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Brasil

Irmã Rosita Milesi é premiada pela ONU por sua luta em defesa dos direitos dos refugiados

Com quase 40 anos de dedicação à causa, ela lidera o Instituto Migrações e Direitos Humanos em Brasília

A religiosa e ativista brasileira Irmã Rosita Milesi / Foto: IMDH

A religiosa e ativista brasileira Irmã Rosita Milesi foi recentemente reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) pelo seu trabalho humanitário em apoio a refugiados e migrantes. Aos 79 anos, Rosita dirige o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) em Brasília e dedica quase quatro décadas de sua vida à defesa dos direitos e da dignidade de pessoas em situação de deslocamento.

O Prêmio Nansen para Refugiados, concedido pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur), homenageia anualmente indivíduos e organizações que se destacam na proteção de pessoas forçadas a deixar suas casas. Neste ano, Irmã Rosita foi uma das cinco mulheres homenageadas globalmente, ao lado de outras quatro ativistas reconhecidas regionalmente.

Rosita, membro da Congregação das Irmãs Scalabrinianas, formou-se em direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) e possui um mestrado em migração e refúgio pela Universidade Pontifícia Comillas, na Espanha. Desde 1989, ela tem se dedicado a causas relacionadas à migração, com um foco especial nos refugiados durante a década de 1990. Em 1999, fundou o IMDH, onde atua como diretora e também é membro do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Sou inspirada pela crescente necessidade de ajudar, acolher e integrar refugiados. Não tenho medo de agir, mesmo que não alcancemos tudo o que queremos. Se assumo algo, vou virar o mundo de cabeça para baixo para fazer acontecer”, declarou Irmã Rosita.

Além de seu trabalho direto com refugiados, Rosita coordena a RedeMir, uma rede nacional composta por cerca de 70 organizações que buscam fortalecer a solidariedade entre pessoas em deslocamento e as comunidades que as acolhem. Sua capacidade de persuasão e envolvimento político foi crucial na elaboração da Lei Brasileira de Refugiados de 1997, garantindo que a legislação protegesse e empoderasse pessoas deslocadas, conforme os padrões internacionais. Ela também foi fundamental na mobilização de parlamentares para a criação da Lei de Migração de 2017 no Brasil.

O Prêmio Nansen será entregue em uma cerimônia que ocorrerá em Genebra, na Suíça, no próximo dia 14 de outubro, às 14h30 (horário de Brasília). Este ano marca um reconhecimento especial do papel das mulheres em contextos humanitários, destacando sua contribuição essencial na busca de soluções para a proteção e integração de pessoas deslocadas em todo o mundo.

As outras quatro premiadas regionalmente incluem:

  • Maimouna Ba (África): Activista que ajudou mais de 100 crianças deslocadas a retornarem à escola e capacitou mais de 400 mulheres a alcançarem independência financeira.
  • Jin Davod (Europa): Empreendedora social que criou uma plataforma online para conectar sobreviventes de traumas a terapeutas licenciados, oferecendo suporte gratuito de saúde mental.
  • Nada Fadol (Oriente Médio e Norte da África): Refugiada sudanesa que mobilizou ajuda para centenas de famílias que fugiram para o Egito em busca de segurança.
  • Deepti Gurung (Ásia-Pacífico): Activista que lutou por reformas nas leis de cidadania do Nepal, assegurando um caminho para a cidadania de suas filhas e de milhares de apátridas.

Este prêmio é um testemunho do impacto significativo que o trabalho humanitário pode ter na vida de pessoas em situação vulnerável e a importância de apoiar e reconhecer esses esforços em nível global.

Brasil

Coxinha causa susto ao explodir na boca de cliente em bar de Curitiba

Queimaduras superficiais e um grande susto: cientista explica o que pode ter causado o incidente

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Um cliente de um bar em Curitiba teve uma experiência inesperada e, por certo, dolorosa ao dar a primeira mordida em uma coxinha de frango que explodiu em sua boca. O incidente foi registrado por uma câmera de segurança e, nas imagens, é possível ver pedaços da coxinha voando por todo o estabelecimento, deixando o cliente com queimaduras leves no rosto.

