Um evento carnavalesco em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, gerou grande repercussão neste domingo (26/1). Durante o “Bloco da Laje”, intitulado “Carnaval Sublime”, uma performance retratou Jesus Cristo em um striptease, removendo a roupa até ficar com uma tanga fio-dental. A cena foi acompanhada pela marchinha que dizia: “Vamos tirar, vamos tirar, vamos tirar Jesus da cruz.”
O folião, após descer da árvore onde encenava, foi carregado nos braços da multidão. As imagens do ato circularam nas redes sociais, despertando críticas e indignação. Entre as reações, internautas apontaram a suposta participação de uma ex-professora da Unisinos, universidade privada de tradição jesuíta, na divulgação do vídeo.
A página oficial da instituição foi alvo de diversos comentários pedindo providências. “Exigimos retratação da professora deste instituto que desrespeitou o cristianismo”, afirmou uma usuária. Outro internauta completou: “Meu sobrinho sairá da faculdade, pois nossa família não compactua com atitudes desrespeitosas.”
Nota oficial da Unisinos
Em resposta, a universidade se posicionou na segunda-feira (27/1), esclarecendo que a suposta docente já não fazia parte de seu quadro de professores. A íntegra da nota enfatizou a importância da apuração das informações antes de qualquer acusação.
“Atenta às manifestações nas redes sociais que atribuem a publicação de um vídeo como de autoria de uma professora da Unisinos, a Universidade vem a público informar que a postagem foi realizada por uma pessoa que não faz mais parte do seu quadro de docentes.
Sendo Jesuíta, a Unisinos tem como uma de suas finalidades a assistência social à difusão da fé e ética cristãs preconizadas pelas diretrizes da Companhia de Jesus. A Universidade se manifesta contrária a qualquer forma de exposição que se configure como intolerância religiosa e reafirma sua dedicação a princípios que norteiam sua missão: fé, justiça e serviço à sociedade.”
Esclarecimentos adicionais
A Unisinos informou ainda que a profissional mencionada pelos internautas já havia deixado a instituição há mais de um ano. Além disso, reforçou seu repúdio a atitudes de intolerância e à disseminação de informações falsas nas redes sociais, destacando que tal prática constitui crime.
A polêmica gerada pelo evento demonstra o impacto de manifestações culturais na sociedade e reacende o debate sobre liberdade de expressão e respeito às crenças religiosas.