Dados recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam uma mudança significativa no perfil habitacional do Brasil nos últimos anos. A pesquisa mostra que 72,7% dos brasileiros, equivalente a 146,9 milhões de pessoas, vivem em imóveis próprios, um número que representa uma queda de 3,3% em comparação a 2010, quando essa taxa era de 75,2%.
Em contrapartida, o número de pessoas morando de aluguel registrou um crescimento de 27,4% entre 2010 e 2022. Atualmente, cerca de 42,2 milhões de brasileiros (20,9% da população) residem em domicílios alugados, percentual superior ao registrado em 2010, de 16,4%.
Perfil da ocupação habitacional
Entre os 72,5 milhões de domicílios particulares permanentes no Brasil, 71,3% são próprios. Desse total:
- 63,6% já foram pagos, herdados ou doados;
- 9,1% ainda estão sendo financiados.
Os imóveis alugados correspondem a 22,2% do total, enquanto outros formatos de ocupação, como domicílios cedidos ou emprestados, abrangem 5,6% da população.
Destaques regionais e estaduais
A pesquisa também expôs diferenças regionais:
- O Norte tem o maior percentual de casas próprias (72,1%) e o menor de imóveis alugados (14,9%).
- O Centro-Oeste registra a menor taxa de imóveis próprios (51,7%) e a maior de alugados (26,7%).
Entre as unidades da federação, o Maranhão lidera com o maior percentual de domicílios próprios (78,9%), enquanto o Distrito Federal apresenta o maior índice de moradores em imóveis alugados (30,1%).
Esses dados refletem as transformações econômicas e sociais no Brasil, evidenciando desafios relacionados à moradia e às condições de acesso a imóveis próprios.