Ensino de Libras promove inclusão dentro do ambiente de trabalho
No Dia Internacional dos Surdos e do Intérprete de Libras, conheça o curso do SENAI para capacitar os trabalhadores da indústria e garantir a acessibilidade
Nesta quarta-feira (30) finaliza a primeira turma do novo curso básico de Libras oferecido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI). Na data, também é comemorado o Dia Internacional dos Surdos e do Intérprete de Libras para reforçar a conscientização sobre a relevância da comunicação entre pessoas que compartilham línguas diferentes. A pessoa com deficiência auditiva precisa enfrentar barreiras diárias na hora de se comunicar. Nem sempre é possível encontrar um intérprete nas mais diversas situações do cotidiano para ajudar. Imagina, então, como é dentro da rotina de uma empresa para transmitir as informações sem ter alguém na equipe com conhecimento em Libras?
Para incentivar um ambiente de trabalho inclusivo, o Sistema Indústria oferece capacitação para que os profissionais aprendam a língua brasileira de sinais e ajudem a promover a interação tanto no âmbito social como empresarial. As aulas têm diversas atividades interativas para que os alunos aprendam os sinais básicos e da educação profissional em Libras. No total, 450 alunos de mais de 20 estados do país fizeram o curso.
A aluna e supervisora dos Cursos Técnicos do SENAI Palhoça (SC), Mônica Luckmann Kremer, explica que aprender Libras permitiu ampliar a interação com os colegas surdos para todos os tipos de atividades. “Eu posso ajudá-las com dificuldades, conhecê-las melhor e me tornar mais próxima. Poder conversar com os alunos surdos do SENAI, onde trabalho, é o que me motiva fazer o curso”, diz a estudante.
No Brasil são mais de 10 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) apontam, ainda, 2,7 milhões com surdez profunda. A estimativa é de aumento da população surda em todo mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2050, mais de 900 milhões de pessoas podem desenvolver surdez.
A perspectiva de crescimento reforça a importância do ensino de Libras e da educação bilíngue. A gestora nacional do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI), Adriana Barufaldi, destaca o trabalho desenvolvido para ampliar o acesso, considerando a singularidade linguística de cada um.
“O SENAI ajuda o profissional a se comunicar com as pessoas com deficiência auditiva em qualquer lugar, incluindo a tradução para termos específicos da indústria. A ideia é proporcionar um ambiente inclusivo para a pessoa surda dentro mercado de trabalho. Além de conseguir comunicar com os demais colegas, os profissionais capacitados em Libras estão contribuindo para uma sociedade mais acessível. Cada aluno capacitado é uma porta que também abre para um futuro profissional surdo. É menos uma barreira para essa pessoa com deficiência”, ressalta.
Curso EaD promove interação no âmbito social e empresarial
A Unindústria, em parceria com o SENAI e Serviço Social da Indústria (SESI), promove o curso de Libras básico e intermediário desde 2013. Para poder impactar mais pessoas e não interromper as atividades durante a pandemia do coronavírus, o curso passou por uma reformulação, deixando de ser semipresencial. A nova versão de 40 horas é gratuita e 100% online para trabalhadores do Sistema Indústria. Os profissionais poderão se comunicar em Libras nos locais onde trabalham, ajudando a promover um ambiente inclusivo.
O SENAI, entre 2019 e 2020, capacitou quase 500 docentes, além de 100 profissionais que atuam como intérpretes de Libras. As aulas são ministradas por duas intérpretes de Santa Catarina com deficiência auditiva: Fádia Nor, com surdez parcial, e Dilceia Goulart, com surdez profunda. A professora Fádia Nor ressalta que o curso traz noções importantes, não apenas da língua brasileira de sinais, mas também da comunidade surda e da aquisição da língua. Os conceitos são importantes para os ouvintes interagirem com as pessoas surdas.
