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Brasileiras vítimas de troca de malas na Alemanha vão processar o governo e a polícia

Elas afirmam que, mesmo apresentando provas de que as malas com drogas não pertenciam a elas, a polícia agiu com truculência

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Foto: Reprodução

As empresárias Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram presas injustamente na Alemanha por 38 dias após terem as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos, anunciaram que vão entrar com uma ação judicial contra o governo e a polícia alemã. Elas acusam as autoridades de negligência, truculência e xenofobia.

As duas viajavam para a Itália em março deste ano, quando foram detidas em uma escala em Frankfurt. As malas que levavam tinham sido substituídas por outras que continham cocaína. Mesmo apresentando provas de que não eram as donas das bagagens, elas foram algemadas, empurradas e tratadas com violência pela polícia.

“Posso garantir que iremos processar o governo e a polícia alemã. Vários direitos foram negligenciados. Pode ter certeza que vão pagar pelo que fizeram”, disse Kátyna em entrevista à TV Bandeirantes.

Jeanne também denunciou o preconceito que sofreram por serem latinas. “Era impressionante como eles tratavam as latinas diferente das europeias. Eles nunca acreditaram na nossa inocência”, afirmou.

As brasileiras só foram soltas em abril, depois que a Polícia Federal do Brasil enviou vídeos que mostravam a atuação de uma organização criminosa na troca das etiquetas das malas no aeroporto de Guarulhos. A PF prendeu 16 suspeitos de participarem do esquema, que enviava drogas para a Europa.

As empresárias retornaram ao Brasil em 14 de abril e agora buscam reparação pelos danos morais e materiais que sofreram. Elas esperam que o caso sirva de alerta para outros viajantes e que as autoridades alemãs sejam responsabilizadas pela conduta abusiva.

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