Ipês-amarelos, roxos e brancos, quaresmeiras, sucupiras, aroeiras, copaíbas. Lírios, sálvias vermelhas e azuis, zínias, cravos, petúnias, sampatios, iresines, moreias. Anualmente, o Distrito Federal desenvolve mais de 80 espécies de flores, mais de 300 espécies de arbustos, de plantas de sombra e palmeiras, além de mais de 200 tipos de árvores – em que 60% são provenientes do cerrado. Toda a produção é coordenada pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), por meio do Departamento de Parques e Jardins (DPJ).
Tanta variedade rendeu a Brasília o título de cidade-parque. Não é para menos: existem 5,5 milhões de árvores em todo o Distrito Federal, sendo que 1,5 milhão estão no Plano Piloto. Há ainda 186 milhões de metros quadrados de grama – que são roçados a cada 30 dias -, e 650 jardins em áreas públicas e oficiais.
“Temos em Brasília uma floresta urbana que não existe em nenhum outro lugar no mundo, com índice de área verde acima de 50 metros quadrados por habitante”, afirma o chefe do DPJ, Raimundo Silva. O departamento foi criado em 1960 para a manutenção e a criação das áreas verdes da capital federal.
Em 2021, foram plantadas 1,6 milhão de novas flores. Neste ano, até outubro, foram 1,2 milhão. As ornamentações são divididas entre temporárias, que duram de quatro a seis meses, e perenes, que permanecem nos canteiros por anos. Entre as flores temporárias, estão sálvias vermelhas e azuis, zínias, cravos, petúnias; as perenes são os lírios, sampatios, iresines e moreias.
Segundo Silva, os jardins recebem combinações dos dois tipos de flores, para que haja maior versatilidade. “Queremos que os canteiros criem impactos diferentes, mesmo que a pessoa faça o mesmo caminho todos os dias, para que ela não se acostume com aquela paisagem”, explica ele.
Frutíferas, floridas e que geram sombra
Diferentemente das flores, que são plantadas semanalmente, o cultivo de árvores nas cidades segue um programa de arborização anual. A Novacap mapeia os pontos que precisam de reposição das plantas e ainda a implantação de projetos de paisagismo ao longo de 12 meses. O plantio ocorre durante o período chuvoso, entre outubro e março, para que a planta crie raízes antes da estiagem.
Para 2022/2023, está prevista a plantação de 100 mil árvores por todas as 33 regiões administrativas, sendo que 40 mil serão ipês. Entre as demais espécies, destacam-se jacarandá, fisocalina, sapucaia, flamboyant e jequitibá – todas nativas do cerrado. Em 2020/2021, foram plantadas 35 mil árvores.
Produção
As mudas são desenvolvidas em dois viveiros. O primeiro, localizado no Núcleo Bandeirante, foi fundado em 1962 e é responsável pela produção de flores, arbustos, palmeiras e plantas de sombra, em 26 hectares. O outro, no Setor de Oficinas Norte, nasceu em 1972 para o cultivo de árvores em 78 hectares. O espaço de cada um contempla áreas de produção, preservação, salas administrativas, entre outras dependências.
A chefe da Divisão de Agronomia do DPJ, responsável pelas duas unidades, Janaina Gonzáles, afirma que cada planta passa por pesquisas agronômicas e experimentos para visualizar se há adaptação às condições climáticas e de solo da capital. A partir do estudo, é feita a introdução das novas espécies.
“A pesquisa consiste em escolher as sementes que podem ser introduzidas no DF e plantá-las no viveiro ou em canteiros estratégicos, em que possamos fazer o acompanhamento e estudarmos o comportamento da muda. Se ela se desenvolver bem, adquirimos mais sementes e partimos para o plantio pelas cidades”, aponta Gonzáles.
Atualmente, são desenvolvidas mais de 600 espécies de árvores, categorizadas entre floridas, frutíferas e que geram sombra. “Cada espécie tem um desenvolvimento de raiz, copa, o porte, o tamanho do fruto, o período de frutificação, a proximidade com rede elétrica ou sistema de esgoto. Tudo é levado em conta para que a árvore não tenha que ser prejudicada depois de plantada”, explica a gestora.
“Por exemplo, em estacionamentos, não podemos plantar árvores frutíferas que podem danificar os carros. Não dá para colocar uma sapucaia, um abacateiro e nem o jambolão, que suja os veículos”, complementa ela.
O plantio de árvores em área pública deve ser autorizado pelo Departamento de Parques e Jardins. Raimundo Silva crava que 90% das árvores que caem no DF, atualmente, não foram plantadas pela Novacap. “São árvores que foram plantadas de forma aleatória pela população, em locais impróprios, com espécies inadequadas, que não tiveram as devidas orientações técnicas para o plantio, e, por isso, acabam não resistindo às intempéries das chuvas e ventanias”, alega ele.
Plantio
Todas as sementes de árvores são coletadas em matrizes catalogadas no DF e preparadas para a semeadura no Viveiro 1, por meio do beneficiamento. Depois, as sementes são reservadas em câmaras frias e expedidas para o destino final quando prontas para o plantio. O processo dura de dois a quatro anos, dependendo da espécie da árvore.
