Em um ano marcado por grandes desafios, o turismo no Brasil mostrou sinais de recuperação em 2022, segundo o Anuário da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), divulgado na quarta-feira (12). O setor registrou o maior número de embarques na série histórica, com um total de 8,4 milhões de passageiros transportados, representando um crescimento de 13,5% em relação ao ano anterior.
Dos 8,4 milhões de embarques, 5,4 milhões foram de passageiros no mercado doméstico e 3 milhões no mercado internacional – um número recorde para a associação. O Nordeste brasileiro foi o destino mais procurado, responsável por 38,4% dos embarques, seguido pelas regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte. A cidade de Salvador foi a mais procurada no Brasil, seguida por Porto de Galinhas, Recife e São Paulo.
No mercado internacional, países europeus lideraram as preferências dos brasileiros, com 37,71% dos embarques, seguidos pelos países sul-americanos, norte-americanos, centro-americanos e caribenhos, asiáticos, africanos e da Oceania. A atração internacional mais vendida foi a Walt Disney World, seguida por cruzeiros marítimos. Os países mais visitados foram os Estados Unidos, Portugal, Itália e Egito.
O faturamento das empresas somou R$ 11,55 bilhões em vendas, valor 62,7% superior ao de 2021, com o turismo internacional representando mais da metade do faturamento (55% do total), somando mais de R$ 6,3 bilhões – o maior registrado nos últimos 12 anos. Por outro lado, o número de viagens nacionais caiu 10,5% em comparação com 2021, totalizando R$ 5,2 bilhões.
Para a Braztoa, os números de 2022 poderiam ter sido ainda melhores se não fossem as dificuldades enfrentadas pela variação cambial e a falta de mão de obra especializada. O presidente da associação, Roberto Haro Nedelciu, afirmou que este foi o ano da retomada do turismo internacional, com a abertura das fronteiras, o custo-benefício e a demanda reprimida dos últimos anos.
Na hora de adquirir as viagens, a opção de pagamento parcelado em mais de cinco vezes foi a preferida pela maioria dos clientes (50,1%). O cartão de crédito foi o principal meio de pagamento, sendo usado em 68,7% das vendas, seguido do Pix, com 19,1%, e do boleto bancário, com 10,8%.