“Sabemos que uma língua não é só um sistema de representação, envolve cultura e comunidade. Então, em muitas das situações, ocorre a falta de acesso aos espaços. O curso promove a inclusão no ambiente de trabalho, porque é explicado diferentes questões que envolvem a cultura surda. Na maioria dos casos, as pessoas têm a visão do surdo como deficiente e o surdo se entende como diferente, ele tem seu modo de estar no mundo e tem uma língua diferente de nós ouvintes”, salienta a tutora.
O Ministério da Economia, na última Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), informou que o número de PCDS com carteira assinada aumentou em 10% entre 2017 e 2018. Para Fádia Nor, é por meio das Libras que a pessoa surda consegue interagir com o mundo.
“Em muitos casos, a Libras é entendida apenas como linguagem, o que impede que as pessoas sejam agentes de transformação. A pessoa surda não consegue se inserir quando outros reforçam estereótipos em relação a ela e a sua própria língua de sinais. A língua nos constitui e nos faz saber quem somos e quando o surdo não se reconhece ou é reconhecido acontecem diversos impactos, como na sua formação, no seu desenvolvimento intelectual e também na sua entrada no mercado de trabalho ”, diz a intérprete.
Muito mais que se comunicar por Libras
O SENAI, em um primeiro momento, ofereceu um curso introdutório em Libras para cada regional e, em seguida, os alunos foram convidados a continuar os estudos com o curso básico. A metodologia utilizada no curso é, segundo a tutora Dilceia Goulart, a interação entre pessoas surdas e ouvintes no âmbito social e empresarial.
“Para uma pessoa surda, outra pessoa conhecer a Libras é importante para as atividades do dia a dia, como pedir informações, apresentar documentos, ir ao médico, entre outros. Assim, o surdo não fica dependente ou preso ao tradutor/intérprete. No curso, é promovido o conhecimento sobre a inclusão para os funcionários do SESI e SENAI e traz motivação na comunicação em Libras. Assim nós, colaboradores surdos, podemos interagir com nossos colegas, além de evitar que uma pessoa surda se sinta excluída quando for ao SENAI ou SESI”, explica a tradutora.
Para os alunos, o curso ensinou muito mais que a língua de sinais. A aluna Lessandra Michel, de Santa Catarina, trabalha no SENAI de São José/SC , diz que foi possível compreender melhor o que é ser uma pessoa surda em uma sociedade de ouvintes.
“Nós aprendemos um pouco sobre a história das pessoas surdas no nosso país, as dificuldades que vivem e a forma como encaram e superam. Aprendemos a nos comunicar de forma simples, as expressões mais utilizadas e entender algumas mensagens curtas. Através do ensino das libras, podemos interagir de uma forma mais genuína com essas pessoas, conseguindo expressar o que queremos e compreender o que elas desejam transmitir”, relata a aluna
Os funcionários que se interessarem no curso básico, a Unindústria oferece um calendário com as datas no portal. A próxima turma está prevista para o primeiro semestre de 2021 e as inscrições podem ser feitas virtualmente pelo site. Já as turmas do curso intermediário serão abertas conforme a demanda. Os colaboradores da indústria SENAI, juntamente com o Departamento Regional do seu estado, podem entrar em contato com SENAI SC e solicitar uma nova classe.
Confira conteúdos especiais sobre a importância da educação inclusiva
O SENAI preparou conteúdos especiais que mostram a importância da educação inclusiva. O começo dessa jornada foi uma live com a gestora do Programa SENAI de Ações Inclusivas, Adriana Barufaldi, e a ativista de acessibilidade e representatividade nas redes sociais, Ana Clara Moniz. O bate-papo aconteceu no Instagram do SENAI e inspirou muitos seguidores com temas como educação inclusiva, dia a dia, as mudanças na sociedade e preconceito.
Desde o dia 21, em comemoração ao Dia Mundial da Luta das Pessoas com Deficiência, são publicados outros conteúdos para conhecer histórias inspiradoras de alunos do SENAI que mostram como o ensino pode ser transformador. Acompanhe a série especial sobre inclusão de pessoas com deficiência nas redes sociais (Facebook, Twitter e Youtube) do SENAI.
