A baleia jubarte que ficou presa na areia duas vezes neste mês, na Bahia, não resistiu e morreu. A confirmação foi dada nesta segunda-feira (17) pelo Projeto Baleia Jubarte, que acompanhou o caso desde o primeiro encalhe, no dia 8 de julho.
O animal, que tinha cerca de 12 metros de comprimento e pesava 15 toneladas, apresentava uma lesão em uma das nadadeiras, que dificultava sua locomoção na água. A equipe do Projeto Baleia Jubarte tentou diversas vezes devolver a baleia ao mar, com a ajuda de moradores e de órgãos ambientais, como o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e a Marinha do Brasil. Foram usadas fitas, cordas e até um rebocador para tentar soltar o animal, mas ele sempre voltava a encalhar.
Na sexta-feira (14), a baleia foi levada para um local mais profundo, a cerca de 300 metros da praia, mas não conseguiu se afastar da costa. O Projeto Baleia Jubarte coletou amostras de sangue, pele e gordura da baleia para tentar identificar possíveis doenças ou infecções que pudessem ter contribuído para o encalhe. Os resultados ainda não foram divulgados. O projeto também informou que vai providenciar a remoção da carcaça da baleia da praia, em parceria com a prefeitura de São Francisco do Conde.
No domingo (16), um vídeo feito por moradores da região mostrou a baleia na praia do Caípe, próximo à Refinaria de Mataripe. Nas imagens, o animal parecia chorar por causa do encalhe. Uma pessoa chegou a comentar: “dá até para ver as lágrimas”. No entanto, o biólogo Victor Bandeira, coordenador do Projeto Baleias Soteropolitanas, esclareceu que se tratava de uma glândula na pálpebra que produz um óleo para lubrificar o olho contra o ressecamento. “Como ela está na terra, com vento, isso acaba ressecando os olhos, então ela produz esse óleo para proteger o globo ocular”, explicou.
Veja o vídeo abaixo: