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Mundo

China busca aliviar seca e cortes de energia durante onda de calor

Meta é levar mais água para a bacia do Rio Yangtze

Reuters/Direitos Reservados

A China está lutando para aliviar a escassez de energia e levar mais água para a bacia do Rio Yangtze, atingida pela seca, em meio a onda de calor recorde, implantando fundos de ajuda, semeando nuvens e desenvolvendo novas fontes de abastecimento.

Por mais de dois meses, as altas temperaturas interromperam o crescimento das plantações, ameaçaram a pecuária e forçaram as indústrias nas regiões do Sudoeste, dependentes de energia hidrelétrica, a fechar para garantir o fornecimento de eletricidade às residências.

A China alertou que enfrentará proliferação de eventos climáticos extremos nos próximos anos, à medida que tenta se adaptar às mudanças climáticas e aos aumentos de temperatura que, provavelmente, serão mais severos do que em outros lugares.

O calor extremo atual deriva de um “caso especial” de alta pressão subtropical do Pacífico Ocidental, que se estende por grande parte da Ásia, disse Cai Wenju, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisa Centífica da Austrália (CSIRO).

A província de Sichuan, no sudoeste da China, informou hoje que racionará o fornecimento de energia para residências, escritórios e shopping centers, depois de já ter determinado que produtores de metais e fertilizantes, que fazem uso intensivo de energia, reduzam as operações.

Os escritórios do governo foram solicitados a ajustar os condicionadores de ar a, no maximo, 26 graus Celsius, e a usar mais escadas em vez de elevadores, disse o Sichuan Daily, administrado pelo governo da província.

Fontes, shows de luzes e atividades comerciais após o anoitecer devem ser suspensos, acrescentou.

A escassez de energia também levou várias empresas na região de Chongqing, na fronteira com Sichuan, a anunciar que vão suspender a produção.

A energia hidrelétrica representa cerca de 80% da capacidade de energia de Sichuan, mas a diminuição dos fluxos de água no Yangtze e seus afluentes levou a uma luta para atender à crescente demanda por ar condicionado, pois as temperaturas subiram para mais de 40 graus.

A seca em toda a bacia do Rio Yangtze também está “afetando negativamente” a água potável para a população rural e o gado, bem como o crescimento das plantações, disse o Ministério de Recursos Hídricos em nota.

A pasta pediu às regiões atingidas pela seca planos para manter o abastecimento com medidas como transferência temporária de água, desenvolvimento de novas fontes e extensão de redes de tubulação.

Para aumentar o fornecimento, a barragem do Três Gargantas, maior projeto hidrelétrico da China, aumentará as descargas de água em 500 milhões de metros cúbicos nos próximos dez dias. Os fluxos de água nesta semana foram cerca de metade dos registrados um ano antes.

A província central de Hubei foi a última a anunciar um esforço para induzir chuvas, enviando aviões para disparar iodeto de prata químico nas nuvens. Outras regiões do Yangtze também lançaram programas de “semeadura de nuvens”.

A onda de calor na China durou 64 dias, tornando-se a mais longa desde que os registros completos começaram em 1961, disse a mídia estatal, citando dados do Centro Nacional do Clima.

Por: Agência Brasil

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Meta se pronuncia sobre instabilidade no whatsapp, instagram e facebook

Usuários relataram dificuldades de acesso às plataformas da Meta na tarde desta quarta-feira (11). Empresa já trabalha para solucionar o problema

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A Meta confirmou que está ciente das dificuldades enfrentadas pelos usuários de suas principais plataformas — WhatsApp, Instagram e Facebook — durante a tarde desta quarta-feira (11/12). As falhas de acesso foram detectadas a partir das 14h30 e, rapidamente, geraram relatos nas redes sociais.

Em comunicado oficial, a empresa declarou: “Identificamos um problema técnico que está afetando parte dos usuários. Estamos trabalhando para restaurar o serviço o mais rápido possível e pedimos desculpas pelo transtorno causado.”

O site Downdetector, especializado no monitoramento de serviços online, apontou que 76% dos problemas relatados no WhatsApp estão relacionados ao envio de mensagens. Dificuldades também foram registradas no login e na versão web do aplicativo.

Os relatos de instabilidade nas plataformas da Meta foram intensificados por publicações nas redes sociais, muitas delas acompanhadas de memes e comentários humorados, como já é costume em situações semelhantes.

A Meta informou que, apesar do impacto parcial, as equipes técnicas estão empenhadas para resolver o problema o mais rápido possível, garantindo o retorno à normalidade para todos os usuários.

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Saiba quem é Luigi Mangione, suspeito de assassinar CEO da UnitedHealth nos EUA

Suspeito, formado por uma universidade da Ivy League, foi preso com arma caseira e documentos falsificados após assassinato em Nova York

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Luigi Mangione

Luigi Mangione, de 26 anos, foi preso na última segunda-feira (9) em um restaurante McDonald’s na Pensilvânia, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO da UnitedHealth, a maior seguradora de saúde dos Estados Unidos.

Mangione nasceu e cresceu em Maryland, tendo também vivido em São Francisco, na Califórnia. Seu último endereço conhecido era em Honolulu, no Havaí, segundo informações de Joseph Kenny, chefe de detetives de Nova York.

Formado em ciência da computação pela Universidade da Pensilvânia, uma instituição da Ivy League, Mangione também fundou um clube de desenvolvimento de videogames. Conhecido por suas posições anticapitalistas, ele estava ligado a um manifesto que denunciava práticas do setor de saúde.

De acordo com a polícia, Mangione utilizava documentos falsificados para se hospedar em albergues e portava uma arma caseira, sem número de série, no momento de sua prisão. Ele demonstrou nervosismo e tremores ao ser abordado pelas autoridades.

O crime ocorreu em frente a um hotel de luxo em Nova York, onde acontecia uma conferência da UnitedHealth. Brian Thompson foi alvejado a tiros e, segundo a polícia, era o alvo direto do ataque.

Mangione enfrenta acusações de homicídio, porte ilegal de arma, falsificação de documentos e posse de arma não registrada. Até o momento, ele não apresentou defesa formal.

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2024 é o ano mais quente já registrado na Terra, afirma observatório europeu

O centro europeu Copernicus anunciou nesta segunda-feira (9) que 2024 será o ano mais quente já documentado na Terra, superando o recorde anterior de 2023

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Imagem - Reprodução

De acordo com os dados divulgados, novembro de 2024 foi o 16º mês, em um intervalo de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar ultrapassou 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais (1850-1900). Esse limite é considerado crucial para evitar impactos ainda mais graves no clima e na sobrevivência humana no planeta.

Embora o mês de dezembro ainda esteja em andamento, especialistas acreditam que é improvável que as temperaturas diminuam o suficiente para alterar essa tendência. Com isso, 2024 está destinado a se consolidar como o ano mais quente desde o início das medições modernas.

Clima no Brasil

No Brasil, o calor extremo intensificou os efeitos da seca, que já é considerada a mais severa e prolongada das últimas décadas. A estiagem tem atingido milhões de pessoas, especialmente na região Norte.

A temporada de chuvas, esperada para amenizar o cenário a partir de outubro, chegou atrasada em várias áreas e, quando ocorre, apresenta volumes abaixo da média histórica. Esse atraso prolonga a exposição de solos e leitos de rios, agravando os impactos da seca. Além disso, o calor intenso acelera a evaporação da pouca água disponível.

A seca também está diretamente relacionada ao aumento das queimadas ilegais, que frequentemente começam com ações de desmatamento. No Pará, por exemplo, a fumaça das queimadas tem encoberto o céu e agravado a situação em cidades como Santarém.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), em novembro, cerca de 400 municípios brasileiros enfrentavam níveis extremos ou severos de seca. A previsão para dezembro é alarmante: até 1.600 cidades podem sofrer com o fenômeno, abrangendo praticamente todas as regiões do país.

Impactos globais e eventos extremos

Além das secas, o aquecimento global tem potencializado eventos climáticos extremos. Chuvas torrenciais, como as que causaram devastação no Rio Grande do Sul, tornam-se mais intensas devido ao aumento do vapor d’água na atmosfera causado pelas altas temperaturas.

O alerta do Copernicus reforça a urgência de ações concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, que já afetam diretamente o cotidiano e a segurança de populações em todo o mundo.

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