorrússia para a Rússia.

O Estado-Maior ucraniano acredita que, nas regiões de Donetsk e Luhansk, os militares russos concentram esforços para tentar conquistar as cidades de Popasna e Rubizhne, bem como estabelecer controle total sobre Mariupol. Outras cidades e localidades nas duas regiões estão sujeitas a bombardeios contínuos.

O Instituto para o Estudo da Guerra, com sede nos Estados Unidos, sustenta que as tropas russas preparam ofensiva contra a cidade oriental de Slovyansk, num esforço para avançar para o Leste e ligar-se a outras forças na região de Donbass, de acordo com a última avaliação.

“Os esforços das forças russas que avançam de Izyum para capturar Slovyansk provavelmente serão a próxima batalha crucial da guerra na Ucrânia”, afirma o relatório.

Se não conseguirem tomar Slovyansk, o esforço para capturar as regiões orientais de Donetsk e Luhansk “provavelmente falhará”.

Odessa

O coronel Serhii Bratchuk, porta-voz do Comando Militar da província de Odessa, disse que as autoridades esperam o reforço dos ataques na região para tentar fechar o acesso da Ucrânia ao Mar Negro.

A retirada da capital, Kiev, e nas zonas perto da fronteira da Bielorrússia nas últimas semanas mostrou que os russos mudaram de tática, aumentando a intensidade no Leste do país e nas zonas marítimas.

“Sabemos que os russos pretendem Odessa e, neste contexto, temos sempre nos preparado”, afirmou Bratchuk. 

A conquista de Odessa, no sudoeste do país, junto à Romênia, permitiria retirar o acesso ao mar e ao maior porto do país.

“Temos recursos, sabemos que eles querem vir aqui e tem sido a resistência de Mykolaiv [outra grande cidade a leste de Odessa] que os impediu de chega”, disse Serhii Bratchuk, justificando a necessidade de manter tropas da província, apesar dos conflitos no Leste e Nordeste do país.

“Nunca deixamos de estar em guerra com a Rússia desde 2014 e sabemos que eles querem o Mar Negro só para si”.

O Estado-Maior da Ucrânia acusou também as tropas russas de atacarem a cidade de Mykolaiv, no Sul, perto da costa do Mar Negro, com bombas de fragmentação proibidas pela convenção de Genebra.

“Habitações civis e instalações médicas, incluindo um hospital infantil, foram atacados pelo inimigo. Há mortos e feridos, incluindo crianças”, cita a atualização.

As tropas russas também continuam a bloquear a cidade de Kharkiv, no Nordeste da Ucrânia, de acordo com o Estado-Maior.

Por: Agência Brasil

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Rei da Espanha repreende sogra após flagrante de furto no palácio

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, foi advertida por Felipe VI após ser vista levando alimentos do Palácio de Zarzuela para casa, hábito iniciado durante a pandemia

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Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia

Paloma Rocasolano, mãe da rainha Letizia, costumava desfrutar de privilégios no Palácio de Zarzuela, residência oficial da monarquia espanhola, por conta de seu vínculo familiar. No entanto, segundo o portal português Flash!, o que inicialmente parecia ser um gesto de hospitalidade acabou se transformando em uma situação que gerou incômodo no rei Felipe VI.

Funcionários do palácio relataram que Paloma se sentia à vontade para utilizar diversos serviços da Casa Real, incluindo lavanderia e refeições, como se fosse moradora permanente. Embora a presença da enfermeira fosse inicialmente justificada pela proximidade com as netas, a princesa Leonor e a infanta Sofia, o comportamento teria extrapolado os limites aceitáveis.

De acordo com os relatos, o ponto de maior polêmica foi quando Paloma foi flagrada levando comida do palácio para casa, hábito que teria começado durante o período de confinamento imposto pela pandemia. “Ela chegou a pedir que alimentos fossem enviados diretamente para sua residência”, informou o portal.

O rei Felipe VI tolerou a situação durante a pandemia, compreendendo as dificuldades do momento. No entanto, o prolongamento desse comportamento levou o monarca a demonstrar sua insatisfação. Ele teria conversado com pessoas próximas e, eventualmente, dado um ultimato à sogra para encerrar a prática.

O episódio veio à tona em meio a outras polêmicas envolvendo a família real, incluindo rumores sobre um caso extraconjugal da rainha Letizia. Essas questões têm alimentado debates sobre a vida privada dos membros da monarquia espanhola e suas relações familiares.

