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Brasil

Como a cacau show transformou hotéis falidos em um negócio multimilionário

Com o sucesso da empreitada, a empresa planeja continuar investindo no setor hoteleiro e arrecadar R$ 100 milhões em 2025

Foto: Divulgação

Um hotel falido renasce como um empreendimento multimilionário, oferecendo experiências imersivas com cacau e a paixão pelo chocolate. Embora pareça um roteiro de Hollywood, essa é a história real da entrada da Cacau Show no setor hoteleiro, com a criação da rede Bendito Cacao, transformando o turismo no Brasil.

À primeira vista, pode parecer inusitado que uma marca de chocolates seja dona de hotéis, mas a estratégia reflete a visão do fundador e CEO da Cacau Show, Alê Costa. “Nosso propósito é tocar a vida das pessoas, proporcionando momentos especiais e experiências inesquecíveis. Queremos transformar o ordinário em extraordinário”, afirma o executivo em entrevista à Forbes Brasil.

Expansão para o Setor Hoteleiro

Atualmente, a rede Bendito Cacao possui duas unidades: uma em Campos do Jordão, onde a Cacau Show já opera uma fábrica, e outra em Águas de Lindóia. Esses hotéis oferecem experiências únicas, como quartos temáticos para crianças, um museu dedicado ao cacau, alta gastronomia, massagens com manteiga de cacau, trilhas e muito mais.

A entrada no setor não foi fruto de uma estratégia planejada. A oportunidade surgiu durante o leilão de um hotel, que Costa já frequentava. “Eu era cliente deste hotel nas minhas visitas à fábrica em Campos do Jordão. O antigo proprietário me ofereceu o negócio, mas só finalizei a compra dois anos depois, quando o hotel foi a leilão”, relata Costa. O investimento total nas duas unidades somou R$ 198 milhões, incluindo aquisição e reformas. Hoje, os hotéis empregam cerca de 550 colaboradores.

Desde o início, o objetivo da Cacau Show foi proporcionar uma imersão no universo do cacau. “A maioria das pessoas nunca provou mel de cacau. Nós oferecemos isso, além de um museu que mostra o processo completo de transformação do cacau em chocolate”, explica o CEO. A experiência é ampliada com um spa que oferece massagens com manteiga de cacau e esfoliações feitas com cascas do fruto, além de uma cerimônia do cacau inspirada em tradições maias.

Resultados Promissores e Expansão

O primeiro hotel Bendito Cacao, inaugurado em 2021, recebeu mais de 43 mil hóspedes no primeiro ano de operação. A segunda unidade, inaugurada em 2024, já recebeu mais de 18 mil visitantes desde sua abertura. O sucesso dessa empreitada fez a Cacau Show planejar novas unidades nos próximos anos, com uma expectativa de arrecadar R$ 100 milhões em 2025.

Além de oferecer experiências inesquecíveis aos seus clientes, a empresa também tem um impacto positivo nas economias locais. Em Campos do Jordão e Águas de Lindóia, a Cacau Show se tornou a maior contratante, gerando empregos e movimentando as comunidades.

Um Ecossistema de Experiências

Em fevereiro de 2024, a Cacau Show expandiu ainda mais seu portfólio ao adquirir o Grupo Playcenter, incluindo o tradicional parque de diversões e a rede Playland, com unidades em diversos shoppings de São Paulo e Bahia. Para Costa, essa diversificação ousada é parte do propósito maior da marca: oferecer experiências memoráveis e aumentar sua participação nos momentos de lazer das famílias brasileiras.

“Recentemente, uma família passou um fim de semana em um dos nossos hotéis. Durante a semana, visitaram duas lojas para tomar café e, no fim de semana, o filho brincou em um dos nossos parques. Em uma única semana, estivemos presentes em vários momentos felizes dessa família”, exemplifica Costa.

Com essa expansão, Costa vê a Cacau Show como um ecossistema completo, onde o cacau é o tema central, seja no campo, em uma loja ou até mesmo em uma montanha-russa. Ele conclui com bom humor: “Eu sou apaixonado pelo cacau e continuo fiel a isso. Não virei um multi-empreendedor; apenas criamos um ecossistema onde o cacau é a essência de tudo”.

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Política

Empresa de fachada em terra indígena recebe R$ 1 milhão do governo Lula

Contrato com empresa suspeita foi rescindido após indícios de irregularidades; pagamento inicial era de R$ 12,8 milhões

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Ministério da Saúde

Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde repassou R$ 998 mil para uma empresa suspeita de ser de fachada. A companhia foi contratada de maneira emergencial para prestar serviços administrativos e de recepção no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá/Norte do Pará (Dsei AMP).

O contrato original era de R$ 12,8 milhões, com duração de 12 meses, mas foi rescindido devido a irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação revelou que a empresa contratada, S R de Oliveira (nome fantasia Marjo Soluções), foi criada recentemente e tem apenas quatro funcionários. A dona da empresa é Sandra Rodrigues de Oliveira, uma faxineira que já trabalhou em outra empresa prestadora de serviços para o Dsei AMP.

