O Museu Nacional, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lança nesta terça-feira (13), às 18h, a primeira exposição virtual da coleção “Os Primeiros Brasileiros”. A coleção não foi atingida pelo incêndio que devastou o equipamento, no dia 2 de setembro de 2018, porque estava, na ocasião, sendo apresentada no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília. Depois de várias exposições físicas no Brasil e no exterior, onde foi vista por mais de 250 mil pessoas, a coleção será visitada pela primeira vez no formato online.
A última mostra física ocorreu em 2019, no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, mas, devido à pandemia de covid-19, acabou sendo suspensa. “Agora, ela volta totalmente online, disse o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner.
Ele afirmou que a instituição precisa se aproximar do seu público, a despeito da pandemia. “Nós entendemos e, naturalmente, temos que ter responsabilidade social neste momento difícil que vivemos e não incentivamos nada presencial até pela questão de saúde, enquanto todos não tiverem sido vacinados. Dentro desse contexto, já vamos atuar para novas exposições virtuais. O caminho é esse. Para este ano, mais uma ou duas nós queremos fazer”, disse Kellner. Uma das próximas mostras é sobre mineralogia, adiantou.
O diretor do Museu Nacional, professor Alexander Kellner, em entrevista – Tânia Rêgo/Agência Brasil
Alexander Kellner afirmou que o fundamental, dentro deste contexto de pandemia, é que as pessoas entendam que o Museu Nacional está vivo e que é importante transmitir o conhecimento científico. “E nada melhor do que falar sobre os primeiros brasileiros que estavam aqui muito antes da gente”. A exposição virtual é inteiramente gratuita.
Mergulho
A coleção Os Primeiros Brasileiros faz um “mergulho histórico” no Brasil e na participação dos índios no país. “E faz isso por meio dos índios do Nordeste, que foram os primeiros tocados pela colonização”, destacou o antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional, que idealizou a mostra em parceria com a Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme). Potiguares e tupinambás estão entre as etnias que participaram do primeiro momento da colonização no Brasil. “São povos que estão na história desde o início”, observou o antropólogo.
Oliveira disse que a partir desse mergulho na história do Brasil, a exposição revela que, dentro de sua concepção original, esses indígenas foram muito ricos, bonitos e felizes. “E depois, a situação se torna mais difícil, com a chegada de formas muito duras da colonização. É um momento do índio dentro da colonização”. Numa terceira fase, começa a se ver a história dos índios atuais, com apresentação de peças da cultura indígena. A última parte relata os indígenas mais contemporâneos, o que estão fazendo hoje e o que pensam também.
Exposição Índios: Os Primeiros Brasileiros, no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília – Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil
As memórias da formação do Brasil, bem como da participação do índio na atualidade, são apresentados em painéis históricos e por meio de músicas, filmes e fotografias, que registram a diversidade e as narrativas dos povos indígenas nacionais. A grande maioria é formada de imagens tiradas de quadros que estão no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e em outros equipamentos do Brasil e do exterior.
Há também muitas gravuras, mapas, personagens históricos e, inclusive, charges, contou João Pacheco de Oliveira. As condições de vida, a ambientação nos diversos biomas retratam como eram os primeiros brasileiros que habitavam desde parte de Minas Gerais até o Maranhão. Cerca de 180 imagens de materiais históricos e contemporâneos, 12 trilhas sonoras e cinco filmes compõem os ambientes. Há ainda maior espaço dedicado a narrativas e representações indígenas da atualidade, por meio de depoimentos em vídeos ou galerias com imagens dos diversos povos.
Guia
A exposição oferece também um Guia Didático para Educadores, com referenciais teóricos e sugestões de atividades práticas, que poderão ser desenvolvidas em salas de aula físicas ou digitais. Segundo o professor João Pacheco de Oliveira, trata-se de um guia muito rico para os professores trabalharem neste mês, quando se comemora o Dia do Índio, em 19 de abril, e se fala muito na temática indígena. “É um guia temático preparado especialmente para ajudar os professores a fazer visitas virtuais com seus alunos e a preparar exercícios a partir disso. Esse guia está muito interessante, tem muito material e abrange os índios do Nordeste, que são menos conhecidos do que outros”, acrescentou o antropólogo.
Essa primeira edição virtual tem apoio do Projeto Museu Nacional Vive, que é uma cooperação técnica entre a UFRJ, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e o Instituto Cultural Vale. Após o lançamento, a exposição estará disponível à visitação pelo público que, ao final da experiência, poderá avaliar, sugerir novos temas e colaborar com as futuras exposições do Museu Nacional.
Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio
Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.
De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.
Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.
A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.
Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.
O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.
Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.
“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.
A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.
A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.
Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano
Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais
Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.
O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.
O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.
“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.
O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.