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Ciência e Tecnologia

Cientistas recebem Nobel de Física por fundamentos da Inteligência Artificial

Geoffrey Hinton e John Hopfield receberam o Prêmio Nobel de Física por desenvolverem as redes neurais artificiais, base da inteligência artificial moderna

Foto:Divulgação

Geoffrey Hinton, do Reino Unido, e John Hopfield, dos Estados Unidos, foram agraciados com o Prêmio Nobel de Física por suas descobertas que revolucionaram o campo da Inteligência Artificial (IA). Inspirados no funcionamento do cérebro humano, especialmente nos neurônios, ambos criaram as “redes neurais artificiais”, que formaram a base da IA moderna.

Essas redes, que simulam o processo cognitivo do cérebro, permitiram o desenvolvimento de tecnologias como tradução automática, reconhecimento facial, previsão climática e os populares assistentes virtuais que interagem com usuários, processando informações em tempo real.

O reconhecimento pelo Nobel destaca a importância das contribuições de Hinton e Hopfield, cujos estudos ajudaram a criar o “Machine Learning” ou “Aprendizado de Máquina”. Este campo de pesquisa possibilita que sistemas computacionais identifiquem padrões em grandes volumes de dados, resolvendo problemas complexos.

Em cerimônia realizada nesta terça-feira (8), os laureados receberam a notícia de sua vitória por telefone. Geoffrey Hinton, ao ser questionado sobre seus sentimentos, afirmou estar “extremamente surpreso” com a honraria. O prêmio, no valor de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6 milhões), será dividido entre os dois.

A própria reportagem sobre a premiação foi auxiliada por IA, demonstrando a influência crescente dessas tecnologias em diversos campos. Embora ainda em desenvolvimento, as aplicações da IA já se mostram fundamentais, mas também levantam preocupações. Hinton, que atuou por anos como consultor do Google, deixou a empresa em 2023 para se expressar mais abertamente sobre os riscos da IA, alertando que máquinas podem, em breve, superar a inteligência humana.

Por sua vez, John Hopfield destacou o desafio de lidar com tecnologias que apresentam tanto benefícios quanto riscos, descrevendo essa dualidade como “maravilhosa, mas também inquietante”.

A IA continua a se expandir e transformar o mundo, sendo, ao mesmo tempo, uma ferramenta poderosa e uma fonte de debates sobre seu impacto no futuro da humanidade.

Ciência e Tecnologia

Senado aprova novas regulamentações para o uso de inteligência artificial no Brasil

Projeto de lei, que aguarda votação na Câmara, estabelece normas rigorosas para o uso de IA em segurança pública e direitos autorais, com multas de até R$ 50 milhões para empresas que descumprirem as regras

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Em 10 de dezembro de 2024, o Senado brasileiro aprovou um projeto que regula o uso da inteligência artificial (IA) no país, com foco em sua aplicação comercial. O texto agora segue para análise na Câmara dos Deputados antes de se tornar lei. A proposta estabelece diretrizes sobre o uso de IA em diversas áreas, incluindo segurança pública, saúde e direitos autorais.

A nova legislação propõe a utilização de identificação biométrica à distância para prisões e captura de criminosos em locais públicos, permitindo ainda o reconhecimento facial em tempo real, mas com restrições rigorosas para evitar discriminação, especialmente contra a população negra. As grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, não estarão sujeitas às mesmas regras restritivas impostas a outros tipos de sistemas de IA considerados de “alto risco.”

Além disso, a proposta inclui medidas de proteção aos direitos autorais, garantindo que artistas e criadores de conteúdo sejam remunerados quando suas obras forem utilizadas para treinar sistemas de IA. As empresas de tecnologia serão obrigadas a informar o uso de conteúdos protegidos, e os autores poderão proibir o uso de suas obras.

Caso as regras sejam desrespeitadas, as empresas de tecnologia poderão ser punidas com multas de até R$ 50 milhões ou até 2% do seu faturamento, além de outras sanções como a suspensão de seus sistemas de IA e restrições no uso de bancos de dados.

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Ciência e Tecnologia

Erasmo da Silva Nunes lança primeiro livro internacional em Orlando

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Erasmo Nunes durante o lançamento de seu primeiro livro, 'Os Segredos do Desenho', em Orlando, EUA

No dia 15 de agosto de 2024, o artista brasileiro Erasmo da Silva Nunes deu um importante passo em sua carreira com o lançamento de seu primeiro livro, “Os Segredos do Desenho: A Ciência por Trás do Traço”. O evento ocorreu durante o Primeiro Lançamento de Escritos Internacional Plataforma, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos.

