Como é feita a goma de mascar?

Sabe o chicletinho rosa que você sempre compra com o troco do pão ao ir à padaria? Já parou para pensar como essa gominha de mascar é feita? Se a resposta foi não, você irá descobrir agora, no web storie “Você sabia?” do O Panorama.

A primeira vista, parece que apesar de pequena, a borrachinha comestível requer vários ingredientes para ficar na consistência que todos conhecem, não é mesmo? Mas a verdade é que para fazer o chiclete, são necessários apenas três ingredientes:  açúcar, glucose de milho e a goma-base.

Como ou de onde surgiu o chiclete?

Não se sabe ao certo de onde ou como surgiu o chiclete. As histórias que cercam a guloseima são bastante controversas e, ao mesmo tempo, parecidas, no entanto, até os dias atuais, não foi definido o precursor da iguaria. Segundo pesquisadores, como o sueco Bangt Nordqvist (1993), por exemplo, o  hábito de mascar gomas surgiu entre os índios da Guatemala, que mascavam resina extraída de uma árvore denominada chicle, cuja finalidade era estimular a salivação. 

Alguns autores defendem que o chiclete foi criado pelos Maias, que mascavam uma goma criada a partir do látex que escorria de uma árvore conhecida como Sapota Zapotilla. Outros afirmam que a goma de mascar teve origem na Grécia antiga, onde era comum mastigar a resina de uma árvore chamada Mastiche para lavar os dentes e eliminar o mau hálito.

Apesar de não sabermos de fato a origem do chiclete, é certo que a produção do doce o qual conhecemos hoje, teve início com Antônio López (presidente e general mexicano) na década de 1860, que trouxe para América do Norte uma resina cremosa (látex) que denominou de ‘chicle’.

Industrialmente, a produção do chiclete iniciou-se em 1872, quando o norte-americano Thomas Adams, Jr. , transformou a resina cremosa em pastilhas elásticas e iniciou a venda de pedaços de cera parafinada com alcaçuz.

Inicialmente, os chicletes eram feitos com resinas naturais. Devido à popularidade, aumento do consumo e variedades da iguaria, as fabricantes d tiveram de procurar novos produtos que substituíssem as resinas naturais. Em vista disso, passaram a usar novos ingredientes derivados do petróleo, como: resinas e parafinas. 

Agora que você já conhece a história do chiclete, vamos para a receita propriamente dita. Veja o passo a passo. 

A goma-base, feita por meio da resina e parafina, produtos derivados do petróleo, é o principal ingrediente da guloseima, responsável por dar consistência ao doce. Além disso, são usadas também pequenas porções de açúcar ou adoçante, xarope de glicose, corantes e aromatizantes para dar sabor a goma.

O açúcar usado na fabricação do chiclete é diferente do qual conhecemos. Este é pulverizado até ficar mais fino que o açúcar de confeiteiro. O xarope de glicose com o açúcar pulverizado, servem para adoçar e deixar o  chiclete pegajoso e macio. Em um caldeirão, a goma-base é derretida a 90 °C e misturada com os ingredientes citados anteriormente, os quais ficam em um processo de mistura por cerca de 25 minutos.

Depois de feita a mistura, a massa passa a ganhar forma, ou seja, aquele formato que encontramos nos mercados e padarias. Já no caso das gomas mais volumosas, estas passam pelo processo de extrusão, método que consiste em passar a massa por um buraco, de modo a modela-la em um formato especifico. 

Lembra do Bubbaloo? Estes tipos de chicletes que possuem receio liquido (feito de xarope de glicose colorido e aromatizado artificialmente), é na fase de extrusão que ele é colocado. A medida que a massa é empurrada, o líquido é injetado na goma.

Ao passar pela extrusora, a goma ainda está quente e mole. Sendo assim, o passo seguinte é resfriar a massa. Para isso, ela é deixada em bandejas e mantida a 15 °C por 24h. Depois desse período, as gomas são cortadas sem perder a forma e polvilhadas com açúcar de confeiteiro para não grudarem.

No fim de todo o processo, uma máquina corta as folhas de embalagens, outra embrulha o doce e uma terceira fecha a embalagem. Por ser tudo automatizado, por minuto é produzido cerca mil unidades. 

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