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Ginecologista é condenado a 35 anos de prisão por abusar de 38 mulheres

A decisão inclui indenização às vítimas e a cassação de sua titulação profissional. A defesa do médico anunciou que irá recorrer da sentença

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Foto:Rede social

O ginecologista Felipe Sá, que atendia em Maringá, Paraná, foi condenado a 35 anos de prisão por abusar sexualmente de 38 mulheres em seu consultório. A sentença foi proferida na sexta-feira, 30 de agosto de 2024. A defesa do médico anunciou que irá recorrer da decisão.

Sá, que foi preso em junho de 2023, estava em liberdade até a condenação e permanecerá assim enquanto houver possibilidade de recurso. Durante o julgamento, a pena total imposta foi de 35 anos, um mês e nove dias em regime fechado. Além disso, o médico foi condenado por 13 crimes de violação sexual mediante fraude.

Indenização e Cassação de Titulação

De acordo com a decisão judicial, Felipe Sá deverá indenizar as vítimas em R$ 15 mil cada uma, totalizando R$ 195 mil. Além disso, sua titulação em ginecologia foi cassada, e ele está proibido de atuar na medicina. O Conselho Regional de Medicina (CRM) informou que o registro profissional do médico está suspenso e um processo ético-profissional está em andamento para investigar as denúncias. O Conselho Federal de Medicina (CFM) avaliará as sanções disciplinares, que podem incluir desde advertências até a cassação definitiva do registro.

Detalhes da Investigação

Felipe Sá foi preso em 15 de junho de 2023, após ser investigado por crimes de violação sexual mediante fraude, importunação sexual e estupro de vulnerável. A investigação revelou que Sá abusou de pacientes em seu consultório e de ex-alunas em uma universidade onde lecionava. A prisão foi efetuada após uma policial, que estava grávida, se passar por paciente para confirmar as denúncias.

Segundo o delegado Dimitri Tostes Monteiro, o médico criava um “ambiente de segurança” para ganhar a confiança das vítimas, usando temas de empoderamento feminino e outros assuntos para cativá-las antes de cometer os abusos.

A Polícia Civil de Maringá identificou 41 mulheres como possíveis vítimas, das quais 38 foram ouvidas no inquérito. Após ser preso, Felipe Sá teve seu pedido de habeas corpus negado e foi transferido para o Complexo Médico Penal em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Em dezembro de 2023, ele foi liberado com tornozeleira eletrônica.

Repercussão e Próximos Passos

A condenação de Felipe Sá teve grande repercussão e trouxe alívio para as vítimas. A defesa do médico afirmou que irá recorrer da sentença junto ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), enquanto o CRM e o CFM continuarão com as investigações e sanções profissionais.

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