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Economia

Tóquio adota semana de trabalho de quatro dias para combater crise de natalidade

Medida visa estimular a formação de famílias e criar um ambiente de trabalho mais equilibrado, com início previsto para abril de 2025

Imagem de Tóquio - Japão

O governo de Tóquio anunciou uma nova iniciativa para combater a queda na natalidade do Japão. A partir de abril de 2025, a cidade implementará uma semana de quatro dias de trabalho para os funcionários públicos, com o objetivo de ajudar casais a conciliar a vida profissional e a criação de filhos. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, explicou que a medida visa criar condições para que tanto homens quanto mulheres possam prosperar, sem que as mulheres precisem abrir mão de suas carreiras em função da maternidade.

Atualmente, os funcionários públicos de Tóquio já têm um dia extra de folga a cada quatro semanas, mas a nova política garantirá uma folga fixa toda semana. Além disso, outra medida prevê que pais de crianças do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental possam trocar parte de seus salários para sair mais cedo do trabalho.

Essa iniciativa surge em um contexto de preocupante queda nos nascimentos no Japão, que atingiu seu nível mais baixo em 2023, com um declínio de 5,1% em relação ao ano anterior. Além disso, o número de casamentos caiu 5,9%, o que representa a primeira vez em quase 90 anos que o número de casamentos no país fica abaixo de 500 mil.

A crise demográfica é vista como uma ameaça crescente para o Japão, cujas projeções indicam uma possível redução populacional de 30% até 2070, com uma proporção crescente de idosos. Essa crise também desperta discussões sobre mudanças nas leis trabalhistas, como a adoção de uma jornada de trabalho de quatro dias, uma proposta que já tem sido discutida em alguns países e também no Brasil. Especialistas afirmam que a medida pode aliviar o estresse e aumentar o bem-estar dos trabalhadores.

Economia

Bolsa Família 2025: pagamentos de janeiro começam nesta segunda; confira o calendário

Primeiros beneficiários a receber serão aqueles com NIS terminado em 1; pagamento escalonado segue até o fim do mês

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Bolsa família

Os pagamentos do Bolsa Família para o mês de janeiro de 2025 terão início nesta segunda-feira (20). Os primeiros a receber serão os beneficiários com o Número de Identificação Social (NIS) terminado em 1. O valor previsto para cada família é de R$ 600, podendo ser acrescido de benefícios adicionais. O cronograma de pagamento será escalonado ao longo do mês, conforme o número final do NIS, e seguirá até o último dia útil de janeiro.

Calendário de Pagamento para Janeiro de 2025:

  • Final do NIS 1: pagamento em 20/1
  • Final do NIS 2: pagamento em 21/1
  • Final do NIS 3: pagamento em 22/1
  • Final do NIS 4: pagamento em 23/1
  • Final do NIS 5: pagamento em 24/1
  • Final do NIS 6: pagamento em 27/1
  • Final do NIS 7: pagamento em 28/1
  • Final do NIS 8: pagamento em 29/1
  • Final do NIS 9: pagamento em 30/1
  • Final do NIS 0: pagamento em 31/1

Previsão de Pagamentos ao Longo do Ano:

  • Fevereiro: 17/2 a 28/2
  • Março: 18/3 a 31/3
  • Abril: 15/4 a 30/4
  • Maio: 19/5 a 30/5
  • Junho: 16/6 a 30/6
  • Julho: 18/7 a 31/7
  • Agosto: 18/8 a 29/8
  • Setembro: 17/9 a 30/9
  • Outubro: 20/10 a 31/10
  • Novembro: 14/11 a 28/11
  • Dezembro: 10/12 a 23/12

Quem pode receber o Bolsa Família? Para ser beneficiado, o critério principal é ter uma renda familiar per capita de até R$ 218. A renda total da família deve ser dividida pelo número de pessoas para determinar o valor por pessoa. Além disso, é necessário cumprir com contrapartidas, como manter crianças e adolescentes na escola, realizar acompanhamento pré-natal (para gestantes) e manter as carteiras de vacinação atualizadas.

Cadastro no Cadastro Único (CadÚnico): Para ser incluído no Bolsa Família, é preciso estar inscrito no Cadastro Único (CadÚnico), um programa que visa a inclusão de famílias de baixa renda em diversas políticas sociais. Estar cadastrado no CadÚnico não garante automaticamente a inclusão no Bolsa Família, mas é o primeiro passo para a análise do enquadramento.

Como sacar o Bolsa Família? Os beneficiários podem movimentar o valor do Bolsa Família através do aplicativo Caixa TEM e internet banking, sem precisar ir até uma agência da Caixa Econômica Federal. Além disso, o cartão do programa pode ser usado para realizar compras nos estabelecimentos comerciais, como débito. Saques também podem ser feitos nos terminais de autoatendimento, casas lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e nas agências da Caixa.

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Economia

Saiba o que é o nanoempreendedorismo: Nova categoria tributária para quem fatura até R$ 40,5 mil por ano

Projeto estabelece isenção fiscal para profissionais com receita anual abaixo de R$ 40,5 mil, visando apoiar pequenos empreendedores

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Imagem - Divulgação

A reforma tributária sancionada nesta quinta-feira (16) trouxe mudanças importantes para os trabalhadores autônomos, com a criação da categoria dos nanoempreendedores. Essa nova classificação abrange profissionais que atuam de maneira individual, com uma receita bruta anual inferior a R$ 40,5 mil – valor que corresponde a metade do limite atual dos microempreendedores individuais (MEIs).

