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Fósseis de dinossauros descobertos em SP podem ter 75 milhões de anos

Foram identificados ossos de costelas e vértebras, mas ainda não é possível determinar a espécie. Rochas onde eles estavam têm a mesma idade dos primeiros fósseis encontrados na cidade, na década de 80.

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Foto: Arquivo pessoal

Uma emocionante descoberta foi feita esta semana na zona rural de Monte Alto, no estado de São Paulo, onde novos fósseis foram encontrados. A paleontóloga Sandra Tavares, diretora do Museu de Paleontologia da região, revelou que esses fósseis podem pertencer a uma espécie de dinossauro até então desconhecida.

Sandra expressou grande entusiasmo em relação aos achados, pois ainda não se sabe que tipo de animal pode emergir dessas descobertas. Ela ressaltou que só poderão ter certeza sobre a natureza desses fósseis após seu devido preparo em laboratório. As rochas onde os fósseis foram encontrados possuem a mesma idade dos primeiros ossos descobertos na cidade na década de 1980, estimando-se que tenham cerca de 75 milhões de anos.

A paleontóloga afirmou que estudos indicam que a rocha que contém os ossos petrificados também tem aproximadamente 75 milhões de anos. Ela explicou que, se a rocha tem essa idade, é provável que tudo o que está dentro dela seja da mesma época. Assim, é possível inferir que esses dinossauros habitaram a região há cerca de 75 milhões de anos, durante o período conhecido como Cretáceo, na era geológica Mesozoica.

Por enquanto, os pesquisadores conseguiram identificar que os fósseis encontrados são partes de costelas e algumas vértebras. A espécie ainda não foi determinada. Sandra mencionou que há uma costela de grande tamanho e algumas estruturas que aparentam ser vértebras. Ela ressaltou que esses achados podem surpreender no futuro, após o trabalho de preparação dos fósseis no laboratório, quando será possível confirmar se se trata de um dinossauro saurópode, caracterizado por seus longos pescoços, ou de um dinossauro carnívoro.

Os saurópodes são comumente encontrados no Brasil e na América do Sul. A suspeita de que os novos fósseis pertençam a essa espécie específica se baseia no tamanho dos ossos das costelas. Sandra considera improvável que se trate de um carnívoro devido ao tamanho das costelas, sugerindo que seja mais provável que sejam fósseis de um dinossauro saurópode, que era herbívoro e também foi encontrado com frequência em Monte Alto.

A descoberta dos fósseis ocorreu no último domingo (18), quando um funcionário do museu estava indo visitar um parente na área rural e parou para examinar as rochas, como é comum na paleontologia quando surgem formações rochosas. Foi então que ele avistou um pequeno fragmento de fóssil, desencadeando uma escavação intensiva durante a semana para coletar mais material.

Segundo a paleontóloga, a descoberta só foi possível graças à habilidade de Cledinei Aparecido Francisco, auxiliar de paleontologia, que possui um olhar clínico afiado para identificar fósseis. Cledinei possui mais de 30 anos de experiência nessa área e conseguiu identificar o primeiro fóssil, o qual revelou a presença de outros fósseis em um bloco de rocha.

Cledinei, que estava de folga e passeando com sua família na área, descreveu o momento em que encontrou os fósseis como algo desesperador. Ele estava mexendo nas rochas com uma ferramenta quando, ao bater em uma delas, percebeu que era uma vértebra de um dinossauro. Ao limpar a área com um pincel, ele descobriu mais fósseis, resultando em uma descoberta emocionante.

Sandra ressaltou a importância dessa descoberta devido à quantidade significativa de material que pode ser coletada, enfatizando que esses fósseis são extremamente relevantes para a ciência e para os estudos paleontológicos realizados na região.

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