Nas últimas 24 horas, a Faixa de Gaza foi palco de ataques aéreos israelenses que resultaram na morte de 18 pessoas, incluindo oito crianças, de acordo com autoridades palestinas. Esses bombardeios ocorreram após o grupo Hamas rejeitar novas condições propostas por Israel para um cessar-fogo.
Entre as vítimas estavam uma mãe e seus três filhos, um homem e três mulheres, além de várias crianças menores de três anos. Os ataques atingiram áreas como o bairro de Tufah e a cidade de Khan Yunis. Os bombardeios causaram destruição significativa, deixando famílias desabrigadas e aumentando o número de feridos.
O governo israelense afirmou que suas ações têm como objetivo atingir alvos militares e minimizar as baixas civis. No entanto, autoridades palestinas e grupos de direitos humanos acusam Israel de usar força desproporcional, afetando diretamente a população civil. Em resposta, Israel destacou que o Hamas está usando áreas residenciais como escudos humanos, dificultando a distinção entre alvos militares e civis.
Sirenes e Explosões no Norte de Israel
Enquanto a situação em Gaza se agrava, o norte de Israel também enfrenta uma escalada de tensão. Sirenes de alerta soaram e explosões foram ouvidas em várias áreas, enquanto o sistema de defesa Iron Dome interceptava mísseis lançados do sul do Líbano. O exército israelense recomendou que a população evitasse aglomerações e só saísse de casa se pudesse acessar rapidamente abrigos antiaéreos. A mídia local relatou danos em algumas residências no norte de Israel devido aos ataques.
No sul do Líbano, aproximadamente 40 ataques aéreos israelenses atingiram diversas cidades, em um dos bombardeios mais intensos desde o início do conflito em outubro do ano passado. A fonte de segurança libanesa confirmou a magnitude dos ataques, que resultaram em várias vítimas e danos significativos à infraestrutura local.
Rejeição de Cessar-Fogo e Dificuldades nas Negociações
A escalada na violência também é marcada pela recente rejeição pelo Hamas das novas condições de cessar-fogo apresentadas por Israel. As negociações, mediadas por Estados Unidos, Egito e Catar, visavam alcançar um acordo que poderia pôr fim ao conflito em Gaza. O Hamas argumentou que as condições propostas eram inaceitáveis e não atendiam às suas demandas principais, incluindo a retirada completa das tropas israelenses e a garantia de um cessar-fogo duradouro.
A situação é ainda mais complicada pelo fato de que as negociações estão estagnadas há meses, sem avanços significativos para resolver a crise ou liberar os reféns capturados pelo Hamas. O impasse continua a atrair a atenção internacional e a pressão para encontrar uma solução pacífica ao conflito.