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Bolsonaro barra acordo de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac

Para o governador de SP, João Doria, o presidente deve avaliar apenas a eficácia da vacina, e não apenas a origem

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, através das redes sociais, que o Brasil não vai importar a CoronaVac da China contra a Covid-19. A declaração aconteceu nesta quarta-feira (21), um dia após o Ministério da Saúde anunciar a importação de 46 milhões de doses da CoronaVac. A vacina em questão está sendo desenvolvida pela companhia biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

A CoronaVac está na 3ª e última etapa de testes. De acordo com o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, a segurança está totalmente comprovada. Contudo, resta ter certeza sobre a eficácia da vacina.

Ao barrar o acordo entre o Ministério da Saúde e a farmacêutica chinesa, Bolsonaro justificou, se referindo à CoronaVac, que “Qualquer vacina, antes de ser disponibilizada à população, deverá ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa”.

A farmacêutica chinesa fez um acordo com o governo de São Paulo para disponibilizar 6 milhões de doses prontas da CoronaVac e outras 40 milhões que o Instituto Butantan deve finalizar no país. Além disso, a empresa também vai fornecer a transferência da tecnologia de produção das vacinas para o Butantan.

Doria rebate

Após postagem do presidente Jair Bolsonaro no Facebook, o governador de São Paulo, João Doria, declarou nesta quarta-feira, em coletiva de imprensa no Senado Federal, que “não devemos avaliar a origem da vacina, mas sua eficácia”.

A afirmação de Doria veio após um jornalista o questionar sobre o governo cancelar o acordo firmado com a farmacêutica chinesa. De acordo com o governador de SP, a procura por uma vacina deve estar acima de ideologia. “A vacina é o que vai salvar a todos, não é política, não é ideologia”, alegou.

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