Política

Brasil será consultado sobre possível prisão de Putin durante cúpula do G20

A Ucrânia deve consultar o Brasil sobre o cumprimento do mandado de prisão contra Vladimir Putin, caso ele participe da cúpula do G20 no Rio de Janeiro

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Presidente russo, Vladimir Putin

A Ucrânia planeja realizar consultas com o governo brasileiro nos próximos dias para discutir a possível prisão do presidente russo, Vladimir Putin, caso ele visite o Brasil em novembro, para participar da cúpula do G20 no Rio de Janeiro. A questão surge devido ao mandado de prisão internacional emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), acusando Putin de crimes de guerra relacionados à invasão da Ucrânia.

Desde março de 2023, Putin é alvo dessa ordem judicial, e países que reconhecem a jurisdição do TPI, como o Brasil, têm a obrigação de cumprir o mandado e prender o líder russo se ele estiver em seus territórios. A confirmação da consulta foi dada por fontes diplomáticas, destacando que o governo brasileiro poderá ser pressionado a agir caso Putin decida comparecer ao evento.

Na segunda-feira (14), o procurador-geral da Ucrânia, Andriy Kostiin, reforçou a necessidade de que a ordem de prisão seja cumprida, considerando que a visita de Putin ao Brasil poderia criar uma crise diplomática. Até o momento, o Kremlin não confirmou oficialmente a presença do presidente russo na cúpula do G20.

Recentemente, Putin desafiou o mandado de prisão ao realizar uma visita oficial à Mongólia no início de setembro, país que também reconhece a jurisdição do Tribunal de Haia. Apesar da pressão internacional, incluindo da União Europeia, as autoridades mongóis não cumpriram a ordem, e Putin foi recebido com honras de chefe de Estado.

A possível vinda de Putin ao Brasil coloca o governo em uma posição delicada, já que o país tem relações diplomáticas tanto com a Rússia quanto com a Ucrânia, além de compromissos com o Tribunal Internacional de Haia. Caso a visita de Putin seja confirmada, o Brasil terá que decidir entre cumprir suas obrigações legais ou enfrentar repercussões políticas e diplomáticas.

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