O governo federal lançou o Desenrola Brasil, um programa que visa ajudar milhões de brasileiros a saírem do endividamento e limparem seus nomes. O programa conta com o apoio da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e oferece condições especiais para a renegociação de dívidas bancárias.
O programa começou a vigorar na segunda-feira (17) e tem duas faixas de beneficiados, de acordo com a renda mensal e o valor da dívida. A primeira fase é destinada à faixa 2, que abrange pessoas físicas com renda acima de dois salários mínimos (R$ 2.640) até R$ 20 mil e dívidas em banco sem limite de valor. Nessa fase, os bancos vão oferecer a possibilidade de renegociação diretamente em seus canais com os clientes, e as condições mudam de uma instituição para outra.
A segunda fase é voltada à faixa 1, que engloba pessoas físicas de renda mensal de até dois salários mínimos ou que constem no CadÚnico (Cadastro Único dos beneficiários dos programas sociais do governo federal), com dívidas de até R$ 5.000. Essa fase deverá ser incluída ao longo do segundo semestre, e o governo está desenvolvendo uma plataforma específica para esse público.
Uma das novidades do programa é que pessoas físicas que têm dívidas bancárias de até R$ 100 ficarão automaticamente com o nome limpo nas instituições. Assim, os beneficiados podem voltar a pegar crédito ou fazer contrato de aluguel, se não tiverem outras restrições. Mas o não pagamento das parcelas renegociadas leva a uma nova negativação.
O programa estará vigente até 31 de dezembro de 2023 e tem como expectativa criar condições especiais para facilitar as renegociações de aproximadamente 70 milhões de pessoas. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander e Inter são os bancos que já fazem parte do programa. Outras instituições ainda devem anunciar sua participação.