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Dominique Pelicot é condenado a 20 anos de prisão por drogar ex-mulher para estupros em série

Caso histórico envolve mais de 50 réus e revela década de abusos na França

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Sua ex-mulher, Gisèle Pelicot

Dominique Pelicot recebeu a pena máxima de 20 anos de prisão nesta quinta-feira (19/12) após ser considerado culpado por drogar sua ex-mulher, Gisèle Pelicot, e permitir que dezenas de homens a estuprassem ao longo de dez anos. O julgamento, realizado em Avignon, no sul da França, ganhou repercussão internacional pela gravidade dos crimes e pelo número de envolvidos.

As investigações mostraram que Dominique drogava a vítima repetidamente e facilitava os abusos, que eram registrados em vídeo. Outros 50 homens também foram condenados, com penas entre 3 e 15 anos de prisão. Apesar das sentenças, familiares e ativistas criticaram a Justiça, afirmando que as punições ficaram abaixo do esperado para a gravidade dos crimes.

Repercussões e impacto
O caso veio à tona em 2020, quando Dominique foi preso por importunação sexual em um mercado. Durante as investigações, a polícia encontrou imagens que revelaram os abusos contra Gisèle, casada com ele por cinco décadas. Somente após essas descobertas ela soube das agressões.

Na saída do tribunal, Gisèle agradeceu o apoio recebido e afirmou que tornar o caso público foi essencial para “mudar a vergonha de lado”. Manifestantes demonstraram solidariedade à vítima, carregando cartazes com mensagens de apoio, enquanto gritavam “justiça” do lado de fora do tribunal.

Decisões e novos passos legais
A defesa de Dominique anunciou que pretende recorrer da sentença, assim como outros réus. No total, as penas aplicadas aos 51 condenados somam 428 anos de prisão, marcando um dos maiores julgamentos de violência sexual da história recente da França.

O caso é visto como um marco no combate à violência contra mulheres e reforça a necessidade de ampliar discussões sobre proteção e justiça para vítimas de crimes sexuais.

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Prefeitura dos EUA pede fim de adesivos de olhos em esculturas públicas

A prática viralizou nas redes sociais, mas gera custos com remoção e pode causar danos permanentes às obras de arte

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Nos últimos dias, esculturas espalhadas pela cidade de Bend, no estado do Oregon, nos Estados Unidos, têm sido alvo de uma intervenção inusitada: adesivos de olhos “engraçados” têm aparecido fixados em diversas obras de arte pública. A ação rapidamente viralizou nas redes sociais e gerou tanto risos quanto polêmica entre os moradores.

A prefeitura de Bend compartilhou imagens das esculturas modificadas, parte da chamada “Rota de Arte das Rotatórias”, em suas redes sociais. Entre as intervenções, destaca-se uma escultura de dois cervos com olhos adesivos e outra de uma esfera igualmente decorada. Apesar do tom descontraído da ação, os responsáveis pelos atos, apelidados de “Bandido dos Olhinhos” (Googly Eye Bandit), ainda não foram identificados.

Embora a ideia tenha conquistado simpatia de muitos moradores, a prefeitura alertou que a remoção dos adesivos exige cuidado para evitar danos às obras, algumas das quais são feitas de materiais como bronze e aço. Até o momento, a administração já gastou cerca de US$ 1.500 (aproximadamente R$ 9,3 mil) na limpeza de sete das oito peças afetadas. Uma escultura chamada “Phoenix Rising” pode, inclusive, precisar de repintura completa.

Nas redes sociais, a publicação oficial sobre o tema gerou discussões calorosas. Muitos moradores elogiaram a criatividade e a alegria trazidas pelas intervenções. “Minha filha e eu demos uma boa risada ao ver os olhos na galinha flamejante”, comentou um usuário, referindo-se ao apelido da obra “Phoenix Rising”. Outros, no entanto, argumentaram que o dinheiro gasto na remoção poderia ser investido em problemas mais urgentes, como o enfrentamento à falta de moradia.

Rene Mitchell, diretora de comunicações de Bend, explicou que, ao longo dos anos, as esculturas da cidade já foram decoradas com itens sazonais, como chapéus de Natal e guirlandas, que não são removidos. Contudo, os adesivos são tratados de forma diferente, pois podem causar danos permanentes às obras.



“Incentivamos nossa comunidade a interagir com a arte e a se divertir, mas precisamos proteger nosso acervo”, afirmou Mitchell. Ela também reforçou que a intenção da prefeitura não era adotar uma postura rigorosa, mas conscientizar os moradores sobre os impactos negativos da prática.

A história ganhou destaque nacional, chegando a ser mencionada em programas de TV como The Late Show with Stephen Colbert. Apesar da controvérsia, muitos moradores disseram esperar com entusiasmo pelas próximas intervenções criativas que possam surgir durante as festas de fim de ano.

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