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Bolsonaro admite ter pedido para empresário disparar fake news sobre urnas

Mensagem foi encontrada pela PF em grupo que discutia um golpe de Estado.

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Foto: Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que enviou uma mensagem a um empresário pedindo que ele “repassasse ao máximo” uma fake news sobre as urnas eletrônicas. A mensagem foi enviada a Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, que é um dos investigados no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro disse à Folha de S. Paulo que não viu problema em enviar a mensagem, pois era um defensor do voto impresso. Ele afirmou que o ministro Luís Roberto Barroso, do STF e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tinha falado no exterior sobre a derrota da proposta do voto impresso na Câmara, em 2021.

A declaração foi feita durante um voo de Brasília a São Paulo nesta quarta-feira (23), onde Bolsonaro foi internado no hospital Vila Nova Star para realizar exames de rotina, segundo o advogado Fábio Wajgarten.

A troca de mensagens entre Bolsonaro e Nigri foi revelada pelo blog da Daniela Lima. Na mensagem atribuída a Bolsonaro, ele ordena que sejam disparadas notícias falsas e atentatórias à democracia. Nigri responde que já repassou para vários grupos.

Nigri é um dos oito empresários que foram alvos de mandados em razão de conversas em aplicativo de mensagens sobre um suposto golpe de Estado. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu mais 60 dias para que a Polícia Federal faça diligências em relação a Nigri. Moraes justificou que há evidências de vínculo entre ele e Bolsonaro para disseminação de fake news.

No mesmo dia, Moraes arquivou a investigação contra seis empresários, mas manteve aberto o de Nigri e de Luciano Hang, dono da Havan. Hang não forneceu as senhas do seu celular apreendido e a perícia técnica ainda trabalha para identificá-las.

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