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Política

Ministro do TSE envia ação que pode tornar Carla Zambelli inelegível à Justiça Eleitoral de SP

Corregedor-geral eleitoral, ministro Benedito Gonçalves negou pedido para anexar esse caso a uma outra ação contra a deputada que já tramita no Tribunal Superior Eleitoral.

Foto: Reprodução

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) terá que responder na Justiça Eleitoral de São Paulo por uma ação que pode torná-la inelegível por oito anos. Ela é acusada pelos também deputados Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) de disseminar desinformação sobre o sistema de votação brasileiro.

A decisão de remeter o caso para o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) foi do ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele negou o pedido da defesa de Zambelli, que queria que a ação fosse anexada a outro processo que tramita no TSE, envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e um grupo de apoiadores.

O ministro argumentou que não há conexão entre os dois processos, pois o primeiro trata de suposto abuso de poder cometido por Zambelli na eleição para deputada federal, enquanto o segundo discute a influência de um “ecossistema de desinformação” no pleito presidencial.

Gonçalves também afirmou que a reunião de processos deve atender à racionalidade processual e que não se justifica a concentração de todas as ações sobre fatos assemelhados no TSE, em prejuízo à celeridade das ações relativas à eleição para presidente.

A ação contra Zambelli foi apresentada em novembro do ano passado pelos advogados de Sâmia Bomfim e Glauber Braga. Eles alegam que a parlamentar bolsonarista usou indevidamente veículos de comunicação social, além de cometer abuso de poder político e econômico.

Os advogados afirmam que Zambelli tem um histórico de ataques à integridade eleitoral e à Justiça Eleitoral, disseminando retóricas falsas, incentivando a violência contra opositores políticos, apoiando atos antidemocráticos e mobilizando sua base de seguidores.

O processo também listou postagens com ataques ao sistema eleitoral feitas por Zambelli antes e durante o processo eleitoral. A ação dos deputados do PSOL acusa a deputada do PL de usar “a sua notoriedade nas redes sociais para atacar as urnas eletrônicas e as instituições democráticas”.

Política

Empresa de fachada em terra indígena recebe R$ 1 milhão do governo Lula

Contrato com empresa suspeita foi rescindido após indícios de irregularidades; pagamento inicial era de R$ 12,8 milhões

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Ministério da Saúde

Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde repassou R$ 998 mil para uma empresa suspeita de ser de fachada. A companhia foi contratada de maneira emergencial para prestar serviços administrativos e de recepção no Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá/Norte do Pará (Dsei AMP).

O contrato original era de R$ 12,8 milhões, com duração de 12 meses, mas foi rescindido devido a irregularidades detectadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU). A investigação revelou que a empresa contratada, S R de Oliveira (nome fantasia Marjo Soluções), foi criada recentemente e tem apenas quatro funcionários. A dona da empresa é Sandra Rodrigues de Oliveira, uma faxineira que já trabalhou em outra empresa prestadora de serviços para o Dsei AMP.

A S R de Oliveira foi registrada em março de 2022 no bairro Trem, em Macapá (AP), e chamou a atenção pelo número reduzido de funcionários. O contrato emergencial, que deveria fornecer 131 auxiliares administrativos e 12 recepcionistas, não correspondia à quantidade de pessoal real da empresa.

Além disso, o TCU identificou irregularidades no processo de licitação, destacando que 24 das 27 empresas concorrentes foram desclassificadas antes da fase de lances, dificultando a apresentação de recursos.

Embora o TCU tenha arquivado o processo após a rescisão do contrato, abriu uma investigação separada para apurar a possibilidade de a S R de Oliveira ser, de fato, uma empresa de fachada.

Até o fechamento desta matéria, o Ministério da Saúde e a empresa não haviam se manifestado sobre o caso.

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Política

Câmara dos Deputados aprova emenda que institui castração química para pedófilos; veja como votaram os deputados

Emenda que prevê castração química para pedófilos gera polêmica e segue para análise do Senado

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A Câmara dos Deputados aprovou, por 267 votos a 85, uma emenda que determina a castração química como punição para pedófilos. A medida foi incluída na votação do projeto de lei (PL) 3976/20, que também cria um cadastro público com informações de condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes.

A emenda, proposta pelo deputado Ricardo Salles (PL-SP), foi rejeitada inicialmente pela relatora, Deputada Delegada Katarina (PSD-SE), que, apesar de concordar com o conteúdo, temia que a aprovação da emenda atrasasse a tramitação do projeto. Para que a emenda fosse considerada, foi necessário um requerimento de destaque, gerando debates intensos entre os parlamentares.

Durante a discussão, deputados favoráveis à emenda argumentaram que ela era uma medida necessária para proteger crianças e adolescentes. Por outro lado, os opositores afirmaram que a castração química não seria eficaz para reduzir os casos de pedofilia e que sua inclusão no projeto poderia prejudicar a aprovação do cadastro público de pedófilos.

O governo se posicionou contra a proposta, enquanto os partidos PL, Novo, a Minoria e a oposição foram favoráveis à emenda. Agora, o projeto segue para o Senado, onde pode ser alterado antes de sua sanção final.

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Política

Lula se recupera bem após cirurgia no cérebro, confirma médico

Presidente segue internado no Hospital Sírio-Libanês após drenagem de hematoma; médico destaca que ele mantém bom humor e funções neurológicas preservadas

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Presidente Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 79 anos, se recupera de forma positiva após ser submetido a uma cirurgia no cérebro, realizada na noite de segunda-feira (9), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. De acordo com o cardiologista Roberto Kalil Filho, responsável pelo acompanhamento, Lula teve uma boa noite de sono e segue com o bom humor preservado.

O procedimento, conhecido como trepanação, foi realizado para a drenagem de um hematoma causado por um sangramento entre o cérebro e a membrana chamada dura-máter. A cirurgia durou cerca de duas horas e foi conduzida sem complicações. Kalil Filho enfatizou que todas as funções neurológicas de Lula estão preservadas e que as chances de novos problemas são mínimas.

Em coletiva realizada nesta terça-feira (10), a equipe médica detalhou a cirurgia, explicando que a técnica de perfuração do crânio é comum em casos neurológicos dessa natureza, com a cicatrização ocorrendo de maneira natural e sem necessidade de intervenções adicionais.

Embora o presidente continue internado, o governo informou que ele não passará o cargo ao vice-presidente Geraldo Alckmin durante este período, e que não há atividades presenciais de gabinete no hospital.

O quadro de saúde de Lula vem sendo monitorado de perto desde a queda que sofreu em outubro, no Palácio da Alvorada, quando bateu a cabeça e precisou de atendimento médico devido a um traumatismo craniano. Desde então, o presidente reduziu sua agenda de compromissos para focar na recuperação.

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