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Saúde

Roubos de medicamentos para emagrecimento geram crise nas farmácias e aumentam a insegurança

Quadrilhas armadas miram produtos caros, como Ozempic, forçando farmácias a reduzir estoques e reforçar segurança

Roubos de medicamentos para emagrecer fazem farmácias reforçar segurança e diminuir estoques

O aumento de roubos de medicamentos de alto custo, principalmente usados para emagrecimento, tem levado farmácias a reforçar a segurança e diminuir os estoques desses produtos. Muitos desses remédios acabam sendo vendidos no mercado ilegal.

Além do uso de câmeras de vigilância e segurança na porta, já adotados, os medicamentos caros são agora guardados em salas fechadas e só saem do local após o pagamento. “Deixamos os medicamentos separados para, ao passar no caixa, o cliente levar um formulário e a operadora retirá-los diretamente no balcão”, explica Ariana Freira, subgerente de farmácia.

Embora essa medida dificulte o roubo, ela não impede ações mais ousadas, como os assaltos armados cometidos por quadrilhas. Na madrugada de segunda-feira (20), três pessoas, incluindo dois adolescentes, foram presas em flagrante ao tentarem roubar medicamentos caros de uma farmácia no Carrão, na Zona Leste.

Segundo Renata Gonçalves, presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, os roubos de medicamentos são frequentes na região, com quadrilhas rendendo os funcionários e levando remédios como o Ozempic, um produto de alto custo. “Eles chegam, rendem todo mundo, agem de forma agressiva, levam os medicamentos e desaparecem”, afirmou Renata.

Em outro assalto registrado, um grupo de nove homens saqueou uma farmácia, focando principalmente nos remédios para emagrecimento. O dono da farmácia descobriu o objetivo do roubo ao ouvir as gravações das câmeras de segurança. “Eles estavam procurando Ozempic e outros produtos de alto valor”, contou.

Após o incidente, a farmácia ficou com prateleiras vazias, e o atendente informou que, mesmo após um mês, ainda não conseguiu repor os medicamentos. “Estamos tentando nos reorganizar aos poucos”, disse ele. O proprietário decidiu, inclusive, parar de vender esses produtos de alto valor devido aos frequentes roubos.

Em um caso recente, um assaltante morreu durante uma tentativa de roubo. As câmeras de segurança mostraram os criminosos entrando na farmácia armados, mas um policial presente reagiu, e dois dos bandidos conseguiram escapar.

A Secretaria da Segurança Pública informou que está combatendo os roubos de medicamentos e já prendeu 15 pessoas envolvidas nesse tipo de crime, com ações que visam a repressão ao roubo, à receptação e à comercialização ilegal desses remédios.

Saúde

Homem ganha viagem de cruzeiro grátis, adoece a bordo e recebe conta de R$ 270 mil

Mesmo com seguro, passageiro enfrenta impasse para pagar despesas médicas do navio

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O que parecia ser uma viagem dos sonhos acabou se tornando um grande problema financeiro para Mike Cameron, morador de Minnesota, nos Estados Unidos. Ele ganhou uma viagem de cruzeiro com a namorada, Tamra Masterman, e embarcou no dia 5 de fevereiro, em Miami, rumo ao Caribe. No entanto, a experiência paradisíaca foi interrompida quando ele contraiu influenza e precisou ser internado no serviço médico do navio.

O susto veio ao final do tratamento, quando Mike recebeu uma conta de US$ 47 mil (cerca de R$ 270 mil) pelos atendimentos a bordo. Apesar de ter contratado um seguro de viagem que cobria até US$ 20 mil (aproximadamente R$ 115 mil), o valor restante ainda era alto e gerou grande preocupação.

“O seguro de viagem não quer pagar até que passemos pelo nosso seguro de saúde. O seguro de saúde não quer cobrir porque foi no exterior. Comecei a pensar: vou perder minha casa, meus carros”, relatou Mike à Fox9.

Em resposta, a empresa responsável pelo cruzeiro afirmou que os custos médicos seguem os padrões adotados por outras companhias marítimas. Enquanto isso, o casal segue tentando resolver o impasse para quitar a dívida inesperada.