Já as flores podem ser coletadas por sementes ou por poda vegetativa, dependendo da espécie. Em seguida, ocorre o beneficiamento, transplantio, manutenção e expedição – caminho que ocupa de 30 a 60 dias.
O trabalho é executado por 56 empregados da Novacap, 12 estagiários de técnica em agropecuária e agronomia, além de 100 reeducandas da Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap). E há espaço para mais trabalhadores, já que o contrato com a instituição de amparo prisional prevê a contratação total de 200 reeducandas.
Empregado do Viveiro 1 da Novacap há 30 anos, Genival Ribeiro, 54 anos, atua no reaproveitamento de substratos e sacos plásticos que envolvem as mudas. O trabalho consiste em tentar tirar o máximo de material de cada embalagem, para que seja reutilizado em novas plantas.
Antes, ele passou pela etapa de sementeira, que é o local em que as sementes serão desenvolvidas. Genival, que é cego, revela que se sente feliz em participar de um processo tão importante para a sociedade. “Para mim, é muito gratificante; distrai a minha mente e me ajuda muito a desenvolver o tato”, conta.
O evento anual ocorre em 14.12 no Museu da República, com música, serviços sociais e atrações para toda a família
No dia 14 de dezembro, o Museu da República será palco do evento que todos os anos homenageia profissionais fundamentais para a vida de todo mundo. Além de reconhecer sua contribuição vital para a sustentabilidade e a inclusão social, o Natal dos Catadores também surge como um momento de curtir muita música boa e outras atrações para todas as idades.
A programação começa às 10h e se estende até as 22h, com Shows Musicais, Oficinas, DJ, Palhaçaria, Espaço Kids, Feira de Exposição e Espaço Social – que oferece serviços psicológicos e ações de combate à violência; Agência do Trabalhador itinerante; Carreta da Mulher, com atendimento à saúde e orientações sobre combate à violência; entrega de cestas básicas; e estande de vacinação, das 10h às 16h.
“O Natal dos Catadores é mais do que uma celebração. É uma oportunidade de reafirmar o reconhecimento e a importância do trabalho essencial que realizam em nossa sociedade. Este evento destaca a transversalidade da sustentabilidade, integrando inclusão social, preservação ambiental e valorização profissional. Somos gratos por contribuir para uma iniciativa que transforma resíduos em recursos e constroi um futuro mais verde para todos, assinala o Secretário de Estado do Meio Ambiente, Gutemberg Gomes.”
A Ceia de Natal exclusiva para catadoras e catadores acontece mais cedo, de 14h às 18h, proporcionando um momento de confraternização e celebração entre profissionais e seus familiares. Para criançada, o espaço kids vai funcionar das 10h às 18h.
Já a feira de exposição vai apresentar, das 14h às 16h, projetos universitários e de cooperativas focados em reciclagem e manejo de resíduos. Instituições como o Instituto Resolve e diversas Centrais de Catadores estarão presentes.
As atrações musicais começam às 16h, com Dj Onli, a banda Encosta Neu, o grupo feminino de samba Elas Que Toquem, o forró de Só Pra Xamegar e Forró Cobogó. Nos telões, teremos VJ Penahx, durante todo o evento.
O encontro conta com a especialíssima participação de diversas redes de catadores: Rede do Cerrado, Centcoop , Rede Alternativa, Central Centro-Oeste , Rede Candanga e Rede Unidas.
O projeto é realizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Distrito Federal, pela Secretaria de Relações Institucionais do Distrito Federal, pelo Comitê Intersetorial de Inclusão Social e Econômica dos Catadores de Recicláveis (CIISC-DF) e pelo Instituto Rosa dos Ventos, em parceria com secretarias de Trabalho, da Mulher, de Desenvolvimento e o Serviço de Limpeza Urbana.
Reconhecimento
O engenheiro florestal e diretor financeiro do Instituto Rosa dos Ventos, Everton Daniel Silva de Oliveira, destaca o reconhecimento do papel crucial que os catadores desempenham na preservação ambiental e no fortalecimento da economia circular.
“Ao promover a reciclagem e reduzir o impacto ambiental, contribuem diretamente para a conservação dos recursos naturais e para o equilíbrio de nossos ecossistemas. Este evento simboliza nosso compromisso com a sustentabilidade e a valorização de quem transforma resíduos em oportunidades para um futuro mais verde e consciente”, afirma Everton.
A presidente do CIISC-DF, Fabiana Ferreira, ressalta a importância da conscientização em relação ao trabalho desempenhado da categoria. “Será uma oportunidade para fortalecer os laços entre as cooperativas e promover reflexões sobre os desafios e conquistas do setor”, enfatiza.
Serviço:
Natal dos Catadores do Distrito Federal 2024. Data: 14 de dezembro (sábado) Local: Museu da República, Brasília, DF.
