Saúde

Saúde lança campanha após aumento da dengue, Zika e chikungunya

De janeiro a abril casos de dengue cresceram 30%

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Reuters/Direitos Reservados

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira (4) a campanha nacional de combate às arboviroses, que incluem a dengue, Zika e chikungunya. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chikungunya”, a campanha tem como objetivo conscientizar a população sobre os sinais, sintomas, prevenção e controle dessas doenças, que são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Alda Cruz, alerta para o aumento de epidemias sucessivas de dengue, com intervalos cada vez mais curtos entre os surtos, enquanto o Zika e chikungunya também se mantêm com taxas endêmicas ao longo dos anos.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, de janeiro a abril deste ano, houve um aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022. As ocorrências passaram de 690,8 mil no ano passado para 899,5 mil neste ano, com 333 óbitos confirmados. Os estados com maior incidência são Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Acre e Rondônia.

Em relação ao chikungunya, de janeiro a abril foram notificados 86,9 mil casos da doença, com taxa de incidência de 40,7 casos por 100 mil habitantes. Houve um aumento de 40% em comparação com o mesmo período de 2022, com 19 óbitos confirmados. As maiores incidências da doença estão no Tocantins, em Minas Gerais, no Espírito Santo e em Mato Grosso do Sul.

Os dados de Zika indicam que, até o final de abril, foram notificados 6,2 mil casos da doença, com taxa de incidência de três casos por 100 mil habitantes. Houve um aumento de 289% nos casos se comparados com o mesmo período de 2022, quando o país registrou 1,6 mil ocorrências de Zika. Até o momento, não houve óbitos pela doença, e os estados com maior incidência são Acre, Roraima e Tocantins.

Para controlar o vetor, foram investidos mais de R$ 84 milhões na compra de insumos para o controle vetorial do Aedes aegypti, e o popular fumacê, um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta, será distribuído ao longo das próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada, segundo o ministério. A expectativa é que a pasta receba cerca de 275 mil litros do produto ainda neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.

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