Hércules e Jiló no mundo da matemática: concepção e desenvolvimento de um software, de apoio à educação matemática em uma perspectiva inclusiva. Esse é o título de um projeto da Faculdade de Educação (FE) da Universidade de Brasília (UnB), desenvolvido com o fomento da Fundação de Apoio à Pesquisa (FAP-DF) e o apoio logístico da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que resultou em um jogo para apoiar o ensino lúdico e inclusivo de matemática. Em 26 de outubro ficaram prontas as mil cópias da ferramenta em CD que serão entregues às escolas públicas com turmas de alfabetização e às classes hospitalares do DF. O jogo já está disponível para uso e download gratuitos no site.
O jogo
A história de Hércules, uma criança em busca de conhecimento, e seu fiel amigo, o cão Jiló, nasce no ano de 2000. É quando os professores da FE-UnB Amaralina Miranda de Souza – coordenadora do atual projeto, por ocasião dos seus estudos de doutorado – e Gilberto Lacerda dos Santos perceberam a necessidade de formular uma proposta que pudesse viabilizar práticas didático-pedagógicas mais inclusivas, dinâmicas e colaborativas. O intuito seria possibilitar que o professor enxergasse a capacidade de aprendizado em todas as crianças e favorecesse todas as formas e estilos de aprendizagem, considerando-se necessidades e especificidades de cada estudante.
Como ocorreu o desenvolvimento
À época, os docentes propuseram e obtiveram o apoio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e da Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) e construíram o software Hercules e Jiló, voltado para o apoio ao ensino de Ciências Naturais para todas as crianças em fase de alfabetização. Distribuído às escolas públicas, esse software teve uma grande receptividade junto às escolas e foi premiado pelo Ministério da Educação, em 2000, como “Objeto de Aprendizagem”.
Nessa mesma perspectiva, e para a concepção de Hércules e Jiló no mundo da matemática, integrou-se à equipe o professor Cristiano Alberto Muniz, também da FE-UnB, e o apoio da FAPDF. A pesquisadora Amaralina explica que, além de todo o processo de planejamento e concepção dos jogos, a construção do software inclusivo integrou avaliações de professores especialistas da área de educação especial e inclusiva. O processo também incluiu a aplicação do Hércules e Jiló em turma de alfabetização com estudantes com necessidades educacionais específicas, cujos resultados foram analisados pela equipe do projeto e indicaram a necessidade de diversas mudanças.
“Diante dos avanços da tecnologia, o grupo precisou aprimorar a iniciativa de diversas formas para potencializar as suas dimensões lúdicas e pedagógicas, com vistas a favorecer a aprendizagem matemática de forma colaborativa e inclusiva”, destaca Amaralina.
Novos projetos
Assim, com base na estrutura seguida de dez jogos para exploração lúdico-pedagógica, foram planejados e construídos cinco novos jogos virtuais: o Jogo dos Pratinhos, o Jogo Resta Mais, o Monta Buquê, o Passa Passa e o Jogo dos Porquinhos. Também foram construídos os cinco Jogos Concretos, utilizados em abordagens pedagógicas inclusivas: Jogo do Dominó, Jogo do Bingo, Jogo do Boliche, Jogo da Memória e o Jogo da Vendinha.
O objetivo da prática dos jogos
Os jogos virtuais (programados para computador) e os jogos concretos (programados para serem montados no computador e jogados fora dele) foram construídos com o objetivo de promover situações de aprendizagens no contexto da educação matemática, de forma dinâmica, criativa e colaborativa. Para tanto foram elaborados e integrados ao software textos orientadores para apoiar o professor no uso do software.
Em um processo interativo e intuitivo, os jogos apresentam a aprendizagem de conceitos matemáticos básicos, como as operações matemáticas e noções de espaço e ordem. Também abordam questões como compreensão do agrupamento, quantificação discreta, correspondência entre quantidade e símbolo numérico e regras e estruturas do sistema decimal, bem como o valor do numeral de acordo com seu posicionamento.
“Para além do jogo em si, com o software o professor tem a liberdade de criar e conduzir ações pedagógicas variadas que atendam às demandas dos alunos, porque o princípio mais importante a se considerar nesse processo é que: cada aluno aprende do seu jeito e no seu tempo, que é importante que o professor o explore de forma diversificada e lúdica para que o aluno realize o seu processo de aprendizagem. Entendemos que esse seja o diferencial dos jogos”, acrescenta a coordenadora.