A S R de Oliveira foi registrada em março de 2022 no bairro Trem, em Macapá (AP), e chamou a atenção pelo número reduzido de funcionários. O contrato emergencial, que deveria fornecer 131 auxiliares administrativos e 12 recepcionistas, não correspondia à quantidade de pessoal real da empresa.

Além disso, o TCU identificou irregularidades no processo de licitação, destacando que 24 das 27 empresas concorrentes foram desclassificadas antes da fase de lances, dificultando a apresentação de recursos.

Embora o TCU tenha arquivado o processo após a rescisão do contrato, abriu uma investigação separada para apurar a possibilidade de a S R de Oliveira ser, de fato, uma empresa de fachada.

Até o fechamento desta matéria, o Ministério da Saúde e a empresa não haviam se manifestado sobre o caso.

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Saúde

Paciente nos EUA é a primeira no mundo a viver com rim de porco transplantado

Após oito anos aguardando um doador, Towana Looney passou por um xenotransplante inovador e agora está livre da diálise

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Towana Looney, de 53 anos

Nos Estados Unidos, uma paciente com insuficiência renal crônica tornou-se a primeira pessoa no mundo a viver com um rim de porco transplantado. Towana Looney, de 53 anos, enfrentou uma espera de oito anos por um doador humano compatível, mas a oportunidade veio por meio de um xenotransplante, procedimento que utiliza órgãos de animais geneticamente modificados.

A cirurgia foi realizada no último mês pelo NYU Langone Transplant Institute e representa um marco na medicina. Antes mesmo de Towana acordar da operação, o rim já havia começado a produzir urina, e os exames demonstraram que ele está funcionando adequadamente. Ela teve alta no início de dezembro e segue sob monitoramento médico diário, com previsão de alta definitiva em três meses.

Uma jornada de desafios e esperança

Towana começou sua luta contra a insuficiência renal em 1999, quando doou um rim para a mãe. Anos depois, durante a gravidez, desenvolveu a mesma condição devido à hipertensão. Desde 2016, vinha dependente de hemodiálise. Sem alternativas viáveis, ela recebeu autorização para o xenotransplante, considerado sua última chance.

“É como se eu tivesse recebido uma nova chance de viver”, disse Towana em entrevista. “Agora consigo fazer coisas que antes eram impossíveis, como comer uma refeição completa e realizar várias tarefas ao mesmo tempo.”

Tecnologia revolucionária

O rim transplantado em Towana passou por dez modificações genéticas para garantir maior compatibilidade com o corpo humano e evitar rejeição. Três antígenos que poderiam desencadear resposta imunológica foram removidos, enquanto seis transgenes humanos foram adicionados para reduzir o risco de rejeição e ajustar o funcionamento do órgão ao organismo humano.

Um marco para o futuro

O procedimento liderado pelo Dr. Robert Montgomery faz parte de uma série de avanços no campo do xenotransplante. Desde 2021, outros quatro pacientes passaram por transplantes semelhantes, mas, devido à gravidade das condições clínicas, não sobreviveram.

“Towana é um símbolo do progresso que alcançamos no xenotransplante. Sua história oferece esperança para aqueles que enfrentam insuficiência renal”, afirmou Montgomery.

Com a recuperação gradual, Towana planeja voltar a viajar e aproveitar momentos preciosos com a família e os netos, celebrando o que descreve como sua “segunda chance na vida.”

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Brasil

Tamanduá na pista causa acidente em Goiás, mata duas crianças e deixa o pai gravemente ferido

Motorista tentou desviar do animal na BR-153, mas colidiu com um ônibus; crianças, de 3 e 10 anos, não resistiram aos ferimentos

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Na madrugada desta quarta-feira (18), um grave acidente no Km 102 da BR-153, em Santa Tereza de Goiás, resultou na morte de duas crianças e deixou o pai gravemente ferido. O incidente ocorreu quando o motorista, ao tentar desviar de um tamanduá-bandeira que atravessava a pista, perdeu o controle do Fiat Uno da família.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo invadiu a pista contrária e colidiu de frente com um ônibus interestadual. Com o impacto, o carro foi partido ao meio.

As vítimas fatais, uma menina de 10 anos e um menino de 3, estavam devidamente acomodadas – a mais velha usava o cinto de segurança, enquanto o mais novo estava na cadeirinha, que foi destruída pela força da colisão. Ambos morreram no local.

O pai das crianças, que dirigia o veículo, foi socorrido em estado grave e encaminhado a um hospital na cidade de Porangatu (GO).

No ônibus, que seguia de Goiânia para Palmas, nenhum passageiro ficou ferido.

Essa tragédia serve como um alerta para os perigos que animais soltos representam em rodovias, além de reforçar a necessidade de cuidados redobrados ao dirigir em áreas com fauna abundante.

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