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Brasil

RJ: secretário ficou surpreso com nota sobre vacinação de adolescentes

Ministério suspendeu doses de covid-19 para doses sem comorbidades

Foto: Denis Balibouse

O secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, criticou hoje (17) a Nota Técnica do Ministério da Saúde, publicada ontem, que suspendeu a vacinação de adolescentes contra a covid-19.

Segundo o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foram identificados 1,5 mil eventos adversos em adolescentes imunizados, todos de grau leve. Foi notificado um caso de morte de um jovem em São Paulo, mas o episódio ainda está sendo investigado para avaliar se a causa foi o imunizante.

“A gente foi surpreendido ontem com uma nota técnica do Ministério, das mais absurdas possíveis, que suspende a vacinação de adolescentes. Uma nota técnica que não corresponde à verdade, a vacina da Pzifer é uma vacina segura para adolescentes, é uma das mais aplicadas no mundo todo, depois da AstraZeneca”, disse o secretário.

Soranz destacou também que a nota falta com a verdade ao dizer que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação de adolescentes.

A OMS não chegou a afirmar que a imunização de adolescentes não deveria ser realizada. Em vídeo publicado em junho, a organização disse apenas que, naquele momento, a vacinação de adolescentes entre 12 e 17 anos não deveria ser prioritária.

“A OMS recomenda sim a vacinação dos adolescentes”, destacou Soranz. “Então a desculpa dessa nota técnica, uma comunicação totalmente desorganizada, de efeitos adversos, não se aplica. O que se aplica é a falta de vacinas e quais serão as prioridades das pessoas para tomar vacina nos próximos dias”.

Segundo o Ministério da Saúde, no entanto, a nota técnica está alinhada com a recomendação da OMS que diz que os países devem priorizar a imunização das faixas-etárias com maiores riscos de desenvolverem formas mais severas da doença. A OMS orienta que a vacina covid-19 seja aplicada apenas em jovens com comorbidades.

O ministério diz ainda que não há falta de vacinas para cumprir o calendário de imunização contra a covid-19. A vacina da Pfizer é a única autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a aplicação em adolescentes.

Para o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, entretanto, a nota coloca em risco o Programa Nacional de Imunização (PNI). “A gente sabe que essa nota não tem embasamento científico, mas mesmo assim vamos reunir o nosso Comitê Científico na próxima semana para reforçar a necessidade da vacinação dos adolescentes. A vacinação não é importante apenas para evitar casos entre os adolescentes, mas é importante para reduzir a transmissão e evitar que os adolescentes possam transmitir para pessoas que possam ter doenças mais graves, como a covid-19”.

O prefeito Eduardo Paes destacou que, para ele, a vacinação dos adolescentes deve continuar na cidade, tanto a primeira como a segunda dose.

“Nós não dialogaremos com a morte no Rio de Janeiro. O que nós esperamos é que os técnicos, sanitaristas, epidemiologistas, pessoas ligadas à área de saúde, com o comando do secretário Daniel Soranz, possam agir com liberdade. O secretário jamais vai tomar uma decisão a partir de uma ligação matinal do prefeito da cidade achando alguma coisa sobre algo que ele desconhece completamente. O que vai nos nortear aqui vai ser a ciência, nós não acreditamos em teses delirantes. Nós trabalhamos respeitando a vida.”

Na coletiva de imprensa de ontem, o ministro Queiroga reclamou que, a despeito da orientação anterior para que a imunização deste público tivesse início apenas no dia 15 de setembro, já foram vacinados 3,5 milhões de adolescentes por autoridades locais de saúde.

Segundo o ministro, a pasta poderá rever a sua posição, “desde que haja evidências científicas sólidas em relação à vacinação em adolescentes sem comorbidades”. Segundo Queiroga, no momento, é importante investigar os eventos adversos. “Nós temos essas crianças e adolescentes que tomaram essas vacinas que não estavam recomendadas para eles. Nós temos que acompanhar esses adolescentes”, ressaltou.

No Rio de Janeiro, Daniel Soranz argumentou, nesta sexta-feira, que não havia motivos para esperar a data definida pelo ministério (15 de setembro), já que havia doses disponíveis antes dela e a pandemia pede urgência nas ações. O município já vacinou 240 mil adolescentes com a primeira dose, o que corresponde a 50% do grupo. Hoje, estão sendo imunizados os meninos de 14 anos.

O calendário para a próxima semana ainda não foi divulgado, pois a confirmação da continuação da campanha para adolescentes de 13 e 12 anos, os últimos do grupos por idade, aguarda a reunião do Comitê Científico, marcada para segunda-feira (20) e a chegada de novas doses, que deve ocorrer na terça-feira.

Por: Agência Brasil

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Brasil

Casal armado tenta homicídio após marido rejeitar proposta de trisal para esposa

Discussão ocorreu em um bar de Palmas (TO) e terminou com uma mulher ferida; casal fugiu, mas foi capturado meses depois

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Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio

Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.

De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.

Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.

A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.

Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.

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Educação

Professora é demitida por vender bolos com maconha em escola no RS

Prefeitura de Estância Velha publicou a decisão após laudo pericial confirmar a presença da droga nos produtos vendidos pela servidora pública

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Imagem - Rede Social

Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.

“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.

A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.

A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.

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Política

Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano

Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais

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Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde

Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.

O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.


O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.

“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.

O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.

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