O programa possui uma interface muito intuitiva e visual, o que permite fácil exploração por parte das crianças, além de um recurso de voz que orienta cada passo do jogador e se apresenta também como um interessante recurso lúdico pedagógico para funcionar como apoio ao professor. Assim, planejado com intencionalidade, o método funcionará como facilitador da construção de aprendizagens fundamentais da matemática.
Mais de 15% da população indígena do Brasil é analfabeta, aponta Censo 2022 do IBGE / Foto: Divulgação
De acordo com os dados do Censo 2022 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) nesta sexta-feira (4), mais de 255 mil indígenas brasileiros são analfabetos, representando 15,05% da população indígena total no país. Este percentual revela uma situação preocupante, especialmente ao se considerar que a taxa de analfabetismo entre os indígenas é mais que o dobro da média da população brasileira, que foi de 7% em 2022.
O levantamento mostrou que, no total, 1.694.836 pessoas se identificavam como indígenas no Brasil em 2022. O analfabetismo foi definido pelo IBGE como a incapacidade de ler ou escrever pelo menos um bilhete simples no idioma que o indivíduo conhece.
Quando o foco é exclusivamente a população residente em Terras Indígenas, a situação é ainda mais alarmante: a taxa de analfabetismo sobe para 20,8%. Apesar desse panorama desafiador, os dados também indicam um crescimento na taxa de alfabetização entre os indígenas desde a pesquisa anterior, realizada em 2010. A taxa de analfabetismo entre essa população diminuiu de 23,4% para 15,05% em um período de 12 anos. Nas Terras Indígenas, o índice passou de 32,3% para 20,8%.
A pesquisa revela ainda que a proporção de analfabetismo é mais alta entre os mais velhos e entre as mulheres. Em 2022, 42,88% dos indígenas com 65 anos ou mais foram considerados analfabetos, enquanto a taxa para aqueles entre 60 e 64 anos foi de 29,21%. A menor taxa de analfabetismo, por sua vez, foi registrada entre os jovens de 18 a 19 anos, com apenas 5,5% não alfabetizados.
Em termos de gênero, 14,32% dos homens indígenas não sabiam ler ou escrever, enquanto o percentual entre as mulheres indígenas é um pouco maior, chegando a 15,74%. Esses dados ressaltam a necessidade de políticas públicas voltadas para a educação e inclusão da população indígena no Brasil, visando a redução do analfabetismo e a promoção da equidade social.
Hoje, sexta-feira (16), encerra-se o prazo de inscrição para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2023. O exame será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Os interessados em participar ainda têm a oportunidade de se cadastrar na Página do Participante. É importante ressaltar que a taxa de inscrição no valor de R$ 85 deve ser paga até o dia 21 de junho.
O edital contendo o cronograma e as diretrizes para o Enem 2023 foi divulgado no início deste mês. Além de fornecer informações sobre as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários e as obrigações dos participantes, incluindo as situações em que um candidato pode ser eliminado.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos para pessoas que necessitam de cuidados especiais durante a realização do exame.
Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro, no portal do Inep. Já os resultados individuais serão divulgados em 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.
A partir desta segunda-feira (5), os estudantes interessados em participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão realizar suas inscrições. O certame está programado para ocorrer nos dias 5 e 12 de novembro, e o prazo para se cadastrar na Página do Participante se estenderá até o dia 16 de junho. É importante ressaltar que a taxa de inscrição é de R$ 85 e deve ser quitada até o dia 21 de junho.
O edital do Enem 2023, contendo o cronograma completo e as regras para a realização do exame, foi divulgado no início deste mês. Além de apresentar as datas e horários das provas, o documento detalha os documentos necessários para a inscrição e as responsabilidades do participante, incluindo as circunstâncias que podem levar à sua eliminação.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep) também incluiu no edital critérios para a correção das provas e procedimentos especiais para candidatos que necessitam de cuidados especiais durante o concurso.
Os gabaritos das provas objetivas serão disponibilizados no dia 24 de novembro no portal do Inep. Já os resultados individuais estão previstos para serem divulgados no dia 16 de janeiro de 2024, também no mesmo site.
Com a abertura das inscrições, é essencial que os estudantes se preparem adequadamente para esse importante desafio educacional, que pode abrir portas para o ingresso no ensino superior. Fiquem atentos aos prazos e boa sorte a todos os participantes do Enem 2023!