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Brasil

Riscos fiscais implicam alta nas projeções de inflação, diz BC

Autarquia elevou taxa básica de juros a 6,25% ao ano na semana passada

Foto: Rayra Paiva Franco/O Panorama

O aumento dos preços de alimentos, combustíveis e energia e novos prolongamentos das políticas fiscais de combate aos efeitos da pandemia de covid-19 levaram o Banco Central (BC) a manter a trajetória mais contracionista para a política monetária, para conter o avanço da inflação. A avaliação consta na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, divulgada hoje (28).

Para o Copom, novos prolongamentos das políticas fiscais pressionam a demanda agregada (procura por bens e serviços) e pioram a trajetória fiscal, de comprometimento das contas públicas. “Apesar da melhora recente nos indicadores de sustentabilidade da dívida pública, o risco fiscal elevado segue criando uma assimetria altista no balanço de riscos, ou seja, com trajetórias para a inflação acima do projetado no horizonte relevante para a política monetária”, diz a ata.

No encontro da semana passada, o Copom elevou a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano e já sinalizou que deve fazer um aumento da mesma magnitude na próxima reunião, em outubro, mantendo o ciclo de elevação da taxa de juros.

Esse foi o quinto reajuste consecutivo na taxa Selic, que está no nível mais alto desde julho de 2019, quando estava em 6,5% ao ano. Para combater os efeitos da pandemia, em agosto de 2020 chegou ao menor nível da história, em 2% ao ano. De março a junho, o Copom tinha elevado a taxa em 0,75 ponto percentual em cada encontro. No início de agosto, o BC passou a aumentar a Selic em 1 ponto a cada reunião.

Para decidir sobre a elevação, o comitê estabeleceu um cenário básico para a inflação, com as projeções em torno de 8,5% para 2021, 3,7% para 2022 e 3,2% para 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para 8,25% ao ano em 2021 e para 8,50% ao ano em 2022, e reduz-se para 6,75% ao ano em 2023. Com os dados, as projeções para a inflação de preços administrados, como combustível e energia, são de 13,7% para 2021 e 4,2% para 2022 e 4,8% para 2023. O Copom adotou ainda uma hipótese de bandeira tarifária de energia elétrica em “escassez hídrica” em dezembro deste ano e em “vermelha – patamar 2” em dezembro de 2022 e 2023.

Inflação

A Selic é o principal instrumento usado pelo Banco Central para alcançar a meta de inflação. A elevação da Selic, que serve de referência para as demais taxas de juros no país, ajuda a controlar a inflação, porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, contendo a demanda aquecida.

Em agosto, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou no maior nível para o mês desde 2000 e acumula 9,68% em 12 meses, pressionado pelo dólar, pelos combustíveis e pela alta da energia elétrica.

O valor está acima do teto da meta de inflação. Para 2021, o Conselho Monetário Nacional (CMN) tinha fixado meta de inflação de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 5,25% neste ano nem ficar abaixo de 2,25%. Para 2022 e 2023 as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.

De acordo com o cenário básico do BC, as projeções estão ligeiramente acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023. Isso reforça a decisão do BC de manter a política contracionista.

O Copom enfatizou que os próximos passos da política monetária também dependerão da evolução da atividade econômica. De acordo com o BC, o atual ciclo de elevação de juros permite que o comitê obtenha mais informações sobre o estado da economia e o grau de persistência dos choques, diante da influência de itens voláteis nas projeções de inflação de curto prazo e do ineditismo do processo de readequação econômica pós-pandemia.

“Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, diz a ata.

Economia

A ata destaca que a inflação ao consumidor segue elevada e alta nos preços dos bens industriais deve persistir no curto prazo. Além disso, nos últimos meses, os preços dos serviços cresceram a taxas mais elevadas, “refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada”. “Adicionalmente, persistem as pressões sobre componentes voláteis como alimentos, combustíveis e, especialmente, energia elétrica, que refletem fatores como câmbio, preços de commodities e condições climáticas desfavoráveis”, diz a ata.

Para o BC, em relação à atividade econômica brasileira, a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) do segundo trimestre, assim como os indicadores mais recentes, continua mostrando evolução positiva, “o qual contempla recuperação robusta do crescimento econômico ao longo do segundo semestre”.

No segundo trimestre de 2021, o PIB apresentou recuou de 0,1% em relação ao trimestre anterior, após três trimestres consecutivos de crescimento. O resultado é considerado como estabilidade pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Por outro lado, ao resultado do PIB seguiram-se outras divulgações mais negativas, ainda que evoluindo favoravelmente. Segundo o BC, parte delas decorre de uma antecipação do crescimento esperado para alguns dos setores mais atingidos pela pandemia e outra parte deriva da menor produção industrial, decorrente da manutenção de dificuldades nas cadeias de suprimentos. Ainda assim, o comitê manteve a visão de uma retomada robusta da atividade no segundo semestre, na medida em que os efeitos da vacinação contra covid-19 sejam sentidos de forma mais abrangente.

Para 2022, o Copom considera que o crescimento da economia será beneficiado pela continuação da recuperação do mercado de trabalho e do setor de serviços, mesmo que em menor intensidade; pelo desempenho de setores menos ligados ao ciclo de negócios, como agropecuária e indústria extrativa; e por resquícios do processo de normalização da economia conforme a crise sanitária perde força.

Segundo o BC, no cenário internacional, os estímulos monetários de longa duração e a reabertura das principais economias também mantém um ambiente favorável para países emergentes.

Por: Agência Brasil

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Brasil

Casal armado tenta homicídio após marido rejeitar proposta de trisal para esposa

Discussão ocorreu em um bar de Palmas (TO) e terminou com uma mulher ferida; casal fugiu, mas foi capturado meses depois

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Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio

Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.

De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.

Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.

A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.

Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.

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Educação

Professora é demitida por vender bolos com maconha em escola no RS

Prefeitura de Estância Velha publicou a decisão após laudo pericial confirmar a presença da droga nos produtos vendidos pela servidora pública

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Imagem - Rede Social

Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.

“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.

A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.

A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.

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Política

Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano

Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais

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Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde

Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.

O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.


O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.

“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.

O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.

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