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Brasil

#SeuVoto: a luta das mulheres pela conquista do voto feminino no Brasil

O direito das mulheres ao voto só aconteceu em 1932; atualmente, elas são maioria do eleitorado brasileiro

Comissão Mista do Senado Federal: Voto feminino
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

A série #SeuVoto continua com uma importante conquista no Brasil: o voto feminino. Conquistado há apenas 88 anos, o direito de as mulheres votarem só foi possível graças ao Código Eleitoral de 1932, o primeiro do país.

Ainda assim, o direito era limitado, pois somente mulheres casadas, com autorização dos maridos, e viúvas com renda própria eram aptas a votar. Mas dois anos mais tarde a Constituição Federal de 1934 revogou esse dispositivo. Dessa forma, essas limitações não eram mais válidas.

A luta, no entanto, era antiga. Desde o século XIX as mulheres ao redor do mundo já batalhavam para serem incluídas no rol de eleitores. O movimento que lutou pelo direito de as mulheres votarem ficou conhecido como sufrágio feminino.

Direito de votar

O Brasil teve a chance de se tornar o primeiro país no mundo a permitir votos de mulheres, mas desperdiçou a chance. Naquele ano, 31 constituintes assinaram um Projeto de Emenda à Constituição (PEC), dando o direito do voto às mulheres, entretanto, a proposição foi rejeitada.

No início do século XX, o movimento sufragista foi ganhando mais força ao redor do mundo, principalmente nos Estados Unidos e Grã-Bretanha. A luta das mulheres nesses países serviu de inspiração para que outras começassem a exigir tratamento igualitário nas eleições, com ao direito ao voto feminino.

No Brasil, o direito das mulheres ao voto só foi possível em 1932. Contudo, anos antes, a professora Celina Guimarães se tornou a primeira eleitora do país, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Celina requereu sua inclusão no rol de eleitores do município de Mossoró (RN), onde nasceu, em 1927, após a entrada em vigor da Lei Estadual nº 660, de 25 de outubro daquele ano, que tornava o Rio Grande do Norte o primeiro estado a estabelecer a não distinção de sexo para o exercício do voto”, diz trecho de publicação no site do TSE.

A ação repercutiu não apenas no Brasil, mas mundo afora. Celina se tornou a primeira eleitora do Brasil e da América Latina.

Direito de ser votada

Ainda no Rio Grande do Norte, graças à Lei Eleitoral, que previa às mulheres o direito de votar e de ser votada, Alzira Soriano se candidatou ao cargo de prefeita de Lajes. A bióloga e feminista Bertha Lutz foi quem a recrutou para a vida política.

Mesmo em uma eleição com ataques misóginos e estratégias de campanha para difamá-la, Alzira Soriano se tornou a primeira prefeita do Brasil e da América Latina, com 60% dos votos.

Posse de Alzira Soriano como prefeita, em 1929 Foto: Arquivo Nacional

Tanto as realizações de Celina Guimarães quanto de Alzira Soriano só foram possíveis graças à Lei Eleitoral 660/1927, do Rio Grande do Norte, que permitia o voto feminino. O artigo 77 da lei esclarecia que, pelo menos naquele estado, homens e mulheres eram tratados com igualdade no âmbito eleitoral.

“No Rio Grande do Norte poderão votar e ser votados, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem as condições exigidas por esta lei”, diz trecho da lei.

A situação atual

Hoje, cerca de 88 anos após o Código Eleitoral de 1932 entrar em vigor, as mulheres são maioria do eleitorado brasileiro. Dados do TSE apontam que dos 147,9 milhões de eleitores no país, 52,49% são mulheres. No entanto, elas ainda são minoria nos cargos eletivos.

Procuradoria Especial da Mulher Foto: Jane de Araújo/Agência Senado

Diante desse cenário, o TSE ressalta que foi preciso tornar obrigatório o aumento de mulheres candidatas. Isso porque até então, sendo apenas uma orientação, os partidos não investiam em mulheres parlamentares.

“A legislação eleitoral e a jurisprudência dos tribunais têm contribuído para mudar esse cenário, ainda que lentamente. Nesse sentido, alterações legislativas foram necessárias para deixar explícito aos partidos que é obrigatório o preenchimento de 30% e o máximo de 70% de candidatos de cada sexo. Antes, a regra era tida apenas como uma orientação, e, dessa forma, os partidos não se empenhavam para preencher as vagas com candidatas mulheres”, afirma o TSE.

Deputadas e senadoras

Dos 513 parlamentares na Câmara dos Deputados, apenas 77 são mulheres. O número é baixo, entretanto, se comparado com as eleições de 2014, houve aumento de 26 deputadas federais na Casa. De acordo com a lei eleitoral, nenhum dos sexos pode dispor de mais de 70% das candidaturas partidárias.

Partindo desse princípio, as mulheres devem ser pelo menos, 30% dos candidatos. Contudo, elas representam apenas 15% do total, na Câmara dos Deputados.

