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Brasil

Ministros garantem recursos para áreas afetadas pelas chuvas no Acre

Mais de 2,5 mil estão desabrigadas pela cheia do Rio Acre

Pedro Devani/Secom

Em visita à capital acreana, Rio Branco, os ministros da Meio Ambiente, Marina Silva, e da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes garantiram que o governo federal destinará recursos para sanar os estragos causados pelas chuvas, que afetam o estado desde a quinta-feira.(24). Góes disse que mais ações se tornaram possíveis desde que o governo federal homologou o estado de emergência em Rio Branco, em decreto assinado e publicado em edição extra do Diário Oficial da União na noite desse sábado (25).

O ministro acrescentou que técnicos da Defesa Civil nacional encontram-se no Acre para auxiliar outra cidades a também terem reconhecidas o estado de emergência e também acessarem uma maior ajuda federal. 

Cidades acreanas como Epitaciolândia, Assis Brasil e Brasiléia também foram atingidas. Os servidores vão ajudar esses municípios a “realizarem os planos de trabalho para a solicitação de recursos federais para assistência humanitária, restabelecimento de vias públicas, pontes e até mesmo reconstrução das casas das pessoas atingidas pelo desastre”, disse Góes. 

Acreana, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou que o governo federal dará respostas “o mais rápido possível”. 

Atingidos

Mais de 32 mil pessoas já foram afetadas até o momento pela cheia do Rio Acre, sendo que 2,5 mil estão desabrigadas ou desalojadas. Até a noite desse sábado, a medição do nível do Rio Acre marcava 16,37 metros, acima do patamar de transbordamento, que é de 14 metros, de acordo com informações divulgadas ontem pela Defesa Civil municipal. Neste domingo, as chuvas continuam.

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PP), agradeceu a visita da comitiva federal e se disse tranquilizado pela rapidez da ajuda vinda de Brasília. “Essa agilidade nos deixa muito tranquilo de que vamos ter o suporte necessário financeiro”, afirmou.

O governador Gladson Cameli (PP) ressaltou a importância de união em um momento de emergência, apesar de diferenças políticas. “Temo só um único propósito, que é tentar chegar com a mão do Estado até as famílias que estão mais necessitadas”, disse o mandatário estadual.

Não foram registradas mortes em decorrência das enchentes em Rio Branco. A capital do Acre está acostumada a conviver com o monitoramento do nível do rio e seus igarapés que cortam a cidade. Nos últimos dias, o nível das águas subiu com velocidade, mais de sete metros, devido às fortes chuvas que atingem as regiões Norte e Nordeste.

Somente em Rio Branco, foram registrados 203 milímetros de chuva na noite de sexta-feira (24), volume próximo ao esperado para todo o mês de março. Ao todo, os alagamentos atingiram 30 bairros. Segundo a Defesa Civil, 24 abrigos foram mobilizados para receber desabrigados (pessoas obrigadas a sair de casa e que não têm para onde ir).

Além do Acre, ao menos outros cinco estados também registram atingidos e desabrigados pelas chuvas e enchentes. Em Manaus, vídeos publicados em redes sociais mostram casa sendo arrastadas pelas águas, por exemplo. Outros estados atingidos foram Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão.

Até a noite de sábado, no Maranhão, por exemplo, o governo estadual já havia reconhecido situação de emergência em 49 cidades atingidas pelas chuvas e cheias. Ainda hoje, a comitiva do governo federal segue para Manaus, onde deve haver reuniões com autoridades locais e visitas a áreas atingidas.

Por: Agência Brasil

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“Sinto a dor dilacerante”: Pai de estudante morto por PM em SP escreve carta aberta a Lula, pedindo justiça

Julio Cesar, pai de Marco Aurélio, que foi morto durante uma abordagem policial em um hotel em São Paulo, publicou uma carta aberta ao presidente Lula pedindo por justiça

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O médico Julio Cesar Acosta Navarro, pai de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante de medicina que foi morto por um policial militar em um hotel em São Paulo, no dia 20 de novembro, escreveu uma carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi publicada nas redes sociais nesta sexta-feira, 20 de dezembro. Na mensagem, Julio Cesar clama por justiça pela morte de seu filho, de 22 anos.

Em seu relato, o médico descreve os 30 dias de dor desde o trágico acontecimento e afirma que seu filho foi assassinado de forma cruel e covarde por membros da Polícia Militar, com o apoio da hierarquia superior da corporação. Ele lembra que encontrou Marco Aurélio ainda com vida no hospital, quando o jovem, em choque hemorrágico, pediu desesperadamente por ajuda: “Sinto a dor dilacerante, a angústia e a raiva de lembrar as últimas imagens dele, me pedindo para salvá-lo, deitado em uma sala de emergência, sussurrando: ‘pai, me ajuda’”, relatou.

