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“Rei e Rainha da Creatina” são investigados por venda de suplementos irregulares

Empresários são suspeitos de adulterar produtos e vender creatina fora dos padrões legais; Polícia Civil apreendeu 30 toneladas de suplementos

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Foto: Rede Social

Os empresários Yuri Silveira de Abreu e Fabiula de Arruda Freire, conhecidos nas redes sociais como o “Rei e a Rainha da Creatina”, estão sendo investigados pela Polícia Civil de São Paulo (PCSP). Donos do Grupo Soldiers, o casal é suspeito de modificar suplementos alimentares, prática que pode configurar crimes de falsidade ideológica e contra as relações de consumo.

No início de novembro, autoridades apreenderam cerca de 30 toneladas de creatina em locais associados à empresa. A operação resultou no fechamento de dois centros de operação: um galpão na zona leste da capital paulista e uma unidade de manipulação em Jundiaí, interior do estado. Ambos os locais não possuíam licenças adequadas para armazenamento e fabricação de suplementos.

Produtos irregulares e denúncias

Segundo as investigações, os produtos comercializados pela empresa apresentavam irregularidades, incluindo relatos de consumidores sobre contaminação com larvas, fios de cabelo e outros contaminantes. Conversas encontradas em dispositivos apreendidos durante a fiscalização reforçam essas reclamações.

A Soldiers Nutrition, que tem um faturamento estimado em R$ 250 milhões, afirmou que os locais interditados pertencem a terceiros e que não possuem vínculo societário direto com a companhia. A empresa sustenta que sempre seguiu padrões rigorosos de qualidade e que as alegações são infundadas.

Posicionamento da empresa

Em nota, a Soldiers Nutrition reafirmou seu compromisso com a transparência e a qualidade de seus produtos, alegando que realiza auditorias e testes laboratoriais periódicos para garantir a segurança de seus suplementos.

A empresa destacou que sua fábrica oficial foi vistoriada pela Vigilância Sanitária e continua operando normalmente. “Nenhum produto foi apreendido em nossas instalações, e estamos cooperando com as autoridades para esclarecer os fatos”, informou a companhia.

Ainda de acordo com o comunicado, o inquérito policial não cita a Soldiers como investigada por adulteração de produtos, e a empresa acredita que as investigações irão confirmar a lisura de suas práticas.

Contexto da investigação

Em setembro, durante uma fiscalização em um estande da marca em São Paulo, foram identificadas inconsistências em dados e recibos dos produtos. A apreensão e interdição mais recentes ocorreram após a confirmação de irregularidades nos endereços usados como centros de distribuição e manipulação, ambos operando sem as autorizações exigidas por lei.

A investigação segue em andamento para apurar responsabilidades e verificar o impacto das irregularidades apontadas na operação da empresa.

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