Número de presos por incêndios florestais em SP chega a três

O total de prisões relacionadas aos incêndios florestais no interior de São Paulo chegou a três nesta segunda-feira (26). Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a mais recente prisão ocorreu em Porto Ferreira. Durante o final de semana, outras duas pessoas já haviam sido detidas em São José do Rio Preto e Batatais, regiões também afetadas pelas queimadas.

A Defesa Civil do estado informou que todos os focos de incêndio foram controlados, e que atualmente não há mais incêndios ativos. No entanto, o alerta máximo continua em vigor em 48 municípios, como medida preventiva.

Com a situação mais estável, as rodovias que haviam sido fechadas por causa das queimadas foram reabertas. Equipes do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) e da Artesp permanecem monitorando as áreas, prontas para intervir em caso de novos focos que possam comprometer a segurança nas estradas.

Tornado de fogo e fumaça atingem outras capitais

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cenas impressionantes de um ‘tornado de fogo’ consumindo áreas do interior de São Paulo, destacando a gravidade dos incêndios. A fumaça densa não ficou restrita ao estado e chegou a alcançar os céus de Brasília e Goiânia, que amanheceram nubladas no domingo (25), com pouca visibilidade.

No total, 68 pessoas foram atingidas pelos incêndios florestais, incluindo 66 feridos e 2 vítimas fatais. No pico da crise, foram registrados até 24 focos simultâneos de queimadas na manhã de sábado (24). A Polícia Civil segue investigando as causas desses incêndios, com atenção especial às ocorrências em regiões que foram gravemente afetadas. O governador Tarcísio de Freitas decretou situação de emergência em 45 municípios paulistas por conta dos incêndios florestais ocorridos entre 4 e 24 de agosto.

A Polícia Federal também está envolvida na investigação das causas dos incêndios, com dois inquéritos abertos para apurar possíveis crimes em Rio Preto e Ribeirão Preto.

Prejuízos no setor agrícola

Os incêndios não só afetaram a vegetação nativa, mas também causaram enormes prejuízos econômicos, especialmente no setor agrícola. Segundo a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), aproximadamente 60 mil hectares de plantações de cana-de-açúcar foram destruídos, resultando em um prejuízo estimado de R$ 350 milhões.

Com o mês de agosto marcando um recorde em focos de incêndio no estado, somando 3.480 pontos registrados, a situação continua preocupante. O governo federal, junto com a Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), está tomando medidas rigorosas para combater o problema, com diversas investigações em andamento para identificar e punir os responsáveis pelos incêndios criminosos.