Julio Cesar criticou a ação dos policiais militares Guilherme Augusto Macedo e Bruno Carvalho do Prado, acusando-os de agirem de maneira covarde ao atirar à queima-roupa no seu filho. Ele destacou que o jovem estava desarmado, usando apenas um short e chinelos. “Os policiais estavam em maior número, maiores, com mais treinamento militar, superprotegidos e armados. Eles mataram meu filho com um tiro à queima-roupa”, desabafou.

O médico também mencionou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, e relatou que 81 organizações assinaram uma denúncia contra os dois, em que acusam o aumento da violência policial no estado. A denúncia foi encaminhada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

Julio Cesar contou ainda que, na madrugada do ocorrido, tentou obter informações sobre o paradeiro de seu filho, mas foi constantemente negado pelas autoridades. Ele descreveu o tratamento hostil dos policiais, que pareciam se preparar para um confronto com ele, apesar de sua postura tranquila e respeitosa.

Finalizando sua carta, Julio Cesar expressou sua admiração por Lula e fez um apelo sincero, com esperança de que o presidente possa interceder para trazer alívio à dor de sua família, garantindo que o caso seja tratado com justiça.

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Empresário, dono do avião que caiu em Gramado, perdeu a mãe em acidente aéreo em 2010

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Empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi


O empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi, proprietário do avião que caiu em Gramado, Rio Grande do Sul, neste domingo (22), é filho do ex-presidente do grupo Pão de Açúcar, Cláudio Galeazzi. A tragédia também traz à tona um triste episódio pessoal na vida de Luiz Claudio: em 2010, ele perdeu sua mãe, Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, em um acidente aéreo.

O acidente fatal que tirou a vida de Maria Leonor ocorreu em janeiro de 2010, quando o avião bimotor de sua propriedade caiu em Iperó, região de Sorocaba (SP). Além de Maria Leonor, o piloto José Andrei Ferreira dos Santos também faleceu no incidente.

A aeronave que caiu em Gramado havia decolado do aeroporto de Sorocaba por volta das 9h30 e estava a caminho de Goiás. Pouco após a decolagem, o avião caiu em uma fazenda localizada a cerca de 30 quilômetros do ponto de partida. Testemunhas indicaram que a aeronave teria colidido com o solo de forma abrupta, “de bico”.

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Acidente em Gramado: o que se sabe sobre a tragédia que vitimou 10 pessoas

Acidente aéreo em Gramado deixa 10 mortos da mesma família; investigações apontam mau tempo como possível causa

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Acidente aéreo em Gramado deixa 10 mortos da mesma família

Na manhã de domingo (22/12), um grave acidente aéreo em Gramado, na Serra Gaúcha, resultou na morte de 10 pessoas, todas da mesma família. A aeronave, um turboélice PA-42-1000 fabricado em 1990, partiu de Canela (RS) com destino a Jundiaí (SP) e era pilotada pelo empresário Luiz Claudio Salgueiro Galeazzi, de 61 anos, proprietário do avião.

De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o avião, de matrícula PR-NDN, estava autorizado a voar até março de 2025. A tragédia também deixou 17 pessoas feridas em solo, principalmente por inalação de fumaça, após a queda que envolveu colisões em uma chaminé, um prédio e uma loja de móveis.

Detalhes do acidente

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, o avião atingiu a chaminé de um prédio antes de colidir com o segundo andar de uma casa e cair sobre um estabelecimento comercial. Os destroços ainda danificaram uma pousada próxima.

As vítimas da aeronave incluíam o piloto, sua esposa, três filhos, a sogra, a cunhada, o marido dela e dois sobrinhos, ambos crianças. Os corpos começaram a ser retirados do local no início da noite. Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento da colisão, que ocorreu às 9h13.

Investigações em andamento

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) está analisando as causas do acidente, enquanto a Polícia Civil apura possíveis responsabilidades. O mau tempo e a presença de neblina no momento da queda são fatores que estão sendo avaliados.

Na sexta-feira anterior, ao pousar em Canela, o mesmo avião teve dificuldades de aproximação, manobra considerada arriscada por especialistas.

Repercussão e homenagens

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, esteve no local e lamentou a tragédia, ressaltando o impacto ainda maior por ocorrer próximo ao Natal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também prestou solidariedade às famílias das vítimas.

Impacto em Gramado

A programação do evento Natal Luz foi cancelada no domingo em respeito às vítimas. A organização disponibilizou um site para reagendamento ou reembolso de ingressos do desfile que seria realizado.

A apuração dos fatos segue em curso, enquanto a comunidade local e nacional se solidarizam com as famílias afetadas.

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