A obra explora técnicas e fundamentos do desenho com uma abordagem científica, funcionando como um guia prático e inspirador para artistas e entusiastas das artes visuais. Em suas páginas, Erasmo compartilha sua vasta experiência como desenhista, escultor e instrutor, revelando os segredos que transformam traços simples em expressivas obras de arte.

A noite de lançamento reuniu artistas, críticos e admiradores da arte. Além disso, contou com uma palestra do autor, que ressaltou a relevância do estudo e da prática no desenvolvimento artístico.

Este é mais do que um sonho realizado; é uma oportunidade de compartilhar minha visão sobre o desenho com o mundo e inspirar outros a descobrirem seu potencial criativo”, disse Erasmo.


O evento marcou a entrada de Erasmo no mercado literário internacional, reafirmando seu compromisso com a arte e a educação. Após o lançamento, o livro estará disponível em plataformas digitais e em livrarias nos Estados Unidos e no Brasil.

Com essa estreia, Erasmo Nunes demonstra sua capacidade de inspirar novas gerações de artistas, ampliando sua atuação no cenário cultural global.

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Brasil avança em índice global de tecnologia, ocupando 44ª posição mundial

Ranking de Prontidão Digital 2024 avalia o uso e acesso a tecnologias em 133 economias, com destaque para desenvolvimento moderado do país

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O Brasil conquistou o 44º lugar no Índice de Prontidão Digital 2024 (NRI, na sigla em inglês), que mede o acesso e uso de tecnologias de informação e comunicação (TICs) em 133 países. Publicado pelo Portulans Institute em parceria com a Universidade de Oxford, Confederação Nacional da Indústria (CNI) e Amazon Web Services (AWS), o índice avalia 54 indicadores agrupados em quatro pilares: tecnologia, pessoas, governança e impacto.

Embora ocupe a 3ª posição entre as nações das Américas, o Brasil mantém um desempenho estável em relação ao ranking anterior, destacando-se em áreas como escala de mercado doméstico (8º) e E-participação (11º). Porém, desafios ainda persistem em setores como habilidades em TIC no sistema educacional (106º) e promoção de tecnologias emergentes (82º).

Cenário global e destaques do Brasil

Liderado pelos Estados Unidos, Singapura e Finlândia, o ranking evidenciou a predominância de países desenvolvidos no topo, enquanto a China, única economia de renda média no top 20, alcançou a 17ª colocação. Desde 2019, o Brasil subiu 15 posições no índice, refletindo avanços na transformação digital.

No pilar de “Pessoas”, o país se saiu melhor na adoção de tecnologia por governos (47º) e empresas (37º), mas apresenta desempenho inferior na adesão por indivíduos (83º). Outros pontos fortes incluem a inclusão digital (21º), com esforços significativos na redução do gap de gênero no uso da internet (8º) e na utilização de pagamentos digitais em áreas rurais (25º).

Entretanto, limitações como a baixa qualidade regulatória (84º) e a infraestrutura digital insuficiente (57º) ainda dificultam o avanço. A cobertura móvel 3G também é uma preocupação, ocupando apenas o 102º lugar no índice.

Parcerias estratégicas e desafios futuros

Ricardo Alban, presidente da CNI, destacou a importância de parcerias público-privadas para impulsionar a digitalização. “A transformação digital só será possível com colaboração entre governos, empresas e sociedade civil”, afirmou, citando o programa Brasil Mais Produtivo como um exemplo de iniciativa de sucesso.

O professor Soumitra Dutta, do Portulans Institute, reforçou a relevância de estratégias colaborativas para fortalecer a governança digital e a inclusão tecnológica. Já Bruno Lanvin, coeditor do NRI, descreveu dados como “o novo ar” e ressaltou a necessidade de ferramentas confiáveis para orientar decisões no ambiente digital em constante evolução.

Panorama regional e global

A Europa domina o índice, com 17 países entre os 25 melhores, enquanto América do Norte, Oceania e Ásia-Pacífico também possuem representantes de destaque. Economias emergentes como Ucrânia, Vietnã e Quênia vêm superando barreiras estruturais, assim como o Brasil, demonstrando que nações de renda média podem avançar significativamente em competitividade digital.

Jeffrey B. Kratz, da AWS, concluiu que o futuro digital exige mais do que inovação tecnológica: “É necessária uma visão compartilhada e comprometida para garantir que os benefícios da transformação digital sejam acessíveis a todos.”

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