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Pastor acusado de liderar rede de golpes milionários é preso no Tocantins

A polícia prendeu, nesta quinta-feira (21), o pastor Osório José Lopes Júnior, acusado de aplicar golpes em mais de 50 mil vítimas no Brasil

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Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Tocantins prendeu nesta quinta-feira (21/9) o pastor Osório José Lopes Júnior, um dos líderes de uma organização criminosa que aplicava golpes milionários em mais de 50 mil pessoas no Brasil e no exterior. O religioso é investigado por crimes como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e estelionatos por meio de redes sociais.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), que coordenou a ação em conjunto com a Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT), o pastor usava sua influência e carisma para convencer as vítimas a investir altas quantias em dinheiro com a promessa de receberem retornos financeiros exorbitantes. Ele se valia de passagens bíblicas e de uma oratória afiada para reforçar um discurso de fé e prosperidade.

As vítimas eram captadas por meio de grupos no Telegram, onde o pastor divulgava seus supostos projetos e títulos financeiros. A maioria dos compradores eram fiéis de igrejas evangélicas, além de parentes e amigos próximos ao pastor. Em apenas um dos grupos criados no aplicativo, há cerca de 8 mil “clientes”.

Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, contou à coluna que conheceu o negócio oferecido pelo pastor por meio de um amigo, que investiu R$ 80 mil esperando receber entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. “Eu investi pouco, cerca de R$ 1 mil. A transferência foi por Pix, direto para a conta do pastor”, disse.

O pastor Osório José Lopes Júnior já responde a uma série de processos por estelionato em vários estados do país. Em março de 2022, a Justiça de Goiás negou o pedido de prisão preventiva do religioso, considerando que as acusações contra ele já estavam sendo analisadas pelo Judiciário paulista. Em São Paulo, ele foi denunciado pelo Ministério Público por prometer R$ 2 quatrilhões a uma vítima e teve seus canais no YouTube bloqueados pela Justiça.

O pastor nega as acusações e diz ser inocente. Ele afirma que seus projetos são legítimos e que as vítimas receberão seus valores assim que os títulos estiverem prontos para ser resgatados. Ele alega ainda que está sendo perseguido por pessoas que querem prejudicar seu ministério.

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