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Saúde

Pacientes cegos após cirurgia de catarata em Taquaritinga relatam desespero e abandono

Após mutirão de cirurgia no AME, pacientes enfrentam dificuldades para sobreviver e lidam com falta de apoio do poder público; governo estuda medidas de responsabilização

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Em outubro de 2024, 12 pacientes participaram de um mutirão de cirurgias de catarata no Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Taquaritinga (SP), mas ao invés de recuperar a visão, muitos sofreram complicações graves. Entre eles, Mauri Guarniere, de 56 anos, que antes vendia pães para complementar a renda, viu sua vida mudar drasticamente quando perdeu a visão após o procedimento.

Os relatos são unânimes entre os afetados: dor intensa, vermelhidão e visão embaçada logo após a cirurgia, que evoluiu para cegueira parcial ou total. Alguns pacientes chegaram a sofrer infecções graves, com risco de perda do globo ocular. O quadro de muitos parece irreversível, mesmo com tratamentos como transplante de córnea.

“Minha vida parou. Não posso mais trabalhar, minha renda desapareceu e me sinto inútil”, lamenta Mauri, que agora depende de ajuda para tarefas cotidianas.

Em visitas de inspeção, as vigilâncias sanitárias estadual e municipal encontraram falhas na esterilização do AME, o que resultou na interdição da sala de materiais e afastamento da equipe responsável pelo mutirão.

Em visita a Ribeirão Preto, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que a Santa Casa de Franca, responsável pelo serviço, será responsabilizada pelo ocorrido. O governo de São Paulo também estuda a possibilidade de uma indenização administrativa aos pacientes afetados. Até o momento, todas as cirurgias no AME de Taquaritinga estão suspensas.

Sem a visão, os pacientes não apenas perderam sua independência, mas também se veem obrigados a arcar com custos de transporte e medicamentos, muitas vezes sem apoio adequado. A cobrança por mais assistência tem sido constante, com familiares relatando a falta de acompanhamento e a demora nas respostas.

Muitos dos pacientes, como Angela Maria Xavier, que perdeu a visão do olho direito, estão considerando ações judiciais contra o estado. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, por meio da Ouvidoria do SUS, informou que está apurando o caso, e que os profissionais envolvidos foram afastados. Diligências e apoio a pacientes continuam sendo oferecidos, mas a angústia das vítimas permanece, com a esperança de que o caso seja devidamente responsabilizado e indenizado.

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Saúde

Excesso de gordura na dieta faz homem desenvolver caroços de colesterol nas mãos

Especialistas alertam que o consumo exagerado de alimentos ricos em gordura pode levar a sérios riscos à saúde, incluindo doenças cardiovasculares e AVC

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Homem estava com índices tão altos de colesterol, que viu nódulos nascerem nas mãos — Foto: Divulgação

Em busca de emagrecimento e mais disposição, um homem de 40 anos decidiu seguir uma dieta carnívora extrema. Durante oito meses, ele consumiu grandes quantidades de gordura diariamente, incluindo cerca de quatro quilos de queijo, hambúrgueres e tabletes inteiros de manteiga. O resultado, no entanto, foi preocupante: ele desenvolveu caroços de colesterol nas mãos, pés e cotovelos, uma condição chamada xantelasma.

O caso foi documentado pelo Journal of the American Medical Association (JAMA), uma das mais prestigiadas publicações científicas do mundo. Segundo os médicos que o atenderam, os exames revelaram que seus níveis de colesterol estavam até cinco vezes acima do recomendado.

O cardiologista Roberto Kalil explica que dietas com ingestão excessiva de gordura podem levar ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando significativamente o risco de infarto e AVC. “Não existe atalho quando se trata de saúde. O consumo exagerado de gordura pode ter consequências graves, como vimos nesse caso”, alerta o especialista.

O colesterol alto é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que estão entre as maiores causas de morte no mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 40% da população apresenta índices elevados, e pesquisas apontam que até crianças e adolescentes estão sendo afetados pelo problema.

Embora a genética possa influenciar os níveis de colesterol, os médicos destacam que a alimentação é o principal fator de risco. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e ricos em gordura deve ser evitado para garantir a saúde do coração e do organismo como um todo.

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