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Mundo

Ataques a agentes humanitários tiveram alta recorde em 2019, diz entidade

Foto: REUTERS/Jose Cabezas

Agentes humanitários sofreram o número recorde de 277 ataques graves em todo o mundo no ano passado, disse uma organização humanitária de pesquisa independente nesta segunda-feira, e os profissionais de saúde que reagem a crises enfrentaram um pico de episódios de violência fatal.

Um total de 483 agentes humanitários foram assassinados, sequestrados ou feridos em 2019, mostraram dados da Humanitarian Outcomes, a cifra mais alta desde o início de seus registros, em 1997.

“A capacidade de ajudar civis vulneráveis em sua hora de maior necessidade é um sinal de civilização; é um direito sob a lei internacional”, disse Jan Egeland, secretário-geral do Conselho Norueguês para Refugiados, em reação às cifras.

“Mas estamos vendo um número crescente de colegas assassinados, raptados, feridos… se os agentes humanitários não forem protegidos, as ações assistenciais vacilarão.”

Embora as baixas tenham aumentado no geral, a quantidade de agentes humanitários assassinados diminuiu ligeiramente dos 131 do ano anterior para 125, de acordo com os dados, que se baseiam em registros públicos, organizações de segurança e grupos humanitários.

Os profissionais de saúde representaram mais de 40% das fatalidades, uma cifra mais alta do que a registrada em qualquer ano anterior, segundo uma análise do “Relatório sobre a Segurança de Agentes Humanitários”, que deve ser publicado até o final deste mês.

Agentes de saúde foram visados repetidamente na Síria, identificada como a nação mais violenta para agentes humanitários – foram 47 ataques e 36 mortes no ano passado.

Eles também sofreram um aumento da violência na República Democrática do Congo, que testemunhou a maior elevação de ataques contra agentes humanitários.

Mais da metade dos 27 incidentes violentos relatados no Congo em 2019 foram cometidos contra profissionais de saúde que reagiam ao surto de Ebola no país, disse a Humanitarian Outcomes.

Seu relatório apontará como o setor humanitário está se adaptando aos riscos representados por grandes epidemias.

Até agora, porém, houve pouco sinal de qualquer crescimento da violência em relação à pandemia de Covid-19, disse Abby Stoddard, parceira da organização de pesquisa e consulta.

Por Sonia Elks – Reuters

Mundo

Putin desafia Tribunal de Haia e visita país que deveria prendê-lo

Apesar das críticas internacionais, a Mongólia o recebeu com honras de chefe de Estado

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Foto:Divulgação

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, chegou à Mongólia nesta segunda-feira (2/9) para uma visita oficial, desafiando o mandado de prisão emitido pelo Tribunal de Haia em março de 2023. Esta é a primeira vez que Putin viaja para um país que, teoricamente, deveria cumprir a ordem da Corte Internacional.

Apesar do mandado de prisão em vigor, a Mongólia acolheu Putin com honras de chefe de Estado. Durante sua estadia de dois dias, o presidente russo participará de reuniões bilaterais e assinará documentos com o governo mongol.

O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia pediu publicamente que as autoridades mongóis cumpram o mandado de prisão e entreguem Putin ao Tribunal Penal Internacional. A União Europeia também expressou seu desejo de ver a decisão respeitada.

No entanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, minimizou as preocupações, afirmando que o governo russo não está preocupado com a execução do mandado e que mantém um “diálogo maravilhoso” com a Mongólia.

Putin já havia demonstrado cautela em participar de eventos internacionais, como a cúpula dos Brics em agosto de 2023 na África do Sul. O Kremlin ainda não descartou a possibilidade de sua presença na próxima cúpula do G20, marcada para novembro no Brasil.

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Identificação do homem congelado em caverna dos EUA resolve mistério de quase 50 anos

A descoberta foi feita graças à investigação detalhada de um detetive que revisitou arquivos antigos, e não por tecnologia moderna

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Foto: Rede social

O enigma que envolvia o corpo congelado encontrado em uma caverna na Pensilvânia em 1977 foi finalmente solucionado, após quase cinco décadas. O Gabinete do Médico Legista do Condado de Berks identificou os restos mortais como pertencentes a Nicholas Paul Grubb, um jovem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.

Curiosamente, a tecnologia moderna não foi responsável por resolver o caso do “Pinnacle Man”, nome inspirado no pico das Montanhas Apalaches próximo ao local onde Grubb foi encontrado. De acordo com o médico legista do condado, John Fielding, o avanço na identificação foi resultado do trabalho de um detetive da Polícia Estadual da Pensilvânia, que fez uma descoberta crucial ao revisar arquivos antigos.

Em 16 de janeiro de 1977, caminhantes encontraram o corpo congelado de um homem em uma caverna situada abaixo do Pinnacle, em Albany Township. Durante a autópsia, não foi possível identificar o homem por sua aparência, vestuário ou pertences, conforme relatado por George Holmes, vice-legista chefe do Condado de Berks.

Holmes também revelou que a causa da morte foi uma overdose de drogas, e não havia indícios de trauma no corpo de Grubb que sugerissem crime. Embora registros dentários e impressões digitais tenham sido coletados durante a autópsia, as impressões digitais foram perdidas com o tempo.

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Ministro Alexandre de Moraes convoca 1ª Turma do STF para analisar suspensão da rede social X

O STF, liderado por Alexandre de Moraes, inicia julgamento para decidir sobre a suspensão da rede social X no Brasil

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Foto: Divulgação

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou a 1ª Turma da Corte para um julgamento virtual que decidirá sobre a suspensão da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil. A sessão começará à meia-noite desta segunda-feira (2) e terá duração de 24 horas, com a participação dos ministros Luiz Fux, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Carmen Lúcia, além de Moraes.

A suspensão da plataforma foi implementada pelas operadoras de internet no país na madrugada de sábado (31), após Moraes determinar o bloqueio da rede social. A decisão foi tomada devido à falta de resposta do proprietário da plataforma, Elon Musk, ao prazo de 24 horas estipulado pelo ministro para que fosse indicado um representante legal do X no Brasil.

O contexto da decisão remonta ao fechamento do escritório da empresa no Brasil, anunciado por Musk em 17 de agosto, em meio a acusações de ameaças por parte de Moraes. A suspensão também está relacionada ao não cumprimento de ordens anteriores do STF, incluindo a determinação para bloquear perfis de investigados em um inquérito da Polícia Federal sobre obstrução de investigações de organização criminosa e incitação ao crime.

Este julgamento ocorre em um ambiente de crescente tensão entre as ordens judiciais brasileiras e as práticas de moderação de conteúdo do X, com implicações significativas para o funcionamento da rede social no país.

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