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Brasil

Prefeito de Guarujá bebe água do mar para reforçar segurança e atrair turistas após surto de virose

Prefeito bebe água do mar para provar a qualidade das praias e incentivar o turismo após surto de virose e cancelamentos de reservas na região

Farid Madi (Podemos), prefeito de Guarujá, no litoral paulista

Farid Madi (Podemos), prefeito de Guarujá, no litoral paulista, protagonizou um ato inusitado para tranquilizar os turistas e incentivar a visitação à cidade. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele aparece na Praia de Pitangueiras, afirmando que as águas estão limpas e seguras para banho, antes de entrar no mar e beber a água. “Aquelas pessoas que gostam de Guarujá podem vir para cá, nossas águas estão limpas”, garantiu o gestor municipal.

O gesto de Farid ocorre em meio a um surto de virose e relatos de arrastões na Baixada Santista, que têm impactado diretamente o turismo na região. A Federação de Hotéis, Bares e Restaurantes do Estado de São Paulo (Fhoresp) informou que, devido à situação, 19% das reservas em hotéis e pousadas foram canceladas, o que levou a entidade a enviar um ofício ao governador Tarcísio de Freitas solicitando medidas urgentes para conter os prejuízos.

De acordo com a Prefeitura de Guarujá, a contaminação das águas possivelmente ocorreu pelo despejo irregular de esgoto, o que pode ter contribuído para o aumento dos casos de virose. A administração municipal notificou a Sabesp para averiguar a situação. Ainda assim, o prefeito ressaltou no vídeo que a cidade está preparada para receber os turistas, destacando melhorias na segurança pública, como o reforço de câmeras de monitoramento e a presença de autoridades policiais.



“Além das nossas praias próprias para banho, somos uma cidade segura, com câmeras funcionando plenamente. Nossa rede hoteleira é uma das melhores da região, pronta para receber vocês de braços abertos”, afirmou Farid.

No entanto, dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apontam que, das 12 praias de Guarujá, duas estão classificadas como impróprias para banho: Perequê e Enseada. Essa análise se baseia na densidade de bactérias fecais coletadas em amostras ao longo de cinco semanas consecutivas.

Impactos no turismo

A Fhoresp destacou que o surto de virose, agravado por relatos de arrastões, criou uma crise sem precedentes no litoral paulista. Segundo Edson Pinto, diretor-executivo da entidade, o problema gerou um “combo explosivo”, comprometendo a confiança dos turistas e impactando diretamente a economia local, que depende da alta temporada para equilibrar as contas.

“Essas ocorrências afastam o turista e prejudicam a imagem da região. Muitos estabelecimentos dependem desse período para compensar o baixo fluxo ao longo do ano. Será que os visitantes vão se sentir seguros para voltar à Baixada Santista?”, questionou Pinto.

O Governo do Estado afirmou, por meio de nota, que está monitorando o aumento de contaminações e mantendo diálogo com o setor para implementar ações preventivas e minimizar os impactos no turismo. Medidas específicas, entretanto, não foram divulgadas até o momento.

A atitude do prefeito de Guarujá, semelhante ao gesto da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, que mergulhou no Rio Sena para demonstrar a qualidade da água antes das Olimpíadas de 2024, buscou reforçar a confiança do público. Ainda assim, especialistas apontam que recuperar a imagem do litoral paulista exigirá esforços contínuos e medidas eficazes para restaurar a segurança e a saúde pública na região.

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Motorista que devolveu R$ 131 milhões por engano busca direito à recompensa judicial

Antonio Pereira alega danos emocionais e cobra 10% do valor indevido; audiência será realizada em fevereiro

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Antonio Pereira do Nascimento, motorista de Goiás, entrou com uma ação judicial contra o banco Bradesco após receber, por engano, R$ 131 milhões em sua conta. Quando percebeu o erro, o motorista devolveu o valor, mas agora busca uma recompensa de 10% do montante, ou seja, R$ 13 milhões, alegando danos emocionais e financeiros causados pela situação. A audiência está marcada para o dia 18 de fevereiro de 2025.

O advogado Thiago Perez, que não representa o motorista na ação cível, explicou ao g1 que a questão envolve a interpretação do artigo 1.234 do Código Civil, que garante direito à recompensa a quem devolve algo perdido, levando em consideração o esforço para encontrar o dono. Perez explicou que, embora a devolução seja um dever, o contexto, especialmente em situações digitais, pode influenciar a decisão judicial.

A defesa de Pereira alega que o motorista não apenas devolveu os R$ 131 milhões de forma voluntária e honesta, mas também foi tratado de maneira ríspida pela instituição financeira, sendo pressionado a comparecer à agência para regularizar a transação. Além disso, o advogado destacou que o caso gerou “abalos emocionais e constrangimentos” para Pereira, exacerbados pela exposição midiática.

O banco também enfrentou críticas por cobrar taxas indevidas após o erro. Pereira relatou que a tarifa mensal de sua conta foi aumentada sem justificativa após a devolução do dinheiro, passando de R$ 36 para R$ 70. Perez afirmou que o banco deve restituir essa cobrança indevida em dobro.

A decisão final sobre o direito à recompensa será tomada pelo Judiciário, que avaliará o contexto da devolução e as circunstâncias do caso. A audiência de fevereiro promete definir um importante precedente para o reconhecimento da boa-fé nas situações envolvendo erros financeiros digitais.

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Bebê é encontrado morto em saco de lixo em frente a UPA em Aparecida de Goiânia

Corpo do bebê estava em avançado estado de decomposição e placenta foi encontrada junto ao cadáver; Polícia investiga o caso

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Bebê foi encontrado em estado avançado de decomposição dentro de um saco de lixo, em frente à UPA Brasicon, em Aparecida de Goiânia, no último domingo / Foto: Divulgação

Um bebê foi encontrado morto dentro de um saco de lixo em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Brasicon, em Aparecida de Goiânia (GO), no domingo (2/2). Moradores que passavam pelo local notaram a sacola plástica e imediatamente acionaram a Guarda Civil Municipal (GCM).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para confirmar o óbito. Ao chegar no local, a Polícia Científica de Goiás informou que o corpo do bebê já estava em estado avançado de decomposição e que a placenta também foi encontrada junto ao cadáver.

A Polícia Civil de Goiás, por meio do Grupo de Investigação de Homicídios, está conduzindo as investigações para identificar a pessoa responsável por deixar o bebê no local e esclarecer as circunstâncias da morte. O caso segue em apuração.

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Garimpo subterrâneo ilegal na Amazônia é desativado após causar R$ 1 bilhão em destruição

Operação da PF descobre exploração clandestina com trabalho escravo e contaminação ambiental

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Um garimpo ilegal subterrâneo, localizado em Maués, no Amazonas, foi desativado pela Polícia Federal entre os dias 31 de janeiro e 3 de fevereiro. A operação Mineração Obscura 2 revelou que, além de submeter trabalhadores a condições análogas à escravidão, a atividade clandestina provocou danos ambientais estimados em R$ 1 bilhão, incluindo desmatamento e contaminação de lençóis freáticos.

A ação foi conduzida por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a PF desativou um garimpo subterrâneo no país. Diferente das explorações a céu aberto, mais comuns na região amazônica, esse modelo utilizava minas subterrâneas, tornando a fiscalização ainda mais desafiadora e ampliando os riscos ambientais e trabalhistas.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes confirmaram que os trabalhadores enfrentavam jornadas exaustivas, sem acesso a condições mínimas de segurança e direitos básicos. O caso segue sob investigação.

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