A plataforma Bybot, que prometia lucros exorbitantes com a negociação de moedas virtuais, deixou um rastro de prejuízos financeiros e desespero entre os seus clientes. Muitos investidores que perderam suas economias estão agora em busca do paradeiro do principal executivo da empresa, Gustavo de Macedo Diniz, apelidado de Engomadinho do Bitcoin.
Além dele, dois operadores da Bybot que gerenciavam as contas dos clientes também estão sendo procurados, mas por um motivo ainda mais grave: eles teriam envolvimento com o grupo criminoso Comando Vermelho (CV), que usava a plataforma para lavar dinheiro do tráfico de drogas.
Fotos dos dois funcionários da Bybot circulam em grupos de WhatsApp, acompanhadas de um suposto comunicado do CV oferecendo uma recompensa de R$ 15 mil por informações que levem à sua localização. O grupo criminoso afirma que não quer a morte dos operadores, mas apenas recuperar o dinheiro investido na compra de criptomoedas. “Não causem mortes”, diz a mensagem.
De acordo com a coluna ‘Na Mira‘, do Metrópoles, o uso de moedas digitais para lavar dinheiro proveniente do tráfico é uma prática cada vez mais comum entre as organizações criminosas. Segundo dados da Chainalysis, uma empresa especializada em análise de dados do mercado criptográfico, a quantidade de criptomoedas usadas em atividades de lavagem de dinheiro aumentou 68% em comparação com 2021, chegando a um total de US$ 23,8 bilhões.