O Exército Brasileiro informou que sete de seus integrantes estão sendo investigados criminalmente por suspeita de envolvimento no furto de 21 metralhadoras do Arsenal de Guerra em Barueri, na Grande São Paulo. O crime teria ocorrido entre os dias 5 e 8 de setembro e foi descoberto no último dia 10/10, durante uma inspeção no quartel.
Além dos sete militares, que estão proibidos de sair do quartel, outros 20 estão sendo julgados administrativamente por negligência, omissão ou falha na fiscalização do material bélico. A punição administrativa pode chegar a 30 dias de prisão disciplinar. Já os investigados criminalmente serão julgados pela Justiça Militar, que determinará as penas.
Entre os suspeitos há oficiais, sargentos, cabos e soldados que “serão punidos ou por ação ou por inação”, afirmou o general Maurício Vieira Gama, chefe do Estado-Maior do Sudeste, em entrevista coletiva nesse domingo (22/10).
As armas furtadas são 13 metralhadoras calibre .50, capaz de derrubar aeronaves, e oito calibre 7,62, que perfuram veículos blindados. Até o momento, 17 delas foram recuperadas pelas polícias de São Paulo e do Rio de Janeiro. As outras quatro ainda estão desaparecidas.
Segundo a Polícia Civil, as metralhadoras seriam vendidas para as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), mas foram recusadas por estarem em mau estado de conservação e faltarem peças.