Christian de Souza Amaral, dono do bar, descreveu o momento como “surreal” e comentou sobre o barulho da explosão, comparando-o ao som de um pneu estourando. Ele ainda ressaltou que o vapor da coxinha foi liberado de forma violenta, atingindo o balcão, o teto e até a pia do local.

A coxinha havia sido preparada como de costume, com a fritura recém concluída. Segundo o proprietário, o cliente estava no bar quando pediu a coxinha, que estava quente e foi servida pouco depois de ter sido retirada da fritura.

O cliente retornou ao bar no dia seguinte, informando que estava bem, com apenas queimaduras superficiais, e agradeceu pela atenção recebida.

A cientista Laura Marise, especialista em biociências, sugeriu que o incidente tenha ocorrido devido a um bolsão de ar preso dentro da coxinha. Esse ar, quando aquecido durante a fritura, pode ter causado uma pressão interna que, ao ser liberada na mordida, provocou a explosão.

Em um alerta de segurança, o chef Rui Morschel aconselhou que, para evitar queimaduras, as pessoas abram a coxinha antes de comer, deixando o vapor sair, assim como já é feito com pastéis.

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Brasil

Panetone no bafômetro: Delegado realiza teste e revela resultado surpreendente

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Imagem reproduzida nas redes sociais da página do Detran de Goiás

O Detran de Goiás (Detran-GO) emitiu um alerta sobre o consumo de panetone e seu impacto no teste do bafômetro, informando que, embora o alimento contenha álcool, o efeito no teste é temporário. O órgão destacou que o álcool presente no panetone não é absorvido pelo organismo, ficando apenas na boca, e que o teste de bafômetro normalmente não apresenta resultados positivos após dois minutos.

O alerta gerou curiosidade, e o Delegado Waldir, como parte de uma demonstração, decidiu comer o panetone e realizar o teste do bafômetro. Inicialmente, o etilômetro registrou 0,23 mg/l. Em seguida, o delegado bebeu água e soprou novamente, obtendo o resultado de 0 mg/l.

Segundo a legislação de trânsito, um resultado entre 0,05 mg/l e 0,33 mg/l é classificado como infração gravíssima, enquanto níveis iguais ou superiores a 0,34 mg/l configuram crime de trânsito. O Detran destacou que o teste realizado no delegado mostra como o efeito do panetone no teste é de curta duração e não é suficiente para causar uma infração ou crime, desde que o motorista não tenha ingerido bebidas alcoólicas.

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Política

Empresa de fachada em terra indígena recebe R$ 1 milhão do governo Lula

Contrato com empresa suspeita foi rescindido após indícios de irregularidades; pagamento inicial era de R$ 12,8 milhões

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Ministério da Saúde

Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde repassou R$ 998 mil para uma empresa suspeita de ser de fachada. A companhia foi contratada de maneira emergencial para prestar serviços administrativos e de recepção no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá/Norte do Pará (Dsei AMP).

O contrato original era de R$ 12,8 milhões, com duração de 12 meses, mas foi rescindido devido a irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação revelou que a empresa contratada, S R de Oliveira (nome fantasia Marjo Soluções), foi criada recentemente e tem apenas quatro funcionários. A dona da empresa é Sandra Rodrigues de Oliveira, uma faxineira que já trabalhou em outra empresa prestadora de serviços para o Dsei AMP.

A S R de Oliveira foi registrada em março de 2022 no bairro Trem, em Macapá (AP), e chamou a atenção pelo número reduzido de funcionários. O contrato emergencial, que deveria fornecer 131 auxiliares administrativos e 12 recepcionistas, não correspondia à quantidade de pessoal real da empresa.

Além disso, o TCU identificou irregularidades no processo de licitação, destacando que 24 das 27 empresas concorrentes foram desclassificadas antes da fase de lances, dificultando a apresentação de recursos.

Embora o TCU tenha arquivado o processo após a rescisão do contrato, abriu uma investigação separada para apurar a possibilidade de a S R de Oliveira ser, de fato, uma empresa de fachada.

Até o fechamento desta matéria, o Ministério da Saúde e a empresa não haviam se manifestado sobre o caso.

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