Um estudo encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que é necessário investir R$ 295 bilhões até 2042 na infraestrutura de mobilidade urbana das 15 principais regiões metropolitanas do Brasil.
O objetivo é modernizar e ampliar os sistemas de transporte público e reduzir o uso de automóveis particulares. Dos R$ 295 bilhões, R$ 271 bilhões seriam destinados para a expansão das linhas de metrô, enquanto R$ 15 bilhões iriam para a ampliação das estruturas de rede de trens e R$ 9 bilhões para o sistema de transporte rápido por ônibus (BRT).
A CNI destaca que é necessário viabilizar fontes de investimentos, inclusive públicas e privadas, além de fontes nacionais e estrangeiras para superar a falta de financiamento, que é apontada como o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil.
O estudo aponta ainda que 74% dos 116 municípios com mais de 250 mil habitantes cumpriram os prazos estipulados pela Lei de Mobilidade Urbana, enquanto apenas 13% dos 1.908 municípios que se enquadram no perfil de população entre 20 mil e 250 mil têm um plano de mobilidade.
Segundo a pesquisa, é necessário investir em transporte coletivo e transporte individual não motorizado, uma vez que as cidades cresceram sem que o transporte acompanhasse o ritmo de crescimento.
A CNI destaca ainda que há um subaproveitamento da bicicleta como um modal de transporte nas metrópoles brasileiras, uma vez que a participação desse meio de transporte varia de 0,8% a 2,4%, enquanto em Santiago, Bogotá e Berlim, esse índice é de 4%, 7% e 13%, respectivamente.
O estudo sugere que o país privilegia e subsidia o transporte individual motorizado em detrimento do transporte coletivo e é preciso mudar essa lógica.