Uma nova lei sancionada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na última quarta-feira (18/12), estabelece que procedimentos médicos que envolvam a sedação de mulheres deverão contar com a presença de uma funcionária do sexo feminino. A medida, válida para redes pública e privada de saúde em todo o estado, abrange tanto sedação total quanto parcial.
Além disso, a norma determina que hospitais, clínicas e unidades de saúde exibam cartazes informando as pacientes sobre esse direito. A iniciativa busca oferecer maior segurança às mulheres durante atendimentos médicos.
Nos casos em que não for possível garantir a presença de uma profissional do sexo feminino, será necessário apresentar uma justificativa formal por escrito.
O projeto, de autoria da deputada estadual Analice Fernandes (PSDB), tinha como objetivo não apenas proteger as pacientes de possíveis abusos, mas também resguardar os profissionais de saúde de mal-entendidos. No entanto, o governador vetou um trecho que previa penalidades às instituições e profissionais que descumprissem a regra.
A legislação é mais um passo na busca por ambientes de saúde mais seguros e acolhedores para as mulheres no estado de São Paulo.
Uma jovem de 19 anos foi presa após disparar contra a cabeça de um colega dentro da Escola Estadual Berilo Wanderley, em Natal, no Rio Grande do Norte, nesta terça-feira (17). A autora do disparo, que inicialmente tinha como alvo outra pessoa, foi detida pela Polícia Militar e autuada por tentativa de homicídio qualificado.
De acordo com a Polícia Civil, antes do ato, a jovem havia deixado uma carta destinada a familiares e amigos, na qual afirmava que agiu sozinha e que ninguém sabia sobre seus planos. A vítima foi rapidamente socorrida, mas o estado de saúde não foi divulgado.
A jovem será submetida a audiência de custódia para os procedimentos legais.
Em nota, a Secretaria de Estado da Educação do Rio Grande do Norte expressou pesar pelo ocorrido e informou que acionou as forças de segurança imediatamente após o incidente. A SEEC também afirmou estar colaborando com as investigações e oferecendo apoio à escola, reiterando que a segurança dos estudantes, professores e funcionários é uma prioridade. A secretaria se solidarizou com a família da vítima e com a comunidade escolar, assegurando que medidas serão tomadas conforme necessário.
Um cliente de um bar em Curitiba teve uma experiência inesperada e, por certo, dolorosa ao dar a primeira mordida em uma coxinha de frango que explodiu em sua boca. O incidente foi registrado por uma câmera de segurança e, nas imagens, é possível ver pedaços da coxinha voando por todo o estabelecimento, deixando o cliente com queimaduras leves no rosto.
Christian de Souza Amaral, dono do bar, descreveu o momento como “surreal” e comentou sobre o barulho da explosão, comparando-o ao som de um pneu estourando. Ele ainda ressaltou que o vapor da coxinha foi liberado de forma violenta, atingindo o balcão, o teto e até a pia do local.
A coxinha havia sido preparada como de costume, com a fritura recém concluída. Segundo o proprietário, o cliente estava no bar quando pediu a coxinha, que estava quente e foi servida pouco depois de ter sido retirada da fritura.
O cliente retornou ao bar no dia seguinte, informando que estava bem, com apenas queimaduras superficiais, e agradeceu pela atenção recebida.
A cientista Laura Marise, especialista em biociências, sugeriu que o incidente tenha ocorrido devido a um bolsão de ar preso dentro da coxinha. Esse ar, quando aquecido durante a fritura, pode ter causado uma pressão interna que, ao ser liberada na mordida, provocou a explosão.
Em um alerta de segurança, o chef Rui Morschel aconselhou que, para evitar queimaduras, as pessoas abram a coxinha antes de comer, deixando o vapor sair, assim como já é feito com pastéis.