Alagoas registrou um aumento no número de casos confirmados de HIV no primeiro semestre de 2024, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). De janeiro a junho deste ano, foram confirmados 434 casos, enquanto no mesmo período de 2023, o número era de 363. Ao longo de todo o ano passado, o estado registrou 775 casos.
Apesar do aumento de infecções por HIV, o número de pessoas que evoluíram para Aids e os óbitos relacionados à doença diminuíram. Em 2023, foram registrados 188 casos de Aids e 98 mortes; neste ano, até junho, houve 127 casos de Aids e 93 óbitos.
O infectologista Fernando Maia, referência no estado, destacou que Alagoas está enfrentando um aumento de casos semelhante ao que grandes capitais como São Paulo e Rio de Janeiro viveram anos atrás. Segundo Maia, o crescimento de infecções afeta principalmente pessoas de 15 a 39 anos, mas também atinge outras faixas etárias.
Maia enfatizou a importância do uso de preservativos e de reduzir o número de parceiros sexuais para prevenir a transmissão do HIV. Ele também destacou a crescente utilização de métodos como a Profilaxia Pós-Exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que podem complementar o uso de preservativos.
O especialista ressaltou ainda a importância do diagnóstico precoce para aumentar as chances de tratamento eficaz e reduzir a transmissão do vírus. Em Maceió, quatro unidades de saúde oferecem tratamento especializado para HIV e Aids, incluindo o Hospital Universitário e o Hospital de Doenças Tropicais.
Maia finalizou esclarecendo a diferença entre HIV e Aids: o HIV é o vírus que causa a infecção, enquanto a Aids é a manifestação avançada da doença no organismo.