Nanoempreendedores são, geralmente, trabalhadores informais como ambulantes, jardineiros, cozinheiros, artesãos e agricultores familiares, além de profissionais autônomos em setores não formalizados, como mototaxistas.

O projeto estabelece que esses profissionais não pagarão o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual, que substitui tributos como ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI. Segundo o advogado tributarista Carlos Schenato, a medida visa aliviar a carga tributária sobre pequenos empreendedores, evitando que eles se mantenham na informalidade devido à alta carga fiscal.

Embora os nanoempreendedores estejam isentos de impostos sobre o consumo a partir de 2026, outros tributos, como contribuições previdenciárias e impostos sobre propriedades, podem ser cobrados.

Limites e regras para MEIs e nanoempreendedores

Os MEIs, que possuem um limite de receita de até R$ 81 mil por ano, não se enquadram na nova categoria, assim como os profissionais que já são impedidos de aderir ao regime do MEI, como advogados, arquitetos e médicos. Profissionais de aplicativos, como motoristas e entregadores, podem ser classificados como nanoempreendedores, mas sob um regime especial. Nesse caso, apenas 25% do faturamento bruto será considerado para fins de enquadramento, permitindo um limite de até R$ 162 mil anuais, desde que esse percentual não ultrapasse R$ 40,5 mil.

Regime simplificado para nanoempreendedores

O regime dos nanoempreendedores promete ser menos burocrático e focado na autodeclaração, dispensando a obrigatoriedade de emissão de notas fiscais em todas as transações, o que ajuda a reduzir custos administrativos. Ao contrário dos MEIs e outras modalidades de formalização, como Empresário Individual (EI), os nanoempreendedores não precisarão criar uma personalidade jurídica e poderão atuar como pessoas físicas.

O controle da categoria será feito por sistemas de monitoramento e cadastramento da Receita Federal, que pode utilizar plataformas já existentes, como o e-Social e o Portal do Simples Nacional. Os nanoempreendedores deverão comprovar seu faturamento por meio de declarações periódicas, com possíveis cruzamentos de dados financeiros para evitar fraudes.

Desafios e benefícios

A criação dessa nova categoria pode estimular a formalização de pequenos negócios, reduzir a informalidade e incentivar o consumo local, promovendo maior justiça fiscal. No entanto, o advogado Leonardo Roesler alerta para o risco do “efeito trava”, em que os empreendedores evitam crescer para não ultrapassar o limite de isenção e perder os benefícios fiscais.

A regulamentação da reforma tributária também inclui a unificação de impostos sobre o consumo e a criação de novos tributos, como o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde, como bebidas alcoólicas e cigarros. A transição para o novo sistema tributário será gradual, com sua implementação completa até 2033.

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Economia

Brasil pode ter imposto mais alto do mundo com IVA estimado em 28%

Regulamentação da reforma tributária inclui trava de alíquota para conter aumento

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A regulamentação da reforma tributária sancionada nesta quarta-feira (15) prevê que o Brasil pode alcançar um Imposto sobre Valor Agregado (IVA) médio de 28%, segundo estimativa de Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária. Se confirmado, esse percentual ultrapassaria a alíquota de 27% aplicada na Hungria, atualmente a mais alta do mundo.

No entanto, o texto aprovado na Câmara dos Deputados inclui um mecanismo para evitar que a alíquota geral alcance esse patamar: a chamada “trava de alíquota”, que estabelece um limite de 26,5% para o IVA. Esse dispositivo foi incorporado para assegurar que a carga tributária não ultrapasse níveis já praticados, mantendo o equilíbrio fiscal e evitando sobrecarga aos contribuintes.

Exceções e impacto na alíquota

A elevação estimada para 28% se deve, em grande parte, à inclusão de regimes especiais e exceções ao longo da tramitação do projeto no Senado. Durante o processo, cerca de 600 propostas de ajustes foram analisadas, e muitas delas, aceitas pelo relator, senador Eduardo Braga (MDB-AM). Segundo Bernard Appy, essas mudanças elevaram a carga tributária estimada além do limite inicial.

Apesar disso, alterações mais significativas que poderiam aumentar ainda mais o imposto foram rejeitadas na Câmara dos Deputados. Mesmo assim, Appy reconheceu que a alíquota final deverá ser “ligeiramente maior” do que a estimativa inicial de 26,5%.

Mudanças trazidas pela reforma tributária

A reforma tributária sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 17 vetos, estabelece as regras para dois novos impostos:

  • Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal, que substituirá gradualmente o PIS, Cofins e IPI;
  • Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que será de competência estadual e municipal, substituindo o ICMS e ISS.

Além disso, o texto regulamenta o Imposto Seletivo (IS), apelidado de “imposto do pecado”, que incidirá sobre produtos considerados nocivos à saúde ou ao meio ambiente, como cigarro e bebidas alcoólicas.

Próximos passos e controle tributário

A implementação da reforma será gradual, e o comitê gestor responsável será fundamental para monitorar o impacto sobre contribuintes e ajustes necessários na transição. A reforma era uma das prioridades do governo federal e também um compromisso dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, que deixarão seus cargos em fevereiro.

Com as novas regras, há expectativa de impacto em diversos setores, como o aumento de tarifas de água e esgoto, que podem subir até 18% em decorrência da mudança na tributação. As discussões sobre o tema ainda deverão gerar desdobramentos à medida que o novo sistema for implementado.

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