No último dia 29 de julho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública e os Ministérios da Cidadania e da Saúde assinaram Dois Acordos de Cooperação Técnica (ACT) que visam aprimorar a qualidade do atendimento às vítimas do tráfico de pessoas. A tratativa tem como objetivo capacitar profissionais de mais de 10 mil unidades de atendimento em todo o Brasil e ainda ampliar a rede de prestação desse serviço.
Qualificado como uma grave prática de violação aos direitos humanos, o tráfico de pessoas é o terceiro crime mais rentável do mundo, atrás apenas do tráfico de armas e tráfico de drogas, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A alarmante estatística é camuflada pelos casos subnotificados. Por isso, a ativista social Danny Boggione considera a medida assinada pelo governo como uma importante ferramenta para que os profissionais saibam como identificar pessoas em situação de exploração sexual, trabalho escravo, servidão ou adoção ilegal.
Segundo Danny, ao longo dos anos, perceber vítimas de tráfico humano se tornou uma tarefa difícil. “Por medo que o sistema de justiça ou a sociedade civil perceba sinais de violência física e/ou coerção, os traficantes aprimoraram suas táticas de disfarce. Muitas vezes as vítimas transitam (aparentemente) livres. Por isso, é importante que os profissionais conheçam os indicadores de uma possível vítima de tráfico humano para prestarem assistência quando uma adentrar um posto de saúde, comércio ou qualquer outro local público”.
Campanhas de conscientização pelo Sistema Único de Saúde
Entre as estratégias traçadas pelo governo federal, a medida prevê a oferta de curso de capacitação direcionado aos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), que engloba os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS). No âmbito da pasta da saúde, além do suporte aos gestores e profissionais, ainda haverá a elaboração de pesquisas sobre a saúde das vítimas e campanhas desenvolvidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na sensibilização do tema.
Sobre as campanhas de conscientização, a ativista social considera que o trabalho de prevenção e informação ainda é o melhor remédio contra o crime. “Quanto mais pessoas tiverem acesso aos indicadores que configuram uma possível vítima de tráfico de pessoas, menos passarão despercebidas. Também será importante a divulgação dos canais de denúncia que devem ser acionados quando alguém identificar uma vítima”, aconselhou.
“A área da saúde tem um papel essencial na identificação de vítimas de tráfico humano, porque muitas vezes a porta de entrada delas são os postos de saúde e hospitais”.
Como denunciar
As denúncias contra casos de tráfico de pessoas, contrabando de migrantes e tráfico de mulheres podem ser feitas às autoridades brasileiras por meio do disque 100 ou no número 180.
Conheça Danny Boggione
Porta-voz da luta contra o tráfico humano nas redes sociais, a influenciadora Danny Boggione desenvolve um trabalho de utilidade pública no enfrentamento ao comércio de seres humanos, mais comumente para fins de escravidão sexual, trabalho forçado ou exploração sexual comercial.
Formada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com especialização em Cambridge, na Inglaterra, Danny desenvolve o trabalho social diretamente da Turquia, onde mora há 20 anos.
Além da problemática apresentada, a influenciadora também lida com casos de crimes cibernéticos, com o foco de alertar e prevenir usuários contra crimes digitais — desde o estelionato afetivo até o tráfico de pessoas.
A ativista ainda é fundadora do maior canal de Youtube sobre o Oriente Médio e região. Intitulado “Sobrevivendo na Turquia”, a página possui mais de 380 mil inscritos. No instagram @dannyboggione, ela conversa sobre as graves práticas de violação aos direitos humanos com mais de 90 mil seguidores.
O currículo de Danny Boggione se estende para a Televisão, onde foi apresentadora do programa “O Mundo Segundo os Brasileiros”, edição Turquia. Além de produtora e personagem dos programas comandados pelos apresentadores Eliana e Gugu Liberato, no país Turco.
Por: Natália Ferreira
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Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio
Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.
De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.
Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.
A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.
Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.
O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.
Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.
“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.
A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.
A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.
Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano
Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais
Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.
O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.
O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.
“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.
O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.