Em uma operação realizada na quinta-feira (7), a Polícia Civil descobriu um celular do tamanho de uma tampa de caneta escondido em uma cela na Penitenciária de Canoas (Pecan). O aparelho era tão pequeno que não era detectado pelos scanners de segurança do presídio.
A cela onde o celular foi encontrado pertencia a um dos presos transferidos da Cadeia Pública de Porto Alegre, onde comandavam uma quadrilha de tráfico de drogas. Segundo a delegada Luciane Bertoletti, que conduz a investigação, os detentos fazem parte de uma organização criminosa que controla o comércio de entorpecentes em condomínios populares na Região Metropolitana de Porto Alegre. Eles também são acusados de associação ao tráfico, extorsão e ameaça.
“Eles aterrorizavam os moradores para forçá-los a colaborar com o crime, ou até mesmo expulsá-los de suas casas para usá-las como pontos de venda de drogas. Eles impunham a lei do silêncio, sob risco de expulsão ou morte de quem desobedecesse”, relata a delegada Luciane Bertoletti.
A operação é resultado de nove meses de investigação, iniciada a partir de denúncias anônimas. Foi assim que a polícia descobriu que os líderes da quadrilha continuavam dando ordens de dentro da prisão, usando celulares clandestinos.