Por fim, no Senado Federal, o número também é alarmante. Dos 81 senadores, apenas 10 são mulheres, representando assim, 8,1% dos parlamentares da Casa.

Brasil

Casal armado tenta homicídio após marido rejeitar proposta de trisal para esposa

Discussão ocorreu em um bar de Palmas (TO) e terminou com uma mulher ferida; casal fugiu, mas foi capturado meses depois

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Imagem: Casal sendo preso em Palmas (TO), após tentativa de homicídio

Um casal foi preso nesta quinta-feira (19/12), em Palmas (TO), acusado de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo. O crime aconteceu no dia 5 de setembro, após o marido de uma mulher rejeitar uma proposta de formação de trisal feita pelo casal suspeito.

De acordo com a Polícia Civil do Tocantins, os suspeitos abordaram uma mulher em um bar e a convidaram para formar um relacionamento a três. A ideia foi imediatamente recusada pelo marido dela, o que desencadeou uma discussão no local.

Poucos minutos após deixarem o estabelecimento, os suspeitos retornaram armados. A mulher portava um revólver e o homem carregava uma espingarda. Eles apontaram as armas para o marido da mulher abordada, mas a tentativa de disparo contra ele falhou. Durante a confusão, o homem armado efetuou um disparo que atingiu outra mulher que tentava se proteger dentro do bar.

A vítima foi ferida na região cervical, socorrida e sobreviveu ao ataque. Já os agressores fugiram do local e se esconderam por meses para evitar a prisão. Investigações da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que o casal havia mudado de endereço para dificultar o trabalho da polícia.

Durante a operação que culminou na prisão, a polícia apreendeu a espingarda que pode ter sido usada no crime. Agora, os suspeitos responderão pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado e posse ilegal de arma de fogo.

O caso expõe como conflitos interpessoais podem rapidamente escalar para episódios de violência, ressaltando a necessidade de medidas preventivas e rápidas intervenções.

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Educação

Professora é demitida por vender bolos com maconha em escola no RS

Prefeitura de Estância Velha publicou a decisão após laudo pericial confirmar a presença da droga nos produtos vendidos pela servidora pública

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Imagem - Rede Social

Uma professora de 34 anos, acusada de comercializar bolos recheados com maconha dentro de uma escola em Estância Velha, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), foi oficialmente demitida nesta quinta-feira (19/12). A decisão foi publicada no Diário Oficial do município e segue recomendação de um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).

O prefeito Diego Francisco (PSDB) anunciou a medida de forma inusitada. Em um vídeo divulgado em suas redes sociais, ele aparece comendo um bolo enquanto ouve “Three Little Birds”, clássico de Bob Marley, e explica a decisão.

“Estou aqui na hora do lanche, comendo um bolinho, e quero dizer para vocês que esse aqui não é batizado. Hoje saiu o resultado do processo que investigava a conduta da professora acusada de vender bolo com maconha no município”, declarou o prefeito.

A investigação revelou que os bolos vendidos pela professora em agosto continham o princípio ativo da maconha, conforme laudo pericial. O produto, embalado para venda, pesava 517 gramas, e a educadora foi indiciada por tráfico de drogas. Ela estava afastada de suas funções desde julho, quando o caso veio à tona.

A demissão da servidora encerra sua ligação com o quadro público municipal, mas as investigações criminais seguem em andamento. O caso gerou grande repercussão local, levantando preocupações sobre a segurança nas escolas e a conduta de profissionais da educação.

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Política

Deputada é flagrada fumando vape durante debate sobre saúde no parlamento colombiano

Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi vista usando o dispositivo durante sessão sobre reforma da saúde; cena inusitada gerou repercussão nas redes sociais

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Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde

Uma situação inusitada marcou o parlamento colombiano nesta terça-feira (17/12), durante uma sessão que discutia a reforma da saúde no país. A deputada Cathy Juvinao, do Partido da Aliança Verde, foi flagrada fumando um vape enquanto o debate seguia.

O momento ocorreu durante a transmissão ao vivo da reunião, quando as câmeras mostraram a parlamentar dando um trago no dispositivo. Ao perceber que estava sendo filmada, Juvinao tentou disfarçar, escondendo o aparelho, mas a fumaça visível e uma leve engasgada a entregaram.


O episódio rapidamente ganhou as redes sociais, gerando críticas e memes. Em resposta, Cathy Juvinao utilizou sua conta no X (antigo Twitter) para pedir desculpas.

“Peço desculpas aos cidadãos pelo ocorrido no plenário. Não seguirei o mau exemplo que, atualmente, intoxica o discurso público. Garanto que isso não se repetirá”, escreveu a deputada. Ela ainda reforçou seu compromisso em lutar por melhorias no sistema de saúde com seriedade e dedicação.

O incidente chamou atenção pela ironia do momento, já que a pauta em discussão era a saúde pública. Apesar das críticas, a deputada segue participando das discussões no parlamento.

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