Programação:
CEIA DE NATAL
Ceia de Natal dos Catadores | 10h às 14h
● Palco Principal: 17h às 22h
○ 17h – Só pra Xamegar ○ Dj Onli ○ 18h – Encosta Neu ○ Dj Onli ○ 19h – Elas Que Toquem ○ 20h – Forró Cobogó ○ Dj Onli
● Espaço Kids | 14h às 18h
○ 14h – Bando Matilha Capoeira ○ 16h – Aipim – O palhaço das pernas de pau ○ 17h – Mestre Mandioca Frita ○ 14h às 18h – O Noel e o Mundo dos Duendes ○ 14h às 18h – Brinquedos Infláveis
● Feira de Exposição | 14h às 22h
○ Unb | Projetos Universitários e de Cooperativas sobre reciclagem e manejo de resíduos. ○ Instituto Resolve ○ Precious Plastic Brasília ○ Instituto Cultural e Social No Setor ○ Poiato Reciclagem de Bituca ○ BioCerrado ○ Papel EcoArte
● Espaço Social | 10h às 16h
– Unidade Móvel da Mulher | Atendimento Psicológico e Combate à Violência – Estande de Vacinação – Agência do Trabalhador Itinerante – Carro de Àgua da CAESB | Distribuição de água Potável – Carreta da Mulher | Atendimento à Saúde da Mulher – Estande de Cesta Básica: entrega de 80kg de alimentos, kits bucais e kit de beleza
Uma funcionária de um pet shop em Planaltina, Distrito Federal, foi indiciada pela Polícia Civil por maus-tratos que resultaram na morte de Maik, um filhote de 8 meses, durante um procedimento de tosa. O incidente aconteceu no último sábado (7/12), e a mulher deverá responder por maus-tratos com morte de animal, um crime que pode levar a uma pena de 2 a 5 anos de prisão, além de multa.
O caso começou a ser investigado após imagens de câmeras de segurança do estabelecimento, que mostraram a funcionária tratando o cachorro de maneira brusca, incluindo o momento em que o animal foi suspenso pelo pescoço, causando-lhe grande estresse. No vídeo, é possível ver que o filhote ficou preso por uma coleira na parede enquanto a tosa era realizada, o que provocou um comportamento de desconforto extremo no animal. Em seguida, o cachorro caiu da mesa e ficou pendurado pela coleira, o que agravou a situação.
De acordo com a polícia, apesar de ser recolocado, Maik não conseguiu se levantar e morreu em decorrência de um infarto, possivelmente provocado pelo estresse e pela manuseio inadequado durante o procedimento.
Repercussão e Reações
A tutora de Maik, Diana Ferreira, expressou sua profunda dor pela perda em uma publicação nas redes sociais. Segundo ela, o cãozinho foi deixado na pet shop por volta das 13h e, duas horas depois, ela recebeu a triste notícia de sua morte. Diana ainda relatou que, como tentativa de compensação, o pet shop ofereceu outro cachorro, o que ela recusou, ressaltando que não se tratava de substituir Maik, mas de responsabilizar a situação.
O caso gerou uma série de críticas nas redes sociais, com outros clientes denunciando maus-tratos e serviços insatisfatórios no mesmo estabelecimento. Alguns relataram que já haviam enfrentado problemas com a qualidade dos serviços, como ferimentos nos animais e atendimento ruim.
Posicionamento do Pet Shop
Em nota à imprensa, o pet shop Mundopet Planaltina declarou que prestou toda a assistência à tutora de Maik e negou qualquer alteração nas imagens do circuito interno. A empresa afirmou que veterinários habilitados realizaram o primeiro-socorro no animal, mas, infelizmente, não foi possível salvar o filhote.
O caso está sendo acompanhado pela 31ª Delegacia de Polícia de Planaltina, que segue com as investigações para apurar a responsabilidade da funcionária e da pet shop no ocorrido.
A FIFA anunciou que o Brasil será o país anfitrião da Copa do Mundo de Futebol Feminino de 2027, que ocorrerá de 24 de junho a 25 de julho. Este será o primeiro torneio do campeonato mundial feminino a ser realizado na América do Sul. O Brasil já foi escolhido para sediar o evento desde maio de 2023 e a competição contará com 32 equipes.
O formato de classificação para as seleções permanece o mesmo da edição de 2023. A UEFA, que representa a Europa, terá 11 equipes classificadas diretamente, enquanto a AFC (Ásia) contará com seis vagas, a CAF (África) e a Concacaf (América do Norte) terão quatro vagas cada, a Conmebol (América do Sul) terá três e a OFC (Oceania) uma vaga.
Além disso, haverá um torneio de repescagem para as três vagas restantes, com 10 equipes disputando em duas fases, entre novembro de 2026 e fevereiro de 2027.
O Brasil sediará o torneio em 10 a 12 cidades, muitas das quais foram usadas durante a Copa do Mundo de 2014. Gianni Infantino, presidente da FIFA, afirmou que este evento será histórico e terá um impacto significativo, não apenas na América do Sul, mas no futebol